pelos canhões dos seus patrões
E os
escravos fugiram das plantações
o senhor
dos escravos ameaça-os
com os
seus canhões
Prelados
intimidam, dão sermão
os
escravos libertos vão na manifestação
O escravo
fugiu estuporado
desabou-lhe
a ruína do eldorado
e a
excomunhão do prelado
e pelos
cães atiçado
Na
fazenda do petróleo jaz
uma nação
de um patrão incapaz
só se
ouvem tiros, pás! pás!
e o
chicote do capataz
As milícias
matam os inocentes
festejam
a morte, inconscientes
cumpriram
o dever dos presidentes
e dos
bajuladores subservientes
Até fazem
intolerância ao Islão
e o
cristianismo não?
mas
professam a corrupção
a sua
verdadeira religião
Nestes
deuses não há manifestação
só existe
uma palavra: repressão
nos
artigos da (sem) constituição
e nela
tudo se revolve a tiros de canhão
Tudo
calmo, dizem os estrangeiros
nos seus
negócios de merceeiros
vindos
dos lugares de jornaleiros
aqui
formam escolas de bandoleiros
Neste pelourinho
não se pode protestar
é um acto
de guerra a quem criticar
e nas
leis criadas para escravizar
há sempre
um povo pata crucificar
Eis mais
uma latente primavera
dos
enviados para a estratosfera
ainda
sobreviventes na quimera
prisioneiros
do final que os espera
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