RCE - República dos Comités de
Especialidade, algures no Golfo da Guiné.
Corrupção
institucionalizada é golpe de estado e ninguém é preso. Por isso mesmo,
LIBERTEM OS PRESOS POLÍTICOS!
E o espírito Fapla ainda paira sob a
RCE.
A psicose dos golpes de estado
continua. A seguir até as pobres vendedoras de rua serão presas sob a acusação
da preparação de mais um golpe de estado. E finalmente chegará o próximo dia em
que a população será encarcerada em Calomboloca sob a acusação da preparação de
mais um golpe de estado.
O terror está declarado, brevemente
da RCE só restará um bocado de papel amarrotado a rebolar por entre caixotes do
lixo. Quatro crianças estão a ser torturadas na prisão. A uma delas já lhe
rebentaram as costas pela pancadaria recebida e não lhe prestam assistência
médica. Isto foi denunciado por Rafael Marques de Morais.
Depois das vinte e duas horas no
zango, em Viana, foi decretado o recolher obrigatório. Um técnico de som depois
de sair da Rádio Despertar foi espancado por tropas das FAA-Forças Armadas
Angolanas, que depois o atiraram para debaixo dos assentos de um carro onde já
lá se encontravam mais jovens na mesma condição. O director da Rádio Despertar
disse que se declararam o estado de sítio o devem informar e não espancar quem
sai do seu trabalho para sua casa sob alegação de que a área está sob
jurisdição do recolher obrigatório.
A chacina do Monte Sume na Cadeia de Viana?
Segundo a Rádio Despertar, uma reclusa da cadeia de Viana foi espancada e
depois morta por electrocussão pelos guardas prisionais, porque foi apanhada
com um telemóvel. Uma reclusa que denunciou a morte sob anonimato disse que já
houve mais três casos idênticos, e que isso considera-se como normal.
O preço do petróleo baixou, afundou
perigosamente para a barreira dos quarenta dólares. Com este preço só dá para
pagar os milhares de tropas da guarda presidencial, generais e pouco mais. Já
se anuncia que nos bancos está difícil levantar kwanzas, a moeda local. A
bancarrota acena, estrebucha, mas para o PRVP-Partido Revolucionário da
Vanguarda do Petróleo, estava tudo bem há quarenta anos a nadar no paraíso das
maravilhas. O fim do sistema comunista da aniquilação, da chacina de tudo
cavalgava sob a sela do Rocinante de D. Quixote. Ninguém do PRVP sabia que
quando o preço do petróleo baixa perigosamente, os dólares desaparecem dos
cofres do PRVP. Não havendo dólares não há importações, pois na RCE ninguém
trabalha. Como uma óptima república das bananas tudo, absolutamente tudo vinha
do estrangeiro. As empresas estão directa ou indirectamente ligadas ao PRVP. Então
sem dinheiro não há vendas, sem vendas há falências. A RCE faliu! Empresários
que vivem exclusivamente das vendas do petróleo não são empresários, são
parasitas. A população morrerá à fome e devido a isto a convulsão social se
agigantará e o PRPV sucumbirá, porque governar com canhões, com extrema violência
significa o fim à vista.
Se na RCE até o jindungo é importado.
A RCE continuava, mantinha outra
chacina – república de alcoólicos – a do álcool. Estava inundada de alcoólicos,
como se isso fosse decretado, quem sabe se não o foi. Os bêbados
multiplicavam-se como moscas fazendo naufragar a frágil embarcação da RCE que
se afogava num mar de álcool.
“Nos termos do artigo 25, uma pessoa
será culpada de crime de guerra se essa pessoa facilitar a execução de tal
crime ou auxiliar, concordar ou assistir na sua execução.” “Quase todos os
países do mundo reconhecem o TPI.” “A América não.” “Quem mais?” “Iraque,
China, Coreia do Norte, Indonésia, Israel.” “Têm alguns países na África…” In
filme The Ghost Writer, 2010. (O Escritor Fantasma)
Depois de muito lutarem para conseguirem os seus
direitos mais elementares, as populações conseguiram ganhar e fazer aprovar no
Parlamento o Estatuto do, Como Viver Como Porcos em Currais. Sim! A RCE transformou-se
num chiqueiro para onde as populações são atiradas, abandonadas.
O comunismo destrói as nossas mentes e as nossas
famílias, e é um feroz perseguidor da religião cristã.
Na RCE há duas igrejas, a dos brancos e a dos
negros. A Igreja da RCE como igreja dos negros não tem nenhum valor porque
evangeliza a corrupção. A Igreja da RCE está num mundo que não existe.
Ao que isto chegou, mas esperam-se dias muito,
muito piores. É domingo, são vinte e três horas e na zona da Liga Africana há
intenso barulho que se espalha num raio de dois quilómetros, ou mais, tal é a
intensidade do bombardeio musical. Eles estão à vontade, pois só quem está
ligado ao glorioso PRVP, está autorizado a fazer tais arruaças. Por incrível que
pareça o som aumentou, para lembrar que a selvajaria é um facto consumado, que
a miséria continua até à derrota final. É impressionante, aterrador o que as
milícias do PRVP fazem. Até pouco depois da meia-noite o crime impune parou,
talvez por imposição ou denúncia de alguém que precisava de dormir para depois
se levantar em condições de ir trabalhar. Porque trabalho, os agentes do PRVP
não sabem o seu significado, pois a palavra de ordem é enriquecer de um dia
para o outro sem nenhum esforço, de acordo com as consagradas leis da
corrupção.
E os mesmos métodos de 1975 continuam para
impor, viver no caos, pois quem nele vive, o honesto muito dificilmente
sobrevive. A solução final da pancadaria, do tiro, da tortura, do assassinato,
tudo feito vulgaridade para que a lei do terror vença e o poder alcance os seus
objectivos da governação das fardas da maldição. Só que os tempos já não são os
mesmos daqueles da independência. A fome avança e isso é o sintoma da grande
mudança.
Só se deve pensar a RCE como uma república
anormal.
A maldade, a mãe da selvajaria, instituiu-se
definitivamente na RCE. Todos os sinais que anunciam o fim de um regime
ditatorial são bem visíveis.
E o chinês serra, martela, despedaça a RCE.
Acaba com esta merda de vez.
Há quarenta anos que a RCE está em crise.
Agrupados em intermináveis reuniões, falam muito, muito, mas nunca resolvem
nada. Enquanto a Polícia não efectuar operações de limpeza contra a corrupção,
de pouco adianta combater os marginais, porque a origem deles está na corrupção.
As brigadas do combate à pólio vacinavam as
crianças apresentando um crachá em substituição das habituais camisolas, porque
já não há dinheiro para comprá-las.
A Igreja vive, sobrevive da invenção dos santos
e de santuários. As ditaduras vivem da destruição da democracia e dos
democratas.
Os sacos com um milhão de dólares cada saíam
como se fossem caça furtiva. No aeroporto internacional 4 de Fevereiro em
Luanda alguém deixou esquecido um deles com um milhão de dólares. Há quem
avance a proposta de que tal quantia provenha da lavagem de dinheiro para
financiamento do terrorismo internacional. Realmente é muito difícil atribuir o
abandono desse saco debaixo de um assento do avião, à nomenclatura que
habitualmente usa esse meio para traficar dinheiro para Portugal e outros
países da Europa. É de crer que esse dinheiro também seja proveniente do
comércio da droga.
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