sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

ANGOLA MORIBUNDA


Angola moribunda
Pelo poder que a inunda
E a faz imunda

A moribunda vida a arder
População eliminada pelo poder
Que confirma que é a sua missão
Reforçar a satânica corrupção

A corrupção
É o lampião
A chama do caldeirão
Que incendeia esta nação
Quanta mais violenta a repressão
Mais violenta é a revolução

Angola vai falir (já faliu)
O Estado vai ruir (já ruiu)
Os estrangeiros estão a fugir
E os angolanos na jangada querem ir

Nesta nação naufragada
Pela corrupção abalroada
Com a população enjaulada
Rebenta com as prisões, revoltada

Cada dia que passa
Mais se arrasta a nossa desgraça

Estando na miséria extrema
E tendo que suportar
A entidade suprema
Ó Angola que na Idade da Pedra cais
Mas o que é isso de fazer revolução
Com tal gente inapta de ocasião

Gemem as sirenes do poder
Fora disso nada vamos ter
Vida de muangolé é beber
Para a pátria esquecer

E da miséria se faz futuro
Já se pode colher o fruto maduro
Quando o poder se diz imprescindível
A nossa vida será mais horrível

E contra um poder terrível
Jaz a indolente oposição sofrível
Quando o poder exila intelectuais
Aprisiona jornais

Decreta leis que são vendavais
E condena em falsos tribunais
A democracia decapita-se nas leis capitais




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