sexta-feira, 6 de julho de 2018

Curriculum vitae de orlando castro, jornaleiro mercenário ao serviço do ditador folha 8





Nome: Orlando de Sousa Castro
Data de Nascimento: 30 de Outubro de 1954
Local: Nova Lisboa, Huambo, Angola
Estado Civil: Casado
Cartão de Cidadão:  Nº 07468031
E-mailorlando.s.castro@gmail.com Telemóvel: 919450925
Morada: Rua Bernardim Ribeiro, 228 – 2º Dtº -  4465-041 S. Mamede de Infesta - Portugal

PROFISSÃO:
Jornalista - Carteira Profissional Nº 925
PROFISSÃO Alternativa:
Ao gosto da entidade empregadora. Arrumador de carros, contínuo, moço de recados etc.
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS:
Licenciatura em História
HABILITAÇÕES LITERÁRIAS Alternativas:
Ao gosto da entidade empregadora. Analfabeto, analfabeto funcional, sabe ler e escrever etc.
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA: Nenhuma
FILIAÇÃO PARTIDÁRIA alternativa:
Ao gosto da entidade empregadora. BE, PCP, PS, PSD, CDS ou outra.

ACTIVIDADES PROFISSIONAIS
Jornalista e ex-coordenador da Secção de Economia, do «Jornal de Notícias» entre 1991 e 2009.
Editor da Secção de Economia do jornal «O Primeiro de Janeiro» entre 1988 e 1991.
Chefe de Redacção da RIT - Revista da Indústria Têxtil entre 1980 e 1988.
Redactor e Chefe da Delegação no Porto do semanário «O País» entre 1977 e 1979.

ACTIVIDADES PROFISSIONAIS (Angola 1973/1975)
Redactor do diário «A Província de Angola»;
Redactor e Chefe de Redacção da revista «Olá! Boa Noite»;
Colaborador do Rádio Clube do Huambo;
Colaborador da Emissora Comercial do Huambo;
Colaborador do bi-semanário «O Planalto».

OUTRAS
Autor dos livros:
«Algemas da Minha Traição» (1975),
«Açores - Realidades Vulcânicas» (1995)
«Ontem, Hoje... e Amanhã?» (1997).
«Memórias da Memória» (2001), Prefácio de Arlindo Cunha.
«Alto Hama - Crónicas (diz)traídas» (2006), Prefácio de Eugénio Costa Almeida.
«Cabinda – ontem protectorado, hoje colónia, amanhã Nação» (2011).
Sócio do Centro de Formação de Jornalistas; da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto e do  Clube de Jornalistas do Porto;
Vencedor do Prémio de Jornalismo Mobis 2000.
Co-autor dos 16 volumes da colecção “Guerra Colonial – A História na Primeira Pessoa”, distribuída em 2011 pelo “Jornal de Notícias” e “Diário de Notícias”.

LUANDA. O ENSINO DA MANGUIERA. DIÁRIO DOS HORRORES DO MARCOS NA ESCOLA PRIMÁRIA 1.120, sala 2





Luanda. Escola primária 1.120, sala 2, período da manhã, a poucos passos do Quinaxixi e quase encostada à empresa Tecnoserve.

O professorado está preparado para primeiros socorros? As escolas têm kits de primeiros socorros?

16abr18, a greve dos professores acabou e o Marcos regressou à escola.
18abr18, a escola tem sanita, ou tinha, mas muitas crianças mijam no chão porque lá onde moram decerto esse utensilio lá não existe. Para resolver a situação o professor arrancou a sanita e pôs umas chapas no chão.
19abr18, o meu neto não teve aulas, a professora Rosa não veio porque está doente e o professor que a substitui não veio. A diretora costuma aparecer ao meio-dia. Entretanto um aluno da sala 1 foi lutar com outro mais velho da sala 2. O aluno da sala 1 foi atirado ao chão e o da sala 2 dava-lhe bicos e pisava-o violentamente na barriga. Não estava ninguém para parar com a selvajaria.
20abr18, o meu neto não foi à escola porque chovia muito e em toda a cidade era muito difícil andar de automóvel porque as ruas estavam congestionadas, e quando está assim fica difícil ou impossível ir trabalhar. Aliás em vários locais nem dá para sair de casa porque se está cercado de água.
26abr18, crianças tão pequenas e já escravas da maldade. Uma criança rasgou o caderno escolar do meu neto porque não conseguindo fazer as tarefas escolares… vingou-se no caderno do meu neto porque ele fez todas as tarefas.
O meu neto queixa-se frequentemente de que lhe roubam o lápis, borracha, e outras coisas, incluindo a comida que leva de casa. Tão pequenos e já muito bem-educados na vil arte do roubo. Eis uma nação sem futuro.
27abr18, o meu neto não foi à escola porque está com febre.
11mai18, Marcos entrou de férias, até 18 ou 20 de Maio, disse ele.
21mai18, Marcos não foi na escola porque o Sérgio disse que no primeiro dia os professores não aparecem.
22mai18, Marcos foi para a escola.
04jun18, Marcos não foi para a escola porque o pai dele ainda não está em condições devido ao fumar muito, beber muito e duas noites perdidas.
06jun18, uma coordenadora adolescente bate a esmo com uma régua de madeira nas crianças. Por exemplo, ao bater nas costas é muito fácil partir uma clavícula. Esta escola parece um hospício, só lhe falta os choques elétricos e outras terapias similares. São escolas assim que formam bandidos. Não surpreende pois crianças fujam das escolas, porque em casa é surra, na escola também, claro que com tal tratamento de choque é impossível o aproveitamento escolar.
07jun18, as reguadas continuam, pobres crianças. Proibiram o Ezequiel de mijar, acabou por mijar nas calças.
08jun18, depois do recreio, às dez horas, as crianças ficaram abandonadas, desesperadas até à chegada dos familiares, que as fossem buscar.
15jun18, O Marcos não foi à escola porque disseram-lhe para vir só com trajado de africano, o Sérgio disse que não tem dinheiro para comprar e disseram-lhe para ir no mercado do S. Paulo que lá tem.
20jun18, dois alunos lutaram, um socou o outro e ficou a sangrar do nariz e da boca, como se fosse um acto muito banal. Sim, a violência está muito banalizada.
26jun18, os alunos ficaram na sala sem professora, o Marcos saiu para urinar, e como se fosse um acto premeditado, no regresso a directora apanha-o e lança-lhe raios e coriscos.

O ensino da mangueira
Depois da reforma do ensino produziu-se o ensino da mangueira
Mas estas torturas nas crianças não são suficientes para que a ministra da Educação e o secretário-geral do Simprof não se demitam ou sejam demitidos?
27jun18, o Marcos está de castigo numa carteira, isolado ao pé da porta de entrada. Com tantos terríveis que a escola tem, qual o motivo de apenas ele estar isolado? Receio que andem a perseguir a criança.
Dias antes a orelha do Nael foi puxada com tal violência que até sangue saiu.
27jul18, o Marcos está com a mão direita muito inchada devido a uma violenta mangueirada dada pela professora (?) Lisete, que já antes lhe tinha dado seis mangueiradas, não com tal violência. Perante tal tratamento e perseguição, inclino-me que haja discriminação racial por trás disto. O Nael, o mais terrível, faz as tropelias e faz com que o Marcos seja acusado. Quando confrontado, o Marcos nega as acusações, mas isso não lhe adianta nada.
Falei com a professora (?) Lisete, isto é, pouco faltou para ser vias de facto, e ela disse-me que foi sem querer, que lhe bateu devagar, o que é torpe mentira, porque pouco faltou para lhe esmagar a mão. Disse-lhe que isso são métodos selvagens, de assassinos e criminosos, pois é um acto desproporcional, ainda mais praticado sob uma indefesa criança. Disse-lhe também que devia estar na selva a dar aulas a selvagens, pois é lá o lugar indicado, e que isto não iria, não pode, de amaneira nenhuma ficar assim impune. Ela desfez-se em desculpas, como o assassino que depois de matar pede desculpas à vítima. O que se passa nesta escola, e noutras?, é a imposição de um império da selvajaria que muito pouco falta para lá chegar, o que já é um facto pois Angola já está minada por ela.
28jul18, apresentei o caso ao subdiretor pedagógico, que se identificou como Diamante, duvido que seja o nome dele, pois que fez evasivas, e garantiu-me que ia falar com as professoras, mas eu esclareci que o que deve ser feito é uma acção disciplinar. Vamos aguardar a ver se isto vai para a pasta dos habituais assuntos esquecidos da República de Angola.
02jul18, a professora (?) estagiária, Domingas, apesar do ocorrido, continua de arma em riste, isto é, com a mangueira na mão, o actual símbolo do ensino em Angola, a dar duas mangueiradas numa mão das crianças, satisfazendo os seus instintos sádicos. Assim, prenúncio que essa escola não vai acabar bem.
Professorado sem pedagogia é desastre no ensino.

Gil Gonçalves, avô do Marcos.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

LUANDA. DIÁRIO DOS HORRORES DO MARCOS NA ESCOLA PRIMÁRIA 1.120, SALA 2





Luanda. Escola primária 1.120, sala 2, período da manhã, a poucos passos do Quinaxixi e quase encostada à empresa Tecnoserve.
Era considerada, dizem, a melhor escola de Luanda.

15fev18, a professora do Marcos não veio.
16fev18, a professora Rosa do Marcos não veio, as crianças ficaram com um professor do tipo para entreter alunos.
26fev18, a professora Rosa do Marcos não veio, talvez porque ontem choveu muito, mas ele não foi na escola porque estava doente.
27fev18, Marcos. não foi para a escola, além de estar doente também choveu muito.
28fev18, Marcos faltou à escola, devido a estar com paludismo, mas toda a semana não houve aulas. Disseram que as aulas só recomeçam na próxima segunda-feira, 05mar18. Deve ser por causa da chuva.
15mar18, Marcos queixou-se de que o professor lhe bate com mangueira ou com um pau. O Nael também se queixou. No dia 19mar18, o pai do Marcos foi perguntar ao professor, como é isso. Um encarregado de educação disse que o ensino estatal está muito mal, porque agora qualquer um é professor. Ezequiel, filho da Odete, disse que o professor mau fica escondido no corredor a espiar as crianças e que depois entra a gritar, “VAIS APANHAR!!!”
16mar18, sem aulas, Marcos vem para casa.
19mar18, ensino da barbárie? senão vejamos: crianças de cinco anos queixam-se que um professor conhecido por, chefe, as tortura com mangueira, corda enrolada e um pau. Odete fala com a professora, Rosa, que confirma e defende o professor mau alegando que as crianças fazem muito barulho. É no que dá agora qualquer um ser professor. Estamos no ciclo da selvajaria e o que virá a seguir?
20mar18, Marcos faz finca-pé porque não quer ir para a escola com medo do professor mau. Ai! Ai! Onde isto está a chegar, mas garantem-me que o pior ainda está para vir.
21mar18, Marcos não teve aulas, isto é, quando o pai chegou à escola com ele, não estava lá ninguém, apenas o segurança, já muito velho, não segura nada, e as crianças lutavam violentamente entre si. Então, Sérgio e Odete, e com certeza mais alguns encarregados de educação trouxeram os filhos para casa. Poucos dias antes uma criança rachou a cabeça. A coitada ficou a sofrer até que alguém a socorresse. Não há kit de primeiros socorros e nem os professores têm aulas disso. E extintores de incêndios, não são necessários porque é mais fácil deixar as crianças morrerem queimadas. Mas isto é geral, revelando a calamidade do ensino, que na verdade creio que é coisa que não existe, como tudo, só no papel.
26mar18, uma menina borrou-se, deixando alguns vestígios no chão, pouco depois começou a cheirar mal. As crianças começaram a fazer-lhe pouco, a gritarem, “cheiras mal!”. O socorro que o professor mau lhe deu?... foi colocá-la de castigo.
O professor mau diz para as crianças dormirem, depois as outras que não estão a dormir roubam a nossa comida e outras coisas dos nossos sacos, diz o Marcos.
27mar18, o professor mau está a chamar Marcos de queixinhas. Receio que a tortura volte.
03abr18, Nael, por não conseguir escrever o que a professora Rosa lhe dizia, ela batia-lhe com a sua mão na mão dele, muito esticada, com muita força. Nael chorava muito e dizia que queria ir para casa. E que no Nael a professora Rosa está sempre a bater-lhe.
E no dia 02 de Abril na Rádio Despertar pelas 06.30 horas, um comentarista de serviço, mediocremente defendeu um chicote para cada medida como punição para os crimes do desvio de fundos do Estado: arrepiei-me quando ele iniciou que para uma criança um chicote pequeno. Não é necessário acrescentar mais nada, excepto que tal senhor deveria prestar declarações na esquadra de polícia mais próxima.
Imagem: Sérgio Piçarra. NJONLINE

sábado, 10 de março de 2018

LUANDA. PERIGO DE MORTE DO BAIRRO VILA FLOR. GABINETE IMP. CASA-CE





ABEL CHIVUKUVUKU VISITOU POPULAÇÕES RESIDENTES NA ZONA DE PERIGO DE MORTE DO BAIRRO VILA FLOR NA MANHÃ DE SEXTA FEIRA 09 DE MARÇO
ABEL CHIVUKUVUKU DESCEU AO TERRENO JUNTO DA POPULAÇÃO EM PERIGO DE MORTE
FOI NA MANHÃ DO DIA 09 DE MARÇO QUE O PRESIDENTE DA CASA-CE, DEPUTADOS E MEMBROS DO CONSELHO PRESIDENCIAL SE DESLOCARAM AO BAIRRO VILA FLOR. O CONSTATADO É ALARMANTE!

FÉLIX MIRANDA
GABINETE IMP. CASA-CE

Centenas de casas e respectivas famílias estão localizadas numa zona de Alto Risco. Trata-se das populações residentes no perímetro que envolve a Região da FILDA e o Bairro da Vila Flor no Cazenga. Em todo o sítio por onde se passa vê-se afixado “PERIGO DE MORTE”, Zona Interdita. Em sociedades em que a vida humana tem expressão e valor, esses concidadãos jamais ali estariam. Permanentemente expostos a irradiações de Alta Voltagem de Energia Eléctrica, lançadas por enormes dínamos que através de cabos condutores fazem transportar Corrente Eléctrica ou Energia Continua para cima dos 10 mil volts, os populares vivem um inferno: distúrbios psicológicos e enfermidades estranhas.
Mesmo a escassos metros da grande central onde se concentram os dínamos, estão mais de 100 casas. O que as populações contam é impressionante. Na calada da noite, o ruído é ensurdecedor, obrigados a fugirem do local, pois é impossível dormir. Muitas vezes sentem sintomas estranhos de saúde, ligados à cabeça e dores do corpo.
O mais grave é que, nem sequer beneficiam dessa energia, cujos cabos saídos dos radiadores ao alcance das mãos, passam pelas suas cabeças. Apenas se contentam com o barulho que os põe loucos. A energia de que se servem provem da Subestação da Cuca.
Diante das câmaras de televisão e ao transmitirem as ocorrências ao Presidente da CASA-CE, os residentes, maioria mulheres com bebés ao colo, denunciaram a má fé do Governo. A empresa que ali instalou a subestação, quando chegou ao local, isto é, em Outubro de 2013, havia prometido evacuar a zona e ceder casas às populações que ali se encontram desde o início dos anos 80. Até ao momento, diz uma das senhoras: “Apenas barulho; barulho que nos põe loucos”. Ali tiveram filhos, esses produziram netos e até agora, nem água vem, nem água vai.



O Presidente Abel Chivukuvuku lamentou o facto do Governo não dar atenção devida à um caso tão melindroso como este que envolve vidas humanas, quando se sabe que por exemplo, nos zangos e centralidades existem casas vazias onde se podiam evacuar essas pessoas que sem dúvidas vêm seu tempo de vida encurtado pelos efeitos nocivos, embora se manifestem lentamente e quase invisíveis, são devastadores.
Mais disse o Presidente às televisões, aos jornalistas e à população que: logo terminada esta 1ª Ronda de constatações da realidade de vida das populações de Luanda, irá junto ao Governador Adriano Mendes de Carvalho para propor soluções urgentes. Não há tempo a perder, em jogo estão vidas humanas e o futuro comprometido da Nova Geração. A evacuação é a solução primeira.


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

AOS QUATRO VENTOS





Digo-lhes calma e claramente que Angola vai ficar muito mal porque não tem quadros. Tem muitos políticos, muitos psicólogos, muitos economistas, muitos advogados, não tem engenheiros, não tem contabilistas, portanto não tem contabilidade, e sem isto nada há a fazer. Parece que não mas Angola está numa situação caótica. Angola vai muito desastrada. O muangolé não gosta de quem sabe muito, afasta-o com receio de perder as vantagens profissionais e do receio do ficar sem o seu grupo mafioso.
Esta sociedade é alcoólica, o muangolé bebe muito, desmesuradamente. O muangolé está a beber a um ritmo alucinante. Esta pátria é alcoólica. Angola tem que importar muitos, muitos quadros porque com alcoólicos Angola sofre constantes inundações de álcool. Angola afunda-se num mar de álcool.
A formação escolar é, pode-se dizer, miserável. O muangolé está completamente subjugado pela feitiçaria, na verdade ela é que comanda, dita as regras. Não há nada que não se faça sem feitiçaria. O feitiço está presente em tudo e em todos. O muangolé não faz nada sem o quimbanda.
O muangolé está f.o.d.i.d.o!
Assim os próximos dias são cruciais para o futuro de Angola. Ou segue o rumo da ciência, ou fica à mercê dos charlatães, de seitas religiosas, de criminosos, de gatunos, de demagogos, do jornalismo incipiente, etc.

A baixa de Luanda é hoje um cemitério, a partir das 20 horas. Não há luz, não há movimento. O Palácio da Pena, onde ficava a saudosa Lello, devia estar também já com o destino traçado - esperemos que a nova governação impeça mais esse crime - lá está, aguardando o camartelo. Destruíram o Hotel Turismo para lá ficar um vazio, não há, salvo raras excepções, restaurantes, espaços de convívio, bares, salas de música, aquilo que é, afinal comum, principalmente para aqueles que tanto viajaram e nunca se preocuparam, no mínimo, em copiar bem aquilo que tanto elogiam e mostram conhecer. Ainda dá para salvar Luanda? (Novo Jornal On Line 12/01/18)

folha 8, mais do que um jornal, uma grande desgraça.

Como tal, a também jurista defendeu que "o Estado de Direito Democrático não precisa de ter operativos paramilitares espalhados ou infiltrados em todos os serviços públicos, nas empresas públicas, nos bancos, nos bairros, enfim...em toda a parte".
Segundo Mihaela Webba, "é por isso que as verbas para a segurança nacional [e Defesa] continuam praticamente inalteradas", estando fixadas, no relatório de fundamentação do OGE para 2018, em mais de 975 mil milhões de kwanzas, o equivalente a 21,27 por cento de todas as despesas do Estado.
"Há muita gente que não produz e vive à sombra do OGE com a capa de agentes da segurança de Estado", reforçou a parlamentar. (Novo Jornal Online,18/01/18)

Sms de um amigo: Devo lembrar-te que esta merda está no caos do cais acostável final. As cenas diárias terrificam, correm além da imaginação. Como o Titanic ao encontro do icebergue.
Fico em pânico só de pensar que não há investimentos, ninguém fala de economia, são todos políticos. A gestão dos pretos, como escreveu Sousa Jamba no Novo Jornal. Sem engenheiros, sem técnicos de contas, etc., sem quadros, só se forma políticos. É o vertiginoso regresso à escravatura. Uma coisa é certa, sem capital humano é selvajaria garantida. Mais um país africano de mão estendida a mendigar. É a fúria do ciclone da fome. Aumento dos combustíveis, água, luz, impostos, taxas, etc. Num país de desempregados sem injecção de financiamentos dizem que é genocídio. 

A miséria sempre existirá, e nunca acabará porque na criação das sociedades ela tem o seu estatuto devidamente implantado. 
Porque será que o governo não acaba com os geradores e obriga ao uso da energia solar? Porque por trás está sempre a negociata do matar para facturar, como há muito acontece com o banco do terror, o banco millennium na rua rei Katyavala, que com o seu gerador mata os moradores com o seu fumo da morte.
E também a célebre promessa da fumigação para acabar com os mosquitos. Até agora não vi nada, porque por trás disto estão as empresas que facturam com a venda contra a malária. E como não querem perder o milionário negócio, é deixar matar para que o reino da impunidade se mantenha.

Enquanto a estrutura marxista-leninista não for desmontada, nunca passaremos do mesmo, disto.
O banco millennium na rua rei Katyavala, em Luanda, voltou à destruição, o que mais sabe fazer? Sempre na senda do quanto mais se destruir melhor, pois o mais importante é ver o capim crescer, é esta a aposta na agricultura. 
Este banco marxista-leninista, depois de 25 dias, até ao dia 16/01/18, eis que volta outra vez a ligar o gerador. Hoje, 23/01/18, com início às 08.41 e durante quase 20 minutos lançou fumo como se fosse um vulcão, fumo para matar. Depois o gerador continuou ligado não se sabendo por mais quantos dias. Já se chamou bastas vezes a atenção a essa ente maldita, incluindo o de criminosos e de selvajaria qualificada, mas nada. Além disso roubaram o terreno. Isto só se pode explicar assim: o poder popular marxista-leninista continua intacto. O incrível da gestão marxista-leninista é quando rebentam com uma fase da energia eléctrica, não querem saber, ligam o gerador e pronto. De cada vez que o carro vem abastecer gasóleo, são 1.200 litros, a 135 kwanzas, dá 162.000 kwanzas. Como é possível esbanjar assim dinheiro? Pois, a gerente é uma pobre coitada, está no local errado, a coitada sabe lá o que é gestão. Mas como está tudo errado, é a selvajaria que prevalece, isto está como que no poder de células terroristas. O que fazem, matar sem dó nem piedade, é o mesmo que lhes desejo, a eles e às suas famílias. Que tenham o inferno que merecem, pois dele não escaparão.

O panorama é assustador para Kamba Pedro, que trabalha numa empresa de segurança privada como guarda. A ganhar 25.000.00 Kz e pai de sete filhos, Kamba já começou a refazer as contas. "Se os preços dos produtos já atingiram níveis insustentáveis para os consumidores, com o aumento de impostos, da água e da luz, como vou sobreviver?", questionou, contando que até ao momento não conseguiu confirmar as matrículas dos filhos. (Novo Jornal Online 24/01/18
Que 2017 foi o pior ano de Angola, então esperem para ver como será 2018.

Eram dois gatos, subiram as escadas do prédio, um teve sorte, abriram-lhe a porta e deixaram-no entrar, conseguiu um lar. O outro não, não teve sorte, ficou sem lar.

De um alcoólico inveterado, veterano: beber é cultura é conhecimento.

Como pensar em grandes transformações, se nosso povo continua à mercê das mesmas doenças e limitações, há muito abolidas nos países desenvolvidos?
…Desconhecida a sua causa, os sifilíticos chegaram a ser tão discriminados quanto os leprosos, sendo que muitas vezes uma doença era confundida com a outra. Quando se percebeu que era através do contato sexual que a doença era transmitida, as prostitutas passaram a sofrer forte perseguição, como nos mostra esta pregação, feita por um dos maiores anatomistas da época, o francês Sylvius, em 1567:
“Aprende a odiar a libertinagem das prostitutas mais que a dos cães e das serpentes. Odeia o seu olhar impudico, os seus gestos tentadores, as suas conversas sedutoras, o sorriso dissimulado dos seus lábios, os seus seios erguidos para a corrupção”.
…Ao mesmo tempo em que a mídia exalta os grandes avanços de uma ciência cada vez mais apoiada em uma tecnologia cara e complexa, recursos a cada dia mais escassos têm que ser administrados para fazer frente a um imenso desafio. Como atender às populações mais carentes, sujeitas, ainda hoje, à falta de saneamento básico, carências nutricionais de toda ordem, exposição a vários tipos de endemias, acesso limitado a um sistema público eficiente, com carência de moradia decente, sem acesso à informação, expostas diariamente a vários tipos de violência física e psíquica, sem acesso ao lazer e sem uma formação profissional que lhe permita obter uma renda digna?
O modelo atual, que privilegia o tratamento, gera um considerável consumo do dinheiro público, além de transformar o Estado em mero repassador de recursos do setor público para a iniciativa privada, em detrimento dos reais interesses da ampla maioria da população.
…Além disso, em sua maioria as faculdades não estão contribuindo para a colocação, no mercado de trabalho, de profissionais adaptados às novas demandas e desafios exigidos pelos problemas de saúde que serão prevalentes no século XXI.
Neste século, prevê-se o aumento das doenças psiquiátricas (principalmente a ansiedade e a depressão), das doenças relacionadas ao tabagismo e as sexualmente transmissíveis (ligadas ao sexo não seguro), além das patologias a elas associadas. Também aumentará de importância a violência urbana (com suas consequências em termos de saúde pública) e com a maior expectativa de vida maior número de pessoas com idade avançada deverão necessitar de mais atenção dos serviços de saúde. (Medicina Uma Viagem Ao Longo Do Tempo, de Eurico de Aguiar. 2010)

Um vizinho foi no bairro Prenda, de dia… estacionou o seu carro e pouco tempo depois, ele não demorou muito, e quando chegou o vidro da porta da frente do lado direito já não estava. Isto é alta mestria ou quê?
A vizinha recém-chegada, a tal que gastou um monte de dinheiro na reabilitação do apartamento depois de o comprar, de quem lhe vendeu foi para beber, beber até o dinheiro se acabar e que segundo testemunha já está com a cabeça avariada de tanto beber que já não reconhece muito bem quem habitualmente convivia com ele, pois, a vizinha foi assaltada, roubaram-lhe, segundo ela, seis milhões de kwanzas e algumas joias só que a porta não aparentava sinais de arrombamento. Na vizinhança há quem afirme, garanta que ela é gerente de um banco e que quando sai de casa transporta dois sacos cheios de dinheiro.
Na Rádio Despertar, foi noticiado que nas indústrias ABC seis trabalhadores foram despedidos por exigirem o pagamento das horas extraordinárias.

Passam quarenta minutos da meia-noite, um jovem solitário caminha no passeio, vai com um saco às costas, desses que ganharam o hábito universal, toda a gente o usa em qualquer parte do mundo, quando repentinamente é atacado por outro jovem maluco, desses que deambulam, fazem da rua a sua casa. O jovem do saco enfrenta-o, afasta-se, tira o saco das costas e encosta-o a uma árvore, vai para a luta. O assaltante corre para outra árvore onde estão algumas pedras, carrega-as e arremessa-as contra o defensor. Das pedras atiradas nenhuma acertou no alvo, um milagre, perderam-se na rua. O jovem do saco grita-lhe para parar porque senão ainda vai acertar num carro, mas qual quê. De repente o maluco parou e como uma magia desapareceu. Dos vários seguranças presentes nenhum se intrometeu porque têm ordens superiores para não ligarem ao que se passa à sua volta, só seguram o que for dos seus clientes, mas com tanta bandidagem no país dos desempregados sem direito ao fundo do desemprego, os seguranças têm as vidas contadas.
O tempo vai passando e os maus dias se vão perpetuando e a vida encurtando, adiando. Até agora nenhum corrupto, gestor da tuji, charlatão, colarinho branco foi para a prisão. De corruptos estamos inundados como enxames de mosquitos da malária. Começa a desanimar porque nada vai melhorar. Tudo o que é negativo assusta, duramente permanece, as almas ensombrece.
Segundo a Rádio Despertar, 10/01/18, as ordens de saque do governo de Benguela para pagamento às empresas da recolha do lixo não têm cobertura bancária.

E sobretudo, manos e manas, não se deixem embalar pelo canto da sereia dos charlatães que abundam como varejeiras, porque depois os adormecem e ficam em poder de um, ou dois indivíduos muito perigosos, é sempre assim, ferozes ditadores. Um deles de vez em quando aparece na Rádio Despertar e fala como o Tarzan a cagar no deserto.
Aqueles que tudo fazem para enriquecer e para tomar o poder matando os seus semelhantes, dizimando tudo e todos, são o perigo da destruição da humanidade. Há que manter sempre luta contante contra tais mentes diabólicas. Nós temos que viver e eles têm que desaparecer?
Esta é a cidade do prazer mórbido de matar pessoas.
Não há empresários, há mercadores de escravos.
Onde há muita miséria, as igrejas enchem-se de fiéis na vã esperança que Cristo ressuscite e tudo inunde de comida, porque é sempre a única esperança que existe de resolver o problema da fome. Mas não se fala de demolir os governos que trazem a peste da miséria e da sua inseparável amiga, a fome, porque tais governos são eleitos por Deus.
E muita chuva de miséria e de fome desabou em Angola.
O fanatismo da religião enlouquece.
Num país onde a lei é “pode-se ir queixar onde quiser” como é que esse país acabará?
E o povo angolano escolheu, decidiu que prefere continuar na escravidão.
O dinheiro mal utilizado causa muitos estragos, o exército de desempregados e depois na condição de exército de famintos que o digam.

Como se fosse a coisa mais natural do mundo, junto à Liga Africana a queima do lixo continua. E com o fumo tóxico produzido não há problemas se alguém morrer, porque esta é a grandiosa pátria da morte, dos investimentos da morte.
Se isto está de fugir, como querem que haja investimento estrangeiro?

O que acha da situação actual dos mercados financeiros indianos?
Acho que não podemos subestimar o impacto dos estímulos económicos do BCE. Nem o recuo da onda de liquidez derivada da alta nas taxas de juros da reserva dos EUA.
Frida Kahlo?
Bem, além da aquisição feita pelo Louvre em 1939, ela não foi reconhecida até surgir o movimento artístico Mexicano no final da década de 1970.
O renascimento mourisco?
O palazzo sammezzano, na Toscana.
Tecnologia Bluetooth?
Que, é claro, deriva do nome do lendário rei dinamarquês Harald Blatand, cujo nome é “Bluetooth” em inglês. E o logotipo do Bluetooth são as iniciais dele em runas nórdicas. (Do filme, Kingsman The Golden Circle, 2017)

Se Angola é um dos países mais ricos do mundo, um paraíso como alguns portugueses lhe chamam, então como é que está considerada como o segundo pior país do mundo para viver?
“Afinal de contas, porque deverá um investidor de capital de risco investir o seu capital num projecto, se os seus próprios promotores não estiverem dispostos a investir o seu dinheiro?” (Revista Ideias e Negócios, Fevereiro de 2003)

A banana da morte
Falam que na rua há bananas envenenadas, envenenam uma e quem tiver o azar de a comprar morre envenenado. Se isto for verdade, do que não duvido porque estamos nos momentos agonizantes, do descalabro, da grande trapalhada, dos preços que sobem, da fome violenta, onde tudo é possível, e isto quem o faz é para satisfazer o desejo de vingança nos inocentes, como sempre.
Da maneira que tratam as populações, as pessoas, os trabalhadores, depois ainda se admiram quando há revolta, violência gratuita, morte, muito triste, mas é a realidade.
Tantos que morrem antes do tempo, ou como as crianças não chegaram a conhecer um pouco da vida porque os adultos mataram-nas, não as deixaram viver. E haverá crime mais abominável que este?

São sempre os mesmos, ou outros com outras máscaras faciais, nos mesmos lugares e disso não passamos.

Imagem: Sérgio Piçarra, Novo Jornal Online, 02/01/18