quarta-feira, 26 de abril de 2017

A BARRAGEM DE LAUCA




Encher a barragem de Lauca
De gente maluca
Para vender geradores
Às empresas dos impostores
Povo que só se sabe lamentar
Facilmente se deixa matar
Se deixa esfomear
Desmaiado pela fome tombar
Por aqui o tempo parou
O cofre secou (?)
A crise se inventou
A oposição se lamentou
Angola está a arder
Ninguém quer saber
Fingem que não estão a ver
Angola está a desaparecer
Sem liderança não há oposição
Desorientada fica a população
No caminho para a corrupção
Como caminhar sem chão
A viver no espelho do passado
Do tempo colonizado
Mas neste tempo actualizado
Não falam do mal praticado
Era o reino da dança
Do petróleo da abastança
Já só resta uma ténue lembrança
Chegou o tempo da mudança
Isso dos bandidos não é guerra?
É, que ensanguenta esta terra
Até parece que não há paz
No mar de mortos que aqui faz
Fomos vítimas da cilada
Pelos corruptos montada
Pelos seus pés espezinhada
Tiranizada
Um grupo e seus lacaios
Que oferece aos seus aios
Miséria e fome são
Nacional instituição
Perante tanta desgraça
Que se comenta com chalaça
E de tanto aguardar
Já não nos vamos safar


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