Era
um país que na miséria nadava
O
petróleo já não dava
Num
mar de fome se afogava
Só
presos políticos havia, mais nada
E
a população desesperada
Já
nada da oposição esperava
Já
em ninguém confiava
Só
com as suas forças contava
O
poder presos políticos ceifava
Tudo
e todos o odiava
O
ajuste de contas se sussurrava
A
nação exangue se encontrava
A
especulação monetária espreitava
A
população no álcool mergulhava
Já
sabemos que vamos morrer
Por
isso avante vamos beber
Onde
há corrupção há ditadura
E
como tal sol de pouca dura
Conflitos
entre os esfomeados
E
os do petróleo abastados
O
projecto agrícola da Quiminha
Segue
como os outros para a ruína
Como
o do Wako-Kungo lá caminha
A
corrupção disso se encaminha
Do
povo as igrejas são a sua salvação
Obrigam
os crentes a rezar em vão
Este
povo está na perdição
Desconhecem
o que mais esperarão
Oposição
que não vem para a rua
É
os desalojados a olharem para a lua
Esta
oposição é da brincadeira
Faz
da liça política a sua feira
Oposição
que não sabe semear
Nela
ninguém pode confiar
Ao
m não lhe interessa a democracia
Ao
m só lhe interessa a plutocracia
E
arrastados estamos pela demonolatria
Os
presos políticos sofrem demagogia
O
m o país tem bloqueado
Mais
presos políticos têm engolfado
Já
todos sabemos quem são os culpados
Há
muito que já estão identificados
Os
presos políticos nas prisões/cemitérios
É
obra dos corruptos e de outros adultérios
Imagem: (Club-k-net.) À esquerda, Isabel Nicolau,
procuradora do ministério público. À direita, Isabel Nicolau, no julgamento dos
dezassete presos políticos escondendo o seu rosto da justiça popular, porque
quando a justiça é repressão, no poder do povo está a rebelião.
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