A,
Manuela
O
cacimbo acabou
O
calor chegou
A
ditadura continuou
O
amor nos levou
As
crianças sempre a chorar
E
ninguém para as consolar
Sem
amor para as aconchegar
É
a fome que lhes está a embalar
O
amor já aqui não tem lugar
Enquanto
a ditadura aqui morar
E
a pólvora da miséria nos odiar
Faz
a morte do amor rebentar
Até
o amor ousam esmagar
Fazem
tudo para nos silenciar
Mas
há sempre uma voz para lutar
Resistiremos
no tempo feliz voltar
O
amor está muito errante
De
nós anda muito distante
Ninguém
lhe dedica um instante
Agora
só se ama o metal sonante
E
eles promovem a destruição
Que
é assim que se faz uma nação
Vem
aí uma chuvada de repressão
Como
se vivêssemos uma maldição
Prisioneiros
sem destino
Da
governação sem tino
Que
nos reprimindo
Se
vê o amor extinguindo
As
nossas almas se vão exaurindo
E
os nossos corpos extinguindo
Não
se vê uma criança sorrindo
A
ferocidade nos vai reprimindo
Vão
reprimindo a liberdade de amar
Preso
político será quem o contrariar
Pronunciar
a palavra amar
Vai
para a lista dos a eliminar
O
regime não deixa ninguém amar
Porque
é considerado subversivo
Poucos
são os que ousam lhe escapar
Têm
que agir como caçador furtivo
E
quem ousar amar
Será
acusado de conspirar
Preso
donde não possa escapar
E
na prisão não se poderá visitar
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