quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Estratégia para a saída da crise



O caos vai parar
Quando Angola ele arrasar
A proclamada vitória final
É a miséria, a fome total

Enriquecer pela corrupção é fácil
Trabalhar? Oh! Isso é muito difícil
A todo o custo enriquecer
E a população a sofrer

Todos os dias os preços sobem sem parar
Não há dinheiro para impostos pagar
Porra! até onde isto foi parar
Isto está impossível de aguentar

Só o trabalho corrupto faz enriquecer
E os bolsos não se fartam de encher
Oh! Como isto nos dá imenso prazer
Angola de rastos e a corrupção a crescer

A miséria está fortemente implantada
Todos os limites ultrapassou
A fome é a sua montada
Viver como bichos, ao que se chegou!

O dinheiro não chega para nada
Nem para comprar leite para a criançada
Vida de mãe é vida desesperada
A população vive resignada

No alto do seu pedestal
Vive a inglória governamental
Que tudo está bem, mas está tudo mal
Até os portugueses fogem para Portugal

As divisas nos bancos acabaram
Os cães da corrupção se soltaram
As estruturas há muito que se afundaram
Em farrapos humanos se organizaram

Onde não há justiça há corrupção
Apresentar queixa é em vão
Mas que triste situação
Para quem não tem salvação

Proteger a classe nobre
É foder a classe pobre
Vasculhar no lixo é a salvação
Do que ainda se chama população

Ó terra da desolação
Que estendes a mão
A esmolar pão
 Na estratégia da perdição








segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O Cavaleiro Luaty e Mana Laurinda na Demanda da Santa Corrupção (18)



República das torturas, das milícias e das demolições

Diário da cidade dos leilões de escravos

A avó está com o seu neto de quatro anos, ele vem com um livro da história universal, entrega-lho e diz-lhe: «Avó lê este livro, é muito bonito.» E a avó: «Tira-me isto dos brancos daqui!»
A mana Minga falou que esses mendigos que andam por aí todos imundos, que isso é tudo mentira. Eles têm boas casas, chegam aí, despem-se e vestem roupas imundas e começam a pedir esmola. Ao fim do dia entregam o dinheiro a um senhor, não se sabe quem é. Esse dinheiro é para fazer feitiçaria.
Onde há miséria e fome há guerra.
Creio que quarenta anos de comissão das lágrimas não são suficientes. Outros infindáveis anos desta vez nos conduzirão para os pelotões de fuzilamento da fome.
E pelas informações que chegam brevemente seremos contemplados pelas cadernetas de abastecimento, só faltam os companheiros cubanos. Voltamos a 1975 e aos anos seguintes do racionamento.
Siona Junior Siona: Fiscal espanca Mulher grávida e deixa a mesma no estado crítico, aconteceu agora no Bairro São Paulo, a senhora encontra-se na portaria da Rádio Ecclesia.
Sim! Se contratarem os chineses, o lixo de Luanda tem os dias contados. Viver da propaganda política não se resolve nada. A miséria e a fome de Angola e da África que o digam. Mas não é necessário perguntar-lhes porque Angola e África já eram, continuam na teimosia do não conseguirem resolver ruínas atrás de ruínas, porque as suas populações são também ruínas.
Definição de mwangolé: indivíduo que fala muito, muito, muito, uf!, e não resolve nada.
Da maneira que o regime julga e condena o caso Kalupeteka, sem dúvida que faz dele um herói nacional. Mais um… e já são tantos.
Quando estiveres num país de muito calor e não conseguires beber uma cerveja devido à miséria reinante, foge dele porque está endemoninhado, e a tua vida corre perigo.
E assim Angola é mais um país africano para o PAM-Programa Alimentar Mundial, alimentar, mas sem fundos quem as populações da fome vai salvar. 
Já não me surpreende que amanhã desperte com a notícia de que houve um golpe de estado em Angola. Sim, é ir de mal a pior nesta banalidade africana.
Há três exércitos com os quais nos defrontamos todos os dias e todas as noites: o exército dos famintos, dos bêbados e o dos corruptos.
Contemplaram-nos com quarenta e três horas sem energia eléctrica como expiação dos males que outrem cometeu.
África, o continente da fome. E oram a Deus e Ele envia-lhes mais fome. E oram, oram e a fome não acaba.
Depois de 1978, actualmente consegui outra caderneta de abastecimento. Só que com esta não dá, porque dinheiro para compras não há.
Angola, desde a sua independência construiu uma espécie de muro de Berlim, e ainda continua de pé porque não há coragem para o demolir.
A barulheira prossegue interminável numa epidemia que se junta às outras, afinal a Angola pode-se aplicar a denominação de república das epidemias. Os vizinhos que moram no rés-do-chão do prédio estão convencidos que os outros vizinhos são obrigados a ouvir os jogos de futebol, as novelas, os noticiários, os filmes, por vezes até às três horas da manhã, ou quando algum deles se levanta às cinco e meia da manhã e começa logo a barulheira. Um vizinho comenta para uma vizinha: «Esses deviam estar aí num zango.» E a vizinha: «Estão na casa deles.» E o vizinho: «Pois, atirar o lixo a esmo para a rua, sem higiene absolutamente nenhuma, águas paradas por todo o lado numa terrível produção de mosquitos não admira nada que estejamos a sofrer com as epidemias de febres hemorrágicas, especialmente a da febre-amarela, e a cólera que a qualquer momento vai rebentar porque da maneira que as coisas estão devido às intensas chuvas será muita mortandade. Pois… estão na casa da morte deles sim senhor!»
De um comentador sobre a falta de divisas nos bancos na Rádio Despertar. Lavar as mãos a um macaco é gastar sabão.
Creio que é a todos os títulos uma vergonha. Segundo a embaixada chinesa em Luanda, os chineses disponibilizaram quinhentos mil dólares para a compra de vacinas contra a febre-amarela. Angola que transpirava dinheiro por todos os poros mendiga-o. Como já antes disse: Angola já está devidamente representada no clube dos países africanos da mão estendida, da fome generalizada porque o petróleo já não dá nada.
E como os corruptos não perdem tempo com leituras, o povo prefere-se analfabeto, e daí as montanhas de lixo, sem estruturas que a salvem, uma cidade impossível de reconstruir. Onde não há leitura há escravidão, não há pão, há sujeição à religião. E quando se depende da religião a cabeça só funciona a carvão.
No tempo seco as pobres almas eram avisadas para não construírem nada em cima das passagens de água, mas com um encolher de ombros construíam e quando a chuva veio com força as casas ficaram alagadas e os seus recheios num ápice estragaram-se. Muros construídos à toa sem a mais elementar norma, sem pilares que depois perante a força da água desabam e como num dique que de repente rebenta, as construções são invadidas como num maremoto. Não há regras, qualquer um constrói onde bem lhe apetece sem se lembrar da chuva que virá. E agora perante a ruína económica pode-se dizer que será impossível reapetrechar o que se perdeu. Milhares de casas desapareceram de um momento para o outro, não existindo nenhuma necessidade disso. Com o caos económico presente e as fortes chuvas, é caso para dizer que um mal nunca vem só. A chuva aliou-se à grave crise económica e dá-lhe uma grande ajuda na destruição do que resta de Luanda… do que dela restava. E mais vidas humanas são levadas pela foice da morte o que facilmente se poderia evitar. Assim, a miséria e a fome se exacerbarão e os discursos das falsas promessas continuarão.
A estratégia, são tantas, para a saída da crise, criará decerto outra estratégia: a saída para a saída da crise da estratégia. É que de estratégias não temos nada porque a única que funciona é a corrupção. Já não é que por aqui é impossível viver, mas sim, por aqui já não é possível sobreviver.
As empresas e lojas fecham, pois sem divisas não têm hipóteses nenhumas de sobrevivência, pois o deus petróleo ordenava que tudo se importasse, e que a produção interna se lixasse. É o todos para desempregar ou os que ainda trabalham finge-se que se lhes paga, ficando meses sem receber. Uns e outros já se filiaram no exército de famintos. Parafraseando Agostinho Neto: Angola é por vontade própria a trincheira firme dos famintos de África.
Angola, ó Angola dos punhais que nos dilaceram e entregam os nossos corpos aos abutres. Ó Angola que desapareces e não mais te encontrarás, o teu povo sem tumbas jaz. Da Central Angola 7311, com a devida vénia: “A escassez de produtos, principalmente os alimentares, tem estado na origem destas ocorrências. A afluência aos estabelecimentos comerciais (em Cabinda) começa a verificar-se por volta das 4h da manhã com filas enormes. A maioria dos armazéns está a trabalhar perto de uma hora por dia apenas. Abre a porta ao público às 8h da manhã mas infelizmente as 9h encerra por falta de mercadoria. “Tem sido assim nos últimos tempos, ontem já cheguei às 4h não consegui nada, hoje outra vez”, afirmou a Dona Joana uma das concorrentes na fila. “Na terça-feira encontrei o saco de 25 Kg de arroz à 4 mil, na 4ª a 6 mil ontem a 8 mil e hoje o mesmo saco já custa 10.000,00 AKZ e ainda assim não consegui porque acabou. Espero não encontrar amanhã a 20 mil” Verificam-se subidas vertiginosas nos preços dos produtos principalmente para o arroz, feijão e o óleo.”

Aqui jaz Angola, paz à sua alma!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O caos económico e social da fome



A miséria está presente
A fome está permanente
A governação está doente
A fome mata a gente

Caos económico e social
A seita que nos governa
Isto está um grande carnaval
Governo do circo da baderna

E tudo menos governar
Regime do circo a brincar
Pela fome nos matar
Da chacina da fome não vamos escapar

O país do todos prender
De presos políticos abastecer
Das montanhas do lixo a crescer
Não temos nada para comer

O lixo é monumento nacional
Uma das maravilhas sem igual
Cada vez piores, tudo mal
Há que nos libertarmos deste bananal

A incompetência é generalizada
As estruturas são de fachada
No palácio a governação está fechada
A irresponsabilidade está montada

O desastre total está anunciado
O poder está ameaçado
O poder está tombado
O povo está manietado

É o poder do deixa andar
Só presos políticos sabe julgar
O tudo e todos condenar
A vida dos cidadãos desgraçar

Já não se pode comida comprar
Os preços estão a disparar
Desta cilada temos que escapar
“haveremos de voltar”

O governo das febres hemorrágicas
Há quarenta anos que se demitiu
O poder das estratégias trágicas
Sempre nos mentiu

A febre-amarela e a fome nos devora
Os serviços de saúde foram embora
Estamos nos braços da morte agora
O povo grita! Mpla fora! Fora!














quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O Cavaleiro Luaty e Mana Laurinda na Demanda da Santa Corrupção (17)



França é a pátria de Voltaire (1694-1778). Portugal é a pátria de Fernando Pessoa (1888-1935. Inglaterra é a pátria de Oscar Wilde (1854-1900). Os Estados Unidos da América são a pátria de Ernest Hemingway (1899-1961). Brasil é a pátria de Jorge Amado (1912-2001). Angola é a pátria dos corruptos.
Luanda é um gigantesco pântano inundado de água putrefacta e devidamente abastecido por gigantescas fábricas de lixo, que o alimentam e dão vida a milhões de mosquitos que sem nenhum incómodo governamental atacam as pessoas, e impunemente as matam. Isto é que é uma séria ameaça à segurança nacional e não os presos políticos. A velha governação prossegue solitária no quintal a que chama nação. Um colossal abismo engole África, um futuro continente perdido.
Na república do caos de Angola, a empresa Orsam, creio que é assim que se escreve, não despediu cento e tal trabalhadores, pura e simplesmente os abandonou. Assim mesmo, esta  empresa abandonou cento e tal trabalhadores. Informação comentada conforme notícia da Rádio Despertar.
Há vários anos que não falava com um amigo engenheiro mecânico. Consegui o número de telefone dele. Liguei e pedi-lhe ajuda. Ele respondeu-me que estava aflito com dinheiro devido à crise e que vai despedir pessoal. Quanto a emprego para mim, nada. Que quando soubesse de alguma coisa me avisaria. Fiquei, pode-se dizer, em estado de choque. Um engenheiro mecânico com vasta experiência, dezenas de anos, a caminhar para a miséria em Luanda. Sem soluções à vista, Angola rasteja, moribunda.
Fiscais do governo da província de Luanda, no São Paulo, queimaram bens de venda, produtos alimentares das zungueiras e os carros de mão dos roboteiros. In Rádio Despertar. É caso para dizer que o governo está seriamente apostado na diversificação da selva da economia.
Claramente que o poder instituído está a incitar a população ao ódio extremista, terrorista, e sabemos como isso costuma terminar. Claro que o poder não o sabe, mas fatalmente, brevemente creio que o saberá. Apenas dois exemplos: bastam alguns minutos num noticiário da TPA-televisão do “poder” de Angola, e o aumento catastrófico da criminalidade. E isto é muito fácil de explicar na fórmula muito simples: Onde há desemprego massivo, claro, não há empregos para ninguém, e onde os há serão por pouco tempo, pois Angola está na falência total e completa. O governo apresentou um modelo de gestão para a saída da crise igual aos inúmeros outros que nunca funcionaram, mas, aquilo são coisas da treta, propaganda dos infindáveis quarenta anos do nada funciona. Sem produção nacional é o desastre total. Na ilusão de que tudo se fará de um momento para o outro, quando na realidade isso demora anos e anos, muitos anos. E sem dinheiro vão fazer o quê? NADA! É que até para os estrangeiros que nos roubaram os empregos também eles estão… desempregados e na debandada geral. Logo, quem não consegue trabalhar, não ganha dinheiro e logo, não pode pagar impostos. Então, só fica o crime organizado, ou não! O roubo, os assaltos anárquicos com vítimas do ódio que o poder lhes incrusta, mortes gratuitas para sobreviver. Jamais esquecer quando a TPA do regime nazi apresentava imagens dos alemães na Segunda Guerra Mundial, a veranearem nas praias soviéticas, quando na realidade já estavam completamente derrotados, com milhares de mortos e prisioneiros. Coisas de TPA’s.
Garcia Garci: Mas aqui em Angola não vejo crise nenhuma, sempre bem, dificuldade em nada, as rendas de casa são grandes na ordem dos 10 mil euros mensais e paga normalmente, se vão para Portugal é porque se querem ir, cada um está aonde quer normal. Eu vou a Portugal todos os 15 dias, e lá também as coisas estão bem na economia. Cada um sabe de si, boa sorte para todos
Leonardo De Aguiar Aires: Quando acabar a guerra no norte de África, Síria e arredores e o petróleo a ser controlado outra vez tudo volta a ser como era. Até lá muita gente vai sofrer. As energias controlam tudo. Para extrair um barril de petróleo custa 40 USD. Para financiar a guerra dos talibãs eles vendem por 20 € no mercado negro e tem muitos países que compram tudo. A única maneira de acabar com a guerra é o petróleo ser vendido oficialmente abaixo do preço de custo, até acabar a guerra. Não sei se compreenderam ou me fiz compreender.  Quem sofre muito são os países que têm as suas economias baseadas no petróleo.  Vejam a Venezuela, Angola, etc.  
“Comprem medicamentos e guardem-nos, mandem-nos vir por alguém que viva lá fora, porque daqui a dois ou três meses não haverá medicamentos.” Dr Maurilio Luiele, no programa Raios X da Rádio Despertar.
Depois do anúncio do governo que faz aplicar uma taxa de 0,01 por cento – salvo erro - sobre os movimentos bancários a favor do governo, os povos dizem que vão retirar o dinheiro dos bancos e depositá-lo num banco da sua confiança, muito seguro, o banco do garrafão. Banco do garrafão, um banco para todos os angolanos.
Mais desgraça, mais fome, mas já não é possível mais fome. Para alguns a abastança, para milhões a desesperança. As taxas de juro sobem de 11 para 12 por cento ao ano. Os preços vão subir mais e não há nada nem ninguém que nos salve. Angola, África, significam fome, por isso proponho a mudança de nome de continente africano, para, continente da fome.
No programa Angola e o mundo em sete dias da Rádio Despertar: Sediangani Mbimbi, presidente do PDP-ANA, disse, se a memória não me falha: “O Novo Jornal escreveu que todos os que não são do agrado do regime, a Polícia irá nas casas deles e os prenderá.” Filomeno Vieira Lopes, do BD-Bloco Democrático: “o que se pretende é acabar com os partidos políticos.”
Quando penso na Angola actual lembro-me das imagens do filme Titanic, das pessoas no cais a acenarem com lenços brancos ou não, a despedirem-se dos seus entes queridos e amigos que jamais verão, voltarão, jamais regressarão da viagem para a morte.
O caos só vai parar quando Angola arrasar. A fábrica de cerveja Cuca, prepara o despedimento de 400 trabalhadores. Fonte: Rádio Despertar.
Nas escolas, com os preços dos cadernos, livros e matrículas astronómicos, as crianças deixarão de estudar, pois se as suas mães nem dinheiro têm para lhes darem de comer. É este o tal homem novo.
Mais um preso político? Dr Filomeno Vieira Lopes, FVL, membro da comissão política do BD-Bloco Democrático, foi intimado verbalmente pelas vozes do poder de Deus – o poder actualmente instituído – a comparecer no tribunal para depor no processo 15+2, do golpe de estado de que sem provas são acusados jovens que apenas exercem o seu direito de cidadania. FVL como membro eleito de um governo publicado no Facebook, e logo de uma brincadeira infantil, não recebeu nenhuma notificação oficial como reza a Lei. FVL não compareceu no tribunal do partido há quarenta no poder. FVL está neste e em todos os momentos sob a ameaça de detenção. Mais um preso político? Isto é 15+3? Sem dúvida alguma que se ultimam os passos para acabar com o direito de cidadania e com os partidos políticos, no regresso triunfal aos saudosos tempos marxistas-leninistas da apagada história.
Tá,se muito mal, tá-se, tá,se. Anúncio na Rádio Despertar: vende-se vivenda e vasto terreno em Viana.
Sempre lembrar que: Economia tolamente dependente do petróleo, mais, desemprego massivo, mais, preços que sobem diariamente, mais, população na miséria e na fome, menos, sem produção interna, é tudo importado, mais, lançamento massivo de impostos, tudo isto é igual a: impossível pagar impostos.
Mudança de táctica do grupo terrorista Boko Haram na Nigéria: queimar crianças vivas.

Ricardo Silva: “ Já começo a pensar, seriamente, em deixar Angola. Isto antes de melhorar ainda vai piorar nos próximos tempos (anos).”

sábado, 6 de fevereiro de 2016

O Cavaleiro Luaty e Mana Laurinda na Demanda da Santa Corrupção (16)



Já consegui a tripla nacionalidade. Sou angolano, português e chinês. Estou a tentar a quádrupla nacionalidade como cidadão brasileiro.
A histeria política dos discursos do, não é?! Aprendizes e aprendizas de política que muito usam a histeria política como discurso e que usam o, não é?, milhentas vezes até que ficam insuportáveis, mas não notam, claro. Falam por aí nos órgãos de informação que parece não têm mais ninguém, assim: pois, não é?, a nossa sociedade, não é?, está doente, não é?, não sei, não é?, que será do, não é, do nosso futuro, não é?.»
Creio que um aborto seria melhor. De uma vizinha: «A minha tia está muito mal, foi parar no hospital porque o filho bate-lhe todos os dias.»
Muito movimento de viaturas com as sirenes ligadas. Mas isto é anormal, - confesso que não sei o que existe por aqui de normal, se alguém souber que me diga por favor – pensei. Bom, é claro que estamos na república das sirenes. Mas agora é demais. Sirenes por todos os lados, isto é, por todas as ruas. Não foi necessário meditar profundamente para descobrir que esse ambiente “sirenaico” deve-se ao recém-criado comité de especialidade das sirenes, que tem como função principal, a desordenada correria para resolver o caos económico sem solução.
Segundo a Rádio Despertar, o tribunal de menores do Huambo julgou e condenou crianças de seis anos por tomaram banho numa lagoa. Foram condenadas ao pagamento de noventa e cinco mil kwanzas.
Há dois mil e tal anos que o demónio disfarçado de deus governa a Terra.
Há poucos predestinados para viverem na miséria e na fome. Muito gratos a deus por isso assim permanecem em tal aberração. O povo angolano é um desses povos que vive nessa imensa felicidade, no desejo, da espera que o senhor chegue e os salve. O problema da África é que os seus líderes são eleitos por deus, e está tudo dito.
Pergunta: depois do desaire da nossa selecção nacional de futebol no campeonato africano das nações, os jogadores serão presos sob a acusação de actos preparatórios de golpe de estado?
Angola onde por todo o lado se ouve dizer: «O MPLA TEM QUE SAIR DAÍ!»
Incrível! Governo e oposição deixam Angola mergulhar no caos político, económico e social, e por isso Angola é pasto da fome. Angola definitivamente desabou e ninguém a salvou, todos apostaram em a afogar e ninguém sabe nadar. Nem uma tábua de salvação se criou, para o lixo tudo se atirou. Os portugueses estão em debandada, alguns resistem até que não sobre nada, na esperança de que melhores dias virão, mas está previsto que não, não há salvação. Os asiáticos feitos com a ralé da nomenclatura sobem os preços, especulam com o dólar. Os preços sobem, sobem, sobem fazendo com que a nossa moeda kwanza se torne inútil. Angola produz e vende fome em larga escala. Se não se fizer nada, é claro que nada se fará, a população pela fome perecerá, como um cataclismo será. Angola desabou. A população só encontra, só vê fome. Angola, o reino, o paraíso da fome.
Angola engolida, pelo lixo vencida, e logo de seguida por moscas e mosquitos invadida, que nos levam a vida. Angola dos incompetentes e irresponsáveis devidamente organizados em altamente perigosas quadrilhas de aventureiros. Angola onde por todo o lado se ouve dizer: «O MPLA TEM QUE SAIR DAÍ!» O tempo passa e depois não se poderá recuperar
A palavra de ordem é massivamente desempregar. Então, sem dinheiro para comer, ninguém tem dinheiro para pagar impostos, e exércitos de famintos não pagam impostos.
Mas nada afecta a vida abastada, luxuriante da nomenclatura, que indiferente destila nos seus órgãos de informação privatizados a seu favor, que Angola é e será por vontade própria uma espécie de Coreia do Norte. Entretanto o exército de famintos une-se.
Mais um país africano da sempre africana mão estendida à comunidade internacional. Só que o PAM-Programa Alimentar Mundial, não tem dinheiro para socorrer catorze milhões de famintos na África Austral, e Angola já faz parte desse exército de famintos. Só que o PAM ainda não os contabilizou na sua totalidade. Onde há corrupção generalizada o terrorismo facilmente se instala, é a derrocada.
O imposto da fome subiu muito. Ele é fácil de pagar, a fome paga-o e ainda sobra… fome. Estrangeiros e nacionais quando da apresentação anual das suas contas nas repartições dos bairros fiscais, fazem-nas com a contabilidade falsificada, com lucros escassos ou um diminuto prejuízo, para iludir, para o fisco fugir. E isto acontece porque o grande desastre desta nação é o há muito não ter contabilidade organizada. Por exemplo, eu desde há algumas dezenas de anos como técnico de contas não consigo trabalho, porque a corrupção é muito valorizada e a contabilidade – a organização - muito desprezada, e daí a bestial Angola derrocada.
É este o panorama caótico que se revolve facilmente com o julgamento dos inocentes presos políticos, os bodes expiatórios dos quarenta anos da infâmia, da desgraça. Os líderes africanos transformam as suas populações em moscas que invadem as ruas para venderem qualquer coisa para sobreviverem no lixo das suas vidas. Mas aqui na Ingombota, em Luanda, onde resido, há vários meses que continua a estabilidade no fornecimento da energia eléctrica, da água, e sem lixo que é recolhido regularmente há incontáveis anos.
Sem formação, o angolano continua na ancestral escravidão.
A criança de três anos e meio brinca com um camião grande. Enche-o com muitos polícias de brinquedo e depois exclama: “Estes são os polícias angolanos que lutam contra os bandidos!”
Acabo de saber que uma amiga empresária do ramo da construção civil está a pão e água. Ao que Angola, o país mais rico do mundo como todos dizem, chegou. A morte bate à porta.
Férias judiciais, e interrompem-se julgamentos, especialmente o dos presos políticos, a justiça não pode parar. Se a justiça entra de férias então não há justiça.
Angola é um país soberano da soberana corrupção.
Quando ficamos sem energia eléctrica e água, e abandonados à miséria e à fome, o nosso pensamento enche-se de ódio e deseja que quem nos governa desapareça de qualquer modo das nossas vidas e da governação.
A religião é a melhor aliada desta governação e das outras fieis amigas, porque ela conduziu e conduz Angola ao Estado mais miserável e faminto, porque presentemente há evangelistas do apocalipse que felizes pela epidemia da miséria e da fome declaram solenemente que: “É como está escrito para se cumprir as sagradas escrituras.” Então, o apoio da religião da morte, da destruição… o apocalipse está assegurado, muitos inocentes, especialmente crianças morrerão abençoadas pelo deus da religião. Resignados esperam a morte da palhaçada das escrituras e nada fazem para a evitar, enquanto outros lutam arduamente para se salvarem, a si, às suas famílias e a população.
Sobre as empregadas domésticas, melhor, sobre as escravas domésticas angolanas:
Nelson Costa: Boa tarde. Alguém conhece ou recomenda alguma empregada doméstica (que trabalhe bem, não mexa em nada, saiba passar bem a ferro, etc, etc...) que viva nas proximidades da Maianga? Muito obrigado.
Bruno Costa: Empregada doméstica. Bom dia sei que nesta altura muitas famílias estão a regressar ao seu país de origem. E desta forma estão a despedir as suas empregadas domésticas. Se conhecem alguém ou familiar que esteja a despedir a sua empregada domestica eu estou a necessitar de uma. E para a zona do Morro Bento, tem que ser uma pessoa de confiança bom perfil e dinâmica. Obrigado

Angola que sem liberdade apodrece e os ancestrais furibundos clamam pelo final da fome. Maria Marques Rosa, para, Rui Duarte: “Eu saí da minha zona de conforto... Estive a filmar em Luanda 9 meses nos bairros mais pobres e a denúncia valeu-me o despedimento... mas a minha consciência está tranquila...”

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Com presos políticos “a situação política e social é estável”



África o continente dos escravos
Kwanza a moeda dos escravos
A fome alimenta os escravos
Não há futuro sem escravos

Ludibriar os escravos com o carnaval
Não tem maka, não tem nada de mal
É assim neste paraíso da África Austral
Nesta nação que está um lodaçal

Ah! Até da fome fazem carnaval
E da miséria um ritual
E dizem que nada está mal
Até a invasão do lixo é normal

Os famintos surgem como numa aparição
São exércitos da fome da rebelião
Dos desempregados sem um tostão
Quando acaba esta escravidão?

De país mais rico ao mais miserável
Eis a escrava condição
Do passar ao país mais instável
Da perda de identidade de nação

Matar o povo à fome é libertar
Não há garantias de como o salvar
Quarenta anos nada há a esperar
Dos que nunca souberam governar

Da agricultura e dos seus planos
Nada se fez em quarenta anos
Restam os farrapos, os panos
E as quinquilharias dos ciganos

Todos os dias os preços sobem sem parar
Vendem-nos a fome que podemos pagar
Assim a população matar
Sem levantar um dedo para a salvar

Perdemos a esperança em dias melhores
São muitos erros isso não é humano errar
Dos vitoriosos dos piores entre os piores
Do petróleo que serve para nos trapacear

E na fome vamos esperar sentados
Já não dá para acreditar mais
Terríveis dias esperam os supliciados
Desta podre nação e dos seus vendavais

Os próximos dias são de grande incerteza
Pois estamos abandonados à nossa sorte
Mas já adquirimos a certeza
De nos defendermos da imposição da morte