Ou
a balada da abalada do M
Antes
de ti era o colonialismo
Prometeste
que nos libertavas
Mas
entregaste-nos ao endocolonialismo
Tantas
promessas que não nos aldrabavas
Abandonaste-nos
à miséria, ao sofrimento
À
fome sem nenhum sustento
À
atroz escravidão sem um lamento
Transformaste
o teu povo num jumento
O
caos com força já está a entrar
E
as tuas trampas vão rebentar
O
nauseabundo cheiro não dá para cheirar
Neste
tempo já estamos a te amaldiçoar
Os
portugueses e chineses o caos vão deixar
Tanto
empenho tiveram em o apoiar
Alguns
ferrenhos ficarão para mais saquear
E
o poder dirá que tudo está a controlar
As
nossas vidas oferecemos ao teu poder
Tratas-nos
como cães famintos sem nada ter
Hoje
e amanhã não temos nada para comer
A
tua preocupação é como nos abater
Agora
é o banco millennium a nos chacinar
Nesta
angolana república das chacinas
E
os documentos da nossa morte assinas
Nesta
república dos presos políticos a nadar
A
água potável está a soluçar
A
energia eléctrica a engasgar
Empregados
são para dispensar
Enquanto
o ordens superiores comandar
No
poder do apocalipse não dá para confiar
O
banco millennium nazi a nos gasear
Temos
destas forças malignas que escapar
Só
miséria e fome nos vão assegurar
O
vosso fim também se está a aproximar
Pudera!
Com tão horrível governar
E
milhões de vozes a te condenar
E
milhares de golpes de estado a inventar
Até
um banco já nos chacina
Pois!
Tens a bênção da Igreja divina
A
depender do petróleo que tudo patina
A
Igreja corrupta ainda domina
Sem
corrupção viveríamos em paz
Banco
millennium mata-nos com gás
Ao
inferno vão parar, ai vão, vão!
E
lhes prometo que dele não escaparão
Os
homens maus estão no poder
Não
sei dos meus netos o que fazer
Temos
que os imobilizar e os prender
Porque
nenhum de nós irá sobreviver
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