Também não sei se hoje terei água, energia eléctrica e Internet. Ou se os
advogados independentes estão em vias de extinção.
Esta Angola dos navios/petroleiros/ e dos corruptos sempre/ hospitaleiros/
é porto seguro dos navios/ negreiros/ e das fraudes eleitorais sem/ ficheiros/
e dos envelopes com muitos/ dinheiros
No palácio dos corruptos/ festeja-se por todos os cantos/ o fim da
liberdade de expressão/ do silêncio de Aguiar dos Santos.
A marcha militar das granadas
Eu vou morrer em Luanda/ sem água, sem luz e sem pão/ o fumo dos geradores/
será o meu caixão/ A corrupção é um dever patriótico/ um acto nobre, de
heroísmo/ numa nação genialmente governada/ por soberano tão eivado de
altruísmo
Tantos bancos a mais/ na lavagem do santo dinheiro/ todos cansados,
resignados/
todos dominados pelo engenheiro
As igrejas coristas abençoam/ os lençóis petrolíferos/ e toda a congénere
imundície/ dos retalhados humanos auríferos.
A caminho de um Estado injusto, vamos.
E esta que apanhei
no site, anedotas.numsitedejeito.com: Qual é a diferença entre um advogado bom
e um advogado muito bom? O advogado bom conhece a lei; o advogado muito bom
conhece o juiz.
Tudo o que a
estiagem governativa exerce é legal, e tudo o que não está de acordo com a sua
bandeira, o vermelho do homem novo e o preto da escuridão, sem luz do mal a
habituação é legal. Convém acrescentar que pessoalmente perante tão vastos
campos lavrados de ignomínia, desconheço o que é legal e ilegal. Legal já pouco
ou nada sei, de ilegal tudo sei, porque a todo momento confronto-me pela
inundação da ilegalidade. E quando se ousa denegrir, afastar um advogado por
motivos fúteis, um estágio, estamos perante mais um caso de intolerância
política. Ó pobres almas angolanas! Então não sabem que o Poder depois do jogo
da sueca viciada eleitoral, vos desflorará?!
Isto não é eleições, são confrontações de advocacia, e por isso mesmo
compete aos advogados declarar as eleições nulas.
Utilizando insecticida no que resta das flores, o
Minoritário declara-se vencedor floral deste jardim eleitoral, logo perfumado
pelos amigos da trincheira firme da evolução em África, incluindo um ocidental
pequeno país fascista amador, sempre de braços e cofres abertos. Como é que um
governo agourento se aguentará diariamente durante cinco anos a lutar contra
milhões de oposicionistas? Os milhões de eleitores das flores defraudados
quando se manifestarem nas ruas, jardins humanos renascerão. Mas para já estão
previstas, anunciadas grandes batalhas contra os jardineiros, ou mentores da
fraude floral/eleitoral? É que o molde em que a fraude das flores foi montada
não parece coisa deste mundo, é que qualquer plantador ao deparar-se com
tamanha farsa até dá para se divertir. É tanta futilidade, tanta insensatez que
todo o processo eleitoral mais parece um maratona. Pretender governar com
aleivosia, impor o insustentável pela via eleitoral é uma loucura que trará
danos irreparáveis. Quer dizer, o povo absteve-se de votar para o Minoritário
ganhar. E onde houver um Minoritário no poder, há sempre um povo para sofrer.
E o navio da corrupção continua com o mesmo leme da espoliação.
Há comandantes tão péssimos, tão péssimos que nem sabem ver que o seu navio
se está a afundar. Prova-o o comandante do navio Costa Concordia.
Podemos considerar 2012 como o ano do grande desastre de Angola?
Venha a nós o nosso petróleo, e para as populações… mas quem disse que em
Angola existe povo?
Com a Constituição superiormente dirigida e aprovada, nela não consta que
exista povo? A nossa Constituição é para servir os senhores do petróleo e a sua
incessante luta contra as revoltas dos escravos.
Este Poder alucina, distorce a realidade de quem nele está.
A fraude das fraudes é permanecer dezenas de anos no poder e tentar por
todos os meios passá-lo como sucessão para um familiar, multiplicando o cortejo
de miséria, e declarar em conluio com os países amigos de que o povo angolano
vive uma vida maravilhosa, pois a liderança não se poupa a esforços para que
Angola tudo faça para proporcionar o carinho e amor que as populações
beneficiam. Se não fossem as falsas igrejas que obrigam o povo a temer Deus e o
Poder, e a fraude eleitoral abençoada e planeada por Ele, este povo seria muito
infeliz. Afinal os prelados conseguiram transformar as suas igrejas em partidos
políticos, e das capelas, milagre de louvar a Deus, jorra petróleo em
abundância. E como Deus gosta muito do petróleo de Angola, pegou nas suas
imbambas e fez de Angola a sua morada. E onde há muito petróleo há muitas
igrejas e uma invasão de prelados, de maus pastores que conduzem os rebanhos
para os precipícios petrolíferos. E enquanto o petróleo e os diamantes
estiverem sempre com o mesmo Poder e das igrejas, haverá muita desgraça, e
milhões de chineses. A propósito: porque é que os chineses que correntemente e
abundantemente violam as leis que existem, para não se cumprirem, por exemplo,
às seis da manhã, ou antes, incluindo sábados e domingos, os chineses não
deixam ninguém descansar, então porque é que não os expulsam?
Não se esqueçam que se antes não havia lei nem ordem, que haverá agora? Um
poder desordenado, brutalizado perante a luta pela democracia e liberdade?
A corda está muito tensa do lado do Poder, e partir-se-á, e depois como será?
Viveremos continuamente num Estado policiado e militarizado? Não me destruam as
flores do meu harém.
Isto não é uma nação, é um vasto lençol petrolífero. Se antes era selva,
agora o que será? Uma romaria de salteadores do petróleo e uma confraria de prelados?
Onde há muitos prelados há muita maldade e muitos demónios. Abençoado seja o
Senhor que vos espera para Nele serdes purificados.
Onde há muita miséria há muito petróleo espoliado. E os que se apegam ao
Poder eterno, o Poder da tragédia os destroçará.
Agora, quando passo por uma igreja da maiuia fujo muito rápido, em
disparada, porque não suporto a intoxicação, o cheiro a petróleo, do maná que
delas emana. A propósito: das igrejas também se extrai petróleo? Ai é?! É pá,
não sabia?! Sim, já entendo! A casa de meu Pai tem muitos poços petrolíferos…
nas igrejas da maiuia.
E depois quando opiniões são dadas sobre o rumo perigoso que as coisas
estão a tomar, os do Minoritário advertem-me que ele tem forças poderosas que
me matam ou a quem tentar se manifestar. Respondo-lhes, que façam isso da
melhor maneira possível, mas que evitem a “ruandice”.
Ainda não é chegado o tempo para a modificação das designações dos actuais
movimentos de libertação transformados em partidos políticos? É que isso em
nada contribui para a paz (?) e democracia (?), muito pelo contrário,
chocam-nos com a agressividade das palavras, senão vejamos: Movimento Popular
de Libertação de Angola. Frente Nacional de Libertação de Angola. União
Nacional para a Independência Total de Angola. Significa isto que Angola ainda
não é livre nem independente e que a luta vai continuar? Afinal quando é que
Angola se liberta?
Não estou a ver nenhuma paz e democracia, vejo é tumultos e anarquia.
E meus irmãos e minhas irmãs, oremos a Deus Nosso Senhor para que a fraude
eleitoral seja um facto consumado, para que os prelados da maiuia esfreguem as
mãos de contentes, porque Deus ouvi-os e envia-lhes um navio petroleiro com
muitos envelopes/barris de petróleo.
Quase todos os dias pelas seis horas da manhã acordo assustado, os vizinhos
também, claro. Um chinês saúda-nos com o levantar de um tubo de ferro aí com
quatro metros de comprimento, ou para variar pisar chapas de zinco, e lança-o
violentamente contra outros tubos amontoados no chão. Não é difícil de imaginar
o estrondo, não é?! Depois vai-se embora. O ato dele revela a malvadez que lhe
vai pela cabeça, se é que a tem. Creio que é o primitivismo da maldade.
Não posso andar na rua porque apanho com uma bala perdida. Não posso estar
em casa porque alguém vai demoli-la. Também não posso estar em casa porque uma
viatura do Minoritário em altos berros anuncia que o Minoritário libertou
Angola, só que nós ainda não nos libertámos dele.
Quando saio de casa vou amedrontado porque não sei se serei assaltado.
No emprego ando sempre muito sobressaltado, porque não sei se será hoje que
um português me põe desempregado.
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