RCE - República dos Comités de
Especialidade, algures no Golfo da Guiné.
Libertemo-nos
do comunismo ortodoxo!
E na assembleia do povo disfarçada
de assembleia nacional, de parlamento da democracia, estampavam-se no lado
frontal, triunfal, agigantavam-se as palavras: HOJE HÁ CIRCO.
Quando não se sabe fazer mais nada vem a “Dependência. Sistema de relações económicas,
financeiras, políticas e culturais que mantém as nações subdesenvolvidas
subordinadas aos grandes centros do mundo desenvolvido. A situação de
dependência atinge especialmente os países de passado colonial recente, além
dos que se iniciaram mais tarde no desenvolvimento industrial, estruturando-se
como um sistema periférico, que se estende pelo chamado Terceiro Mundo (África,
Ásia e América Latina). De modo geral, as nações dependentes baseiam sua
economia no sector primário (agro-pecuário e extracção mineral), mas a
dependência pode subsistir mesmo quando o país possui, como o Brasil, um sector
secundário consideravelmente desenvolvido. Essa subordinação processa-se na
medida de tecnologia, de matérias-primas elaboradas, de equipamentos e de
capitais para investimentos internos ou compras no exterior. Um dos aspectos
principais da dependência tem sido justamente o endividamento constante e
acelerado dos países dependentes, cujas divisas auferidas com as exportações
acabam sendo insuficientes para cobrir os défices do balanço de pagamentos. A
importação sistemática de tecnologia para diversificação do sistema produtivo
nacional contribui para gerar distorções sociais: a utilização de tecnologias
sofisticadas libera, nesses países, grandes contingentes de mão-de-obra, que
não encontram trabalho no sector de serviços, como comummente ocorre nos países
desenvolvidos. Esses contingentes vão aumentar o número de desempregados e
subempregados. A estrutura social das nações dependentes reforça os laços de
subordinação, na medida em que há solidariedade de interesses entre as camadas
dirigentes locais e os centros económicos externos. Muitos industriais de
países subdesenvolvidos realizam suas actividades associando-se a empresas
estrangeiras ou mesmo vendendo a elas seus estabelecimentos industriais.
Paralelamente, podem subsistir alguns grupos económicos nacionais mais fortes,
sem vínculo orgânico com grupos internacionais e com eles concorrendo em escala
local e mesmo internacional. As relações de dependência estendem-se à esfera
cultural e aos padrões de comportamento, com a adopção de hábitos de vida e de
consumo, valores, modas e formas de pensamento gerados nos países mais
desenvolvidos.” (Paulo Sandroni, In Novíssimo Dicionário de Economia, 1999,
Editora Best Seller)
E sob a marcha da ingloriosa bandeira lá vamos
desta vez para o comunismo chinês. “Comunismo:
sistema totalitário e ateu no qual o Estado detém a totalidade das indústrias,
comércio, meios de transporte, bancos e controla em larga medida, através de um
partido político único, a vida social, cultural e económica de todos os
cidadãos.” In Dicionário Houaiss.
E o Rei do Petróleo ordenou a caça aos
manifestantes, porque os chineses lhe admoestaram. E os cães da Polícia tanto
lhes ladraram, tanto lhes dilaceraram. Os chineses mais conjuraram que para
conseguirem os seus objectivos, o saque total e completo da RCE, a democracia
extinta seria. O primeiro passo será a chacina de qualquer manifestação que não
tenha as cores da bandeira da comunista nação. Depois os deputados e finalmente
os partidos políticos. O preso político tornou-se tão vulgar como nos tempos do
nazismo, do fascismo, do colonialismo.
E o Rei do Petróleo mandatou-se de ordens
superiores e internamente, secretamente decretou, acrescentou na época da
abertura da caça… a caça ao deputado.
Vamos acabar com os partidos políticos! E bastou
o Rei do Petróleo anunciar à nação que os partidos políticos da oposição apoiam
as manifestações da juventude para que eles se borrassem de medo. Não se
poupando a desculpas como rato encurralado num canto refém do gato que ao
mínimo movimento de escapadela acaba liquidado, chacinado. Quem muito arreganha
os dentes e ladra mais não faz… nada.
Com o vertiginoso regresso à ditadura imposta
pelos chineses, o conflito é inevitável. Filomeno Vieira Lopes, do BD- Bloco
Democrático, afirmou que: “Não podemos permitir isso.”
William Tonet, nas cátedras de jornalista e de
jurista leccionava na Rádio Despertar, pouco depois do terror de um cerco
policial como nos tempos da Igreja que sitiou os Cátaros e depois os queimou,
os chacinou. E William Tonet, tal como Jesus Cristo, pregou que só a verdade
nos liberta: “A Polícia está partidarizada. Abominaram a democracia. As leis
aqui são fanfarra, folclore. Todas as ilegalidades são apadrinhadas. Não são
presos políticos, (disse a PGR) mas são acusados de desestabilização. O “crime”
(dos jovens presos políticos) admite liberdade provisória. A responsabilidade é
do Presidente da República. Neste momento está-se a por em perigo a
independência nacional. Estão preparadas as condições para a sublevação. Mais
jornalistas estão presos.”
E o polícia não queria, às ordens do seu chefe
desobedecia, que lhe ordenava para prender os manifestantes, dizia: “Mas eu vou
prendê-los porquê? O que é que eles fizeram!”
Sim, é de plena verdade: Depois da independência
nunca mais vi uma pessoa honesta. A corrupção contamina toda a gente.
A resistência popular generalizada é a ideologia
dos ditadores que unem o povo contra eles.
Ai de quem deixar uma ditadura avançar, pois de
nós nada vai sobrar.
O petróleo era o pai da corrupção, depois morreu
e deixou muitos órfãos que agora começam a morrer de fome, porque a RCE é a
pátria dos saqueadores.
No parlamento secreto do Rei do Petróleo,
debate-se a hipótese de prender toda a população, ou a sua deslocação para um
imenso campo de concentração, conforme directiva do Politburo chinês. Com a
recomendação de isso se executar com a máxima urgência, senão o dinheiro chinês
morre.
E um jovem manifestante alertava que, “prefiro a
tal decadência do Ocidente, do que a barbárie actual da RCE e do seu aliado
natural, a Igreja.
Um lobo é sempre um lobo.
As ditaduras são como as piranhas, estão sempre
prontas para nos devorarem.
Perante a feroz perseguição aos manifestantes da
oposição perfeitamente legais, o poder diz que só ele se pode manifestar, e
tudo o que lhe seja contrário é para ilegalizar e chacinar. Uma crente de uma
igreja militante, meliante confessa, manifesta o seu desagrado, “Ai! Os sinais
dos tempos já aqui estão!”
Três assaltos relatados por um jovem vendedor de
chourição, mortadela e fiambre na rua: Na baixa de Luanda, pelas treze horas
junto ao Baleizão, um português estaciona o seu carro, abre o porta-bagagem,
retira de lá uma pasta e prepara-se para ir almoçar. Mas dois assaltantes
vigiam-no e um deles de pistola em punho saca-lhe a pasta, dá-lhe uma forte
coronhada na cabeça com a pistola, deixa-o a sangrar, junta-se ao outro e voam
numa moto, antes deram um tiro para o ar para afugentar qualquer tentativa de
perseguição.
No segundo assalto dois batuqueiros entregaram
uma mota ao nosso jovem para a lavar. Ele disse que não estava interessado, mas
eles disseram que lhe davam mil kwanzas. Ainda a mota não estava lavada mas já
o batuqueiro lhe exigia que lha entregasse assim mesmo. Afinal o outro estava
junto ao banco e fez sinal para ele vir com a mota. Um cliente do banco saía,
arrancaram-lhe a pasta com o dinheiro acabado de levantar.
O terceiro assalto foi num carro V8. Uma mota
colocou-se à frente do V8, a outra atrás. Então o da frente travou e obrigou o
V8 a parar. O da mota da traseira chegou no vidro de pistola apontada, o
condutor resistia à sua abertura, o assaltante partiu o vidro com a pistola e
depois saquearam tudo o que lhes interessava. Ninguém ousou se intrometer, era
só ver.
Imagem: autor desconhecido
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