Ai
esta assombrada pátria de poetas
E
canteiros de obras de escritores
Das
crianças do petróleo repletas
E
milhões de outras malfeitores
As
crianças invadem os hospitais
Porque
a sua desgraça é demais
Desempregados
estão os pais
Os
estrangeiros vivem marginais
A
cidade dorme, acorda sepulcral
Mas
os seus algozes em alerta, não
Crianças
famintas na cidade capital
Sem
merenda sem o patriótico pão
Este
petróleo tem muitos mistérios
Barras
de ferro educam as crianças
Nele
está, vive a corja de galdérios
E
colada a igreja da tríplice aliança
O
petróleo tem direito a manifestação
E
as crianças dormem ao relento no chão
Na
miséria da sujeição sem alimentação
Crianças
sem amor vítimas da corrupção
Os
chineses chegaram
E
as crianças escravizaram
E
os portugueses apoiaram
E
as crianças muito choraram
Neste
amar o petróleo de tacanha riqueza
Abundam
crianças de tamanha pobreza
Vivem
exércitos milícias como fortaleza
Nos
braços de Deus e no clero da vileza
Este
petróleo continua comunista
Vive,
só pensa nele é muito egoísta
As
barras de ferro são a sua conquista
Da
sua principal actividade belicista
São
crianças da inesgotável matança
Dos
lordes do petróleo da sua malvadez
E
delas só restará uma ténue lembrança
Em
cada um a morte impõe a sua vez
Dizem
que lutam para salvar a criança
E
premiá-la com tudo o que ela merece
Já
se ouve o uivo do vento da mudança
A
intensa propaganda comunista perece
Os
lordes do petróleo são imortais
Dizem
que nós estamos aqui a mais
Que
somos atrasados, Neandertais
Eis
a orquestra dos débeis mentais
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