quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

08-15Jan14. República das torturas, das milícias e das demolições





Diário da cidade dos leilões de escravos

08 de Janeiro
Ó iluminados do reino do brent! Aqueles que pela miséria perecerão, no abismo do preço do petróleo vos amaldiçoarão.
Não entendo porque é que neste mundo há lugar para tantos idiotas.
O angolano constrói e o chinês destrói.
Outro Congo isto está a ficar: Milícias atacam-nos sem dó nem piedade. Chineses também fazem terrorismo ambiental, onde estão só se vê fumo e poeira mortal, como uma nuvem radioactiva que paira sobre nós para nos desferir o golpe fatal, a vitória final. Mesmo que se lhes chame a atenção eles não ligam – como é que nos vão ligar se nas cavernas ainda estão a habitar – porque, trabalham para generais ou similares e como tal nos aterrorizam de qualquer maneira. O que é preciso é facturar, por cima dos nossos corpos passar, e para a China o maná enviar.
O Nelo fez outra vez grande confusão. Muito bêbado e liambado foi fazer grande confusão com os seguranças, chamando-lhes, filhos da puta, vão para a cona das vossas mães, é hoje que vão morrer, vou matá-los todos, etc. Mas os seguranças não lhe reagiram, votaram-no ao desprezo, e a bomba rebentou quando o Nelo teve a péssima ideia de querer roubar a arma de um segurança do banco talvez para os abater. Aí sim, foi surra. O Nelo vendo que os seus planos terroristas foram por água abaixo decidiu-se por outras paragens mais fracas, de alvo fácil: assediar a namorada de um dos vizinhos do prédio que tem irmãos e vizinhos amigos bem malucos. Ela queixou-se no namorado, ele e a equipa fizeram-se presentes no terreno, cozinharam o Nelo com várias fervuras e atiraram-no para uma vala próxima muito mal escangalhado, pessimamente desconjuntado.
09 de Janeiro
10.42 horas. O brent está a 50.96 e o crude a 48.79 dólares. E o nosso submarino da desgraça continua no mergulho da economia do petróleo.
Nada como iniciar o ano com um apagão das 15.46 às 19.48 horas.
Mais uma barbaridade chinesa: Uma escova de dentes de fabrico chinês partiu-se a meio mesmo na zona onde se lavam os dentes. Nunca vi nem nunca ouvi tal façanha. Estamos perante um exército de milhões de aldrabões.
Viver com a ignomínia é perigoso, porque a qualquer momento morremos, não dá!
O mwangolé é espoliado de todos os seus bens e obrigado à sua condição de escravatura. E o poder nacional e estrangeiro legaliza tal condição, e quando ele assalta para sobreviver, dizem que ele está ilegal.
10 de Janeiro
15.26 horas. O brent a 50.11 e o crude a 48.36 dólares. O brent cai e Angola também.
De um consagrado psicopata: “Isto está assim porque há pessoas muito maldosas, só fazem mal, lixam-nos a vida.” Só que esse psicopata há poucos anos queria esfaquear os seus pais, não o conseguiu porque eles conseguiram fugir-lhe para lugar seguro.
11 de Janeiro
Água onde estás, que até nas torneiras não há paz. Parece que os trabalhadores da EPAL retomaram a greve tal como prometeram?
E mais um apagão caiu sobre nós das 15.43 até às 19.48 horas. E entre as vinte e uma e vinte e duas horas levámos com três selvagens oscilações de energia eléctrica que até parecia o apocalipse eléctrico. É que cada oscilação levava a tensão quase a zero volts, os equipamentos entravam em agonia, os sons pareciam a ligação deste inferno a outro. Sim, aqui estamos bem servidos de infernos e sob ataques constantes de terroristas. Creio que isto originou a destruição de vários equipamentos e alguns incêndios ou principio deles como é da praxe. E não se indemniza ninguém porque isto não está na Constituição e mesmo que estivesse… não adianta mais falar sobre isso porque as constituições dos regimes petrolíferos são mesmo assim até à volatilidade dos preços do petróleo. E das 22.02 até às 22.36 horas levámos outro apagão, para que nos lembremos que dependemos exclusivamente do nosso pai, do nosso líder incontestável da revolução da nossa miséria. Dos sacos deles sempre inchados de dinheiro e os nossos… mas nós não temos sacos. A não ser os sacos do lixo e mesmo esses não são nada fáceis para quem está terrivelmente dependente do nem sequer o petróleo cheirar.
12 de Janeiro
E a água? Outra vez sem ela. Também outra vez sempre no caos eléctrico?! Quer dizer, durante uns dias cria-se a ilusão de que está tudo bem e de repente levamos com a jihad eléctrica. Das 02.52 até às 04.53, e às 13.08 horas desapareceu dos radares, quando voltará?
Os pardais são terríveis porque destroem as minhas plantas. Um jasmim branco, que aí há alguns dez anos me apareceu não sei de onde, viajando à boleia do vento, aqui chegou e já me presenteou com doze flores muito bonitas, mas muito efémeras porque os pardais não consentem, e mais grave: até destroem os botões antes de florescerem. Com quem é que os pardais aprenderam tamanha selvajaria?
13 de Janeiro
A derrocada de uma má gestão afamada da nossa vida esfumada: às 11.34 horas, o brent cotava-se a 47.43 e o crude a 46.07 dólares. Ó Angola, quem te viu e quem te vê, mas que horrenda vida à tua mercê. O petróleo deles vai longe, sim, vai bater bem no fundo do abismo de Angola.
Voltou às 01.14 horas… a energia eléctrica. A água não, porque nós não temos direito a essas coisas, só quem é do petróleo a tudo tem direito, ou tinha, porque os preços continuam a baixar, a tudo e todos afundar.
E das 22.46 até às 23.59 horas, sofremos mais um corte na nossa liberdade da energia eléctrica.
14 de Janeiro
Às 10.27 horas: brent 46.59 e o crude a 45.89 dólares. A Lwena disse que a água continua um grande problema.
E de cinquenta mil, o Charlie Hebdo passou para cinco milhões de exemplares.
E nesta cidade imunda respiramos imundície, claro, transportada pelos ventos fortes que nos atiram com os venenos pela boca adentro. Um dos primeiros sintomas é o ataque repentino de tosse. Para os fumadores além da tosse é a repentina falta de ar, o arriscar da morte por asfixia. Esta cidade está envenenada, irrespirável.
15 de Janeiro
A mana Filomena – aquela que vende no minimercado da rua porque está proibida pela lei do petróleo de exercer outra actividade, isso é só para estrangeiros e para nacionais dos poços de petróleo e similares - dormiu na nossa cubata na noite de 31 de Dezembro porque o trânsito automóvel já não dava para ela ir para a sua choça – para quando casas económicas para os mais desfavorecidos como o tal fascista Salazar fazia? - no Cacuaco. E depois nunca mais apareceu, ficámos temerosos que o marido na bebedeira a matou, – coisa trivial por estas bandas onde os maridos festejam as suas bebedeiras com pancadarias nas esposa até à sua morte, e depois os sacanas de merda ainda têm o desplante de dizerem que se arrependeram. Não há dúvidas que estamos mesmo numa república da selvajaria – mas no dia 14 de Janeiro ela apareceu e contou-nos que o marido fez-lhe emboscada assim bem afastada de casa para que os vizinhos não se apercebessem da pancadaria. Ela passou no ponto da emboscada, o marido apanha-a e dá-lhe surra, surra, mais surra, e como se não bastasse rouba-lhe o dinheiro, vinte mil kwanzas que a desgraçada conseguiu com muito esforço, já são muito poucos os honestos, creio que já não há nenhum, e zarpa com as amigas dele para a bebedeira. A Filomena teve que ir no hospital apanhar injecção para evitar a infecção das feridas. E o gajo depois foi-lhe pedir desculpa, mas a Filomena já não está mais para o aturar, vai para a sua mãe em Benguela, e o psicopata se perderá, à toa andará até se extinguir para aí numa vala.

sábado, 24 de janeiro de 2015

31Dez-07Jan15. República das torturas, das milícias e das demolições





Diário da cidade dos leilões de escravos

31 de Dezembro
O mistério do desaparecimento da água continua sem desvendar. Se ao menos tivéssemos um bom detective para esse e outros casos, mas não, não dá, porque a massa cinzenta é coisa que há muito aqui não existe. O certo é que não se sabe do paradeiro da água. Não tarda muito e outra epidemia de cólera se celebrará. A irresponsabilidade é um facto celebrado.
O futuro desta nação: A juventude que nada sabe fazer, – conforme os ditames da mais alta magistratura - além de se encharcar em álcool protagonizou mais um infausto acontecimento. Toda a noite na bebedeira com festa patrocinada por gigantescas colunas de som musical colocadas no passeio da rua. Aquele som que faz estremecer portas, janelas, vidros, como num tremor de terra, e acabou em violência – como sempre – porque uma jovem conseguiu seduzir o marido da outra. Aquilo é que foi confusão alcoólica, e a jovem lesada, traída pelo seu marido decidiu chamar a Polícia. Não demorou muito, vieram duas equipas motorizadas mais um carro patrulha que logo tomaram conta da situação. Eram 10.43 horas, os polícias acabaram com a barulheira e carregaram com alguns alcoólicos para a esquadra. Silêncio total e abençoado, mas às 12.05 os alcoólicos ressuscitaram das cavernas e o infernal barulho e o álcool prosseguiram invencíveis. Mas não por muito tempo porque os moribundos do álcool já não aguentavam mais.
Na Vila Alice, escritório de portugueses assaltado: esse escritório serve de pernoita para portugueses. Os assaltantes chegaram, parece que três, e facilmente imobilizaram o segurança que estava a dormir, – se calhar já há alguns dias por falta de renda o que é tristemente vulgar nesta área de serviços – algemaram-no e abandonaram-no no interior de uma viatura. Depois de saciados, roubaram tudo o que quiseram dos portugueses, na retirada passaram pelo segurança e acabaram com ele a tiro, tipo, (sic) você é mesmo burro, então proteges os brancos?!

ANO 2015

01 de Janeiro
Dia de ano novo parece mas não é, porque dependemos de um deus que faz de todos os dias anos muito velhos que não se podem substituir porque dependemos de pessoas insubstituíveis. Este será, acreditem ou não, o ano e seguintes da mais horrível história de Angola, porque qualquer voz que ouse criticar este nosso outro deus Maia, será imolado no altar da pirâmide e o seu coração arrancado e entregue ao nosso deus sol.
Angola é como uma ilha onde os piratas de todo o mundo se refugiam. Neste aspecto é uma ilha muito acolhedora, pois todos os tesouros dos assaltos são bem recebidos e muito encorajados e em sacos do secretismo escondidos nas caves dos poços de petróleo.
Às 13.48 horas. Brent 57.33, crude 53.27 dólares. Coitados dos que não sabem pensar e só sabem armas disparar.
02 de Janeiro
Não entendo, melhor, entendo muito bem: como é que a China é uma potência económica mundial se os seus produtos de exportação são uma boçal vigarice! Isto ocorreu-me porque há pouco, ao pendurar uma toalha para secar, as molas chinesas partiram-se. Ninguém nos livra da propaganda comunista!
A mana Joana disse que nos bairros, antes de dormirem rezam para que não sejam assaltados, porque os bandidos são demais.
03 de Janeiro
Brent 56.03$ (-2,29%). O preço do barril referência para as importações nacionais volta às quedas depois de ser conhecido que a Rússia e o Iraque (segundo maior produtor da OPEP) registaram em Dezembro o maior nível de produção de petróleo em décadas, acentuando a percepção de que há excesso de oferta no mercado. O barril atingiu hoje o valor mais baixo desde Maio de 2009. In Diário Económico.
04 de Janeiro
E eis como esta religião do banditismo do petróleo destrói Angola, os angolanos, a África e o mundo. “Angola continuará a trilhar pela senda do desenvolvimento, graças à experiência e ao bom desempenho dos seus dirigentes.” Extrema sabedoria do padre Fernando Gomes Tchimo - pároco da sé catedral da igreja católica no Bié. In Angop
As Testemunhas de Jeová andam de porta em porta – tipo recenseamento eleitoral religioso – a espalhar que as pessoas maldosas são os filhos concebidos pelo demónio.
05 de Janeiro
12.47 horas. O brent está a 56.42 e o crude a 52.69 dólares.
12.51 horas. Aqui na banda circula-se à vontade. Parece um domingo, o trânsito automóvel está desafogado. Os estrangeiros ainda continuam de férias, o que prova que Luanda está dominada, é deles.
Na TCUL - Transportes Colectivos Urbanos de Luanda, os trabalhadores há três meses que sofrem a intolerância salarial. Não lhes pagam e nada adiantam como satisfação.
06 de Janeiro
Agora já é caso para dizer, isto é, para cumprimentar: Como é meu? Como é que vai esse brent?
E o brent está a 53.11 e o crude a 50.04 dólares às 12.03 horas.
O fim das ditaduras do petróleo aproxima-se a alta velocidade. A repressão – a alma da loucura – será muito intensa, horrível, mortal, como as fanfarras que só os ditadores sabem compor.
O fecho do jornal Angolense, que por este andar veremos Angola com a informação definitivamente encerrada, tal como mandam as exemplares regras do salutar jornalismo do comunismo primitivo: “O jornalista acredita que esta é mais uma medida para silenciar a imprensa no país.  "Significa que neste momento o único jornal privado e independente que sobrou  é o Folha 8, de William Tonet. O MPLA pretende nos impor a ler só o Jornal de Angola, que eu considero de Pravda, a Rádio Nacional de Angola, que é a rádio Moscovo, e a TPA, autêntica televisão soviética". Segundo Nkondo, “os ditos privados como a rádio Despertar, da UNITA, e rádio Eclésia, da Igreja Católica fazem a mesma coisa com listas de pessoas proibidas de falar, como eu próprio que estou proibido de falar na Despertar e na Eclésia" In VOA
07 de Janeiro
Luanda. Incrível… há 34 dias sem apagões na rua das Sirenes. Tal nunca aconteceu em quase 40 anos. Esse milagre, esse “feitiço” deve-se ao ministro, João Batista Borges, do ministério da Energia e Águas, na minha opinião, o único ministério que funcionou em 2014.
Às 09.57 horas. Brent a 51.10 e crude a 47.93 dólares. Já há muito que se previa este colapso, mas como quem não pensa, ou ainda diz que a nossa economia está diversificada, que a agricultura está bem lançada, na realidade está bem estragada, como se fosse possível de um momento para o outro a agricultura começar a dar frutos. Só que o problema é que isso não é como o petróleo que jorra diariamente e os lucros caiem nos esconderijos dos feitiços deles.
E na França, na sua capital Paris, no jornal satírico, Charlie Hebdo, já vai em doze mortos e mais de uma dezena de feridos devido a um ataque terrorista. Dois polícias e os restantes são jornalistas. Significa que o Islão do terror pretende eliminar quem lhe critique ou que pense de maneira diferente. Para alcançar o poder e nele se manter eternamente através da política do terror é a imundície ditatorial que prevalece. Quer dizer, impor a selvajaria através da lei da bala e do rebentamento de explosivos é a aposta dos actuais estados totalitários. Mais guerras santas aí vêm, mas desta vez são bem claras. A liberdade de expressão do jornalismo e, claro, da democracia estão em causa. E a liberdade de expressão e a democracia sempre vencerão. Creio que actualmente a profissão de jornalista é a mais perigosa do mundo. Creio que isso é o costume da apresentação mundial dos intensos conflitos que já se observam. Onde há ditaduras ferozes ou não, lá está para cada jornalista o seu caixão.

Imagem: autor desconhecido

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A célula terrorista do banco millennium Angola


O banco da morte.


O banco millennium Angola, na rua rei Katyavala, em Luanda, continua na sua actividade criminosa, terrorista, porque não se importa, não dá valor à vida do outro. Nesta cidade o matar tornou-se uma vulgaridade tal que ninguém dá valor à vida de ninguém. Isto sim, é que é puro terrorismo. Assim, o seu gerador maluco liga e desliga à toa, porque a energia eléctrica aqui na zona tem estado estável. Nos dias 19, 20, 21 e 22 de Janeiro, vomitou fumo tal e qual – muito pior - o vulcão de Cabo Verde. Só lhe falta a lava, mas acho que também lá chegaremos. De 19 a 21 o gerador pelas 10 horas da manhã expeliu fumo durante dez minutos como um louco. No dia 22, das 14.03 até às 14.10 horas foi uma monstruosidade. Há uma intensa corrida para fechar portas e janelas senão morremos asfixiados. Já várias vezes os vizinhos reclamaram, mas em vão, porque este banco é do petróleo papão. É mais uma tempestade perfeita desta lei sem lei que protege criminosos, fabrica terroristas que depois se lançam contra a Europa. Aqui medito, que a Europa fará uma reunião com vinte e dois países para combater o terrorismo do estado islâmico. Como é que a Europa irá combater o terrorismo se ela o apoia, o fabrica, como é o caso deste banco. Para que a Europa obtenha êxito no combate ao terrorismo tem que ordenar às suas empresas, governos, bancos etc, para que cessem as suas actividades terroristas fora das suas fronteiras. Quer dizer, a democracia é só para o interior da Europa, para o seu exterior é a democracia do inferno, da morte.
Das 16.16 horas o gerador do banco da morte retomou a sua actividade: matar-nos o mais rápido possível. Terminou às 16.41 horas. Pretende-se fazer da vida dos moradores um horripilante terrorismo para depois construírem mais uns prédios? Edificar mais uma pátria de terroristas é preciso?!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

E as deusas do amor nos abandonaram






Durante milénios percorri o mar
E em milhares de ilhas vivi
Mas não soube nelas habitar
Muitas pirâmides de amor vivi

Isto é para todos os que morreram
E para os vivos que já faleceram
E àqueles que nos abandonaram
Porque no amanhecer viajaram

Mas nós a eles nos reuniremos
E brevemente juntos lá estaremos
Nos túmulos das ideias decepadas
Da impostura das vidas despojadas

Sentei-me no segredo da tua melodia
Há muito que não a resplandecia
Porque ela é a luz da minha abadia
E sem luz é a tua vela que me alumia

O preço do petróleo sempre a descer
E a revolta, o teu amor sempre a crescer
A rejuvenescer num hino, o amanhecer
Na recordação dos teus sonhos, nascer

Mais um campo de jasmins se estreia 
E a maré do nosso amor santuário é
O jasmim dos poetas canta a epopeia
O jasmim dos açores o inverno da fé

E no castelo dos petróleos algemada
Para aí voarei numa grande cavalgada
Na ponte levadiça com a minha espada
E à liberdade voltarás minha amada

E tudo os príncipes do petróleo secaram
E a proibição do amor nos decretaram
Para as ruas do horror iremos mendigar
Porque o petróleo já era não está a dar

E um ligeiro vento agita as ondas da baía
Nas rochas plantadas a vegetação acaricia
Indiferentes as palmeiras na sua calmaria
Mar, céu, nuvens, sol, vida sempre em dia

A democracia do Ocidente é preciosa
Mas para milhões é muito horrorosa
O Ocidente apoia as ditaduras comodistas
O Ocidente é uma fábrica de terroristas

São milhões da democracia abandonados
São milhões que odeiam os brancos
Que aterrorizam o Ocidente revoltados
Pelo atroz neocolonialismo dos seus bancos