Ano 2 A.A.A. Após o
Apocalipse dos Angolanos.
Ano da diversão da
economia com corrupção e sem energia eléctrica.
Ano em que a oposição
ameaça sair à rua.
Em Angola um dia haverá,
partidos políticos da oposição terá.
Ó Angola-Congo amada,
que já não serves para nada, depois de tanto abraçada, agora és muito odiada.
República das torturas,
das milícias e das demolições
Diário da cidade dos
leilões de escravos
Os
colecionadores de desgraças podem e devem vir para Angola, e decerto vão-se
cansar nesta república das desgraças. Aqui vai mais uma: há quem exiba nas ruas
o seu pitbull. Há quem ande nas ruas com cães grandes e ferozes onde as
crianças correm o sério risco de serem devoradas.
Angola
sem oposição, não tem solução, é a continuação, da desolação.
Sem
energia eléctrica … o apocalipse de Angola.
Conseguirão
as populações sobreviver à fome até às próximas eleições? Qual é a opinião das
oposições? Parafraseando José Afonso: Luanda cidade obscena/ a miséria é quem
mais ordena.
Luanda
já vai bem lançada no terceiro mês sem energia eléctrica (EE). De Março até ao
dia 11/05/17, a nossa miséria já alcançou o recorde de todos os tempos com 376
horas de cortes no fornecimento de (EE. Em tempo de guerra tal nunca aconteceu,
pelo menos aqui na buala. A primeira maravilha de Angola é a constante falta de
EE. Com o meter de tanta água a barragem de Lauca está mais que submersa, e por
causa desse dilúvio está em obras de recuperação que consumirão pelo menos mais
dois meses, Maio e Junho haverá mais restrições. E depois em Julho e Agosto
mais apagões. Se não sabem governar para quê teimar? E o banco
millennium-atlântico (BMA) na rua rei Katyavala, gozando da total impunidade
que o poder lhe concede, o fumo do seu gerador continua a matar, ordens
superiores em acção? O horror aconteceu no dia 04/05/17 pelas onze horas da
manhã, durante quinze minutos fumegou de tal modo que fazia como que nevoeiro.
As crianças tiveram que ser evacuadas. Isto está de tal ordem que acabará numa
grande, fatal desordem. Que Deus me perdoe mas creio que já começo a acreditar
porque é que existem homens-bombas, são tais coisas que fabricam o terrorismo.
A insensibilidade é a fortaleza das ditaduras. O autoritarismo é como uma
biblioteca sem livros. Creio que no dia 23 de Agosto será finalmente proclamada
a verdadeira independência de Angola?
Que
a desgraça nos sitie. Que belo e aprazível é respirar, viver continuamente
mesmo com a EE restabelecida sentir na respiração o fumo de geradores. É só
psicopatas. Isto a TPA e a RNA, etc., não noticiam. Só informam o que lhes
convém. Não são órgãos de informação, são cemitérios do limbo da informação. Os
inventores de barragens constroem-nas para não produzir EE. Barragens corruptas
não produzem nada. Delas só sai miséria e fome. São barragens que produzem EE
invisível.
Isto
não é governar, é torturar, massacrar, espoliar. Embora custe a acreditar, mas
estamos perante um genocídio. Se não é então o que será? Com tanta mortandade,
tanto desprezo, tanta insensibilidade? Suspeito que a espoliação da EE tem por
missão a morte lenta e o fumo dos geradores é garantia mortífera de eleitores
para que não exerçam o seu direito de voto, até parece uma conspiração. A
oposição está na corda-bamba, no patíbulo. E o gerador do BMA aposta no
morticínio do seu fumo mortal. Fumo de gerador mata, mas como se obedece às
ordens superiores de que se pode matar à vontade, com impunidade, porque o
poder é da eternidade. Tudo tem o seu tempo determinado e o mundo é demasiado
pequeno.
Isto
caminha bem, demasiado bem, e agora então com os dúbios acontecimentos do
processo eleitoral à “Congo”, Angola já está prisioneira de outro Congo, Angola
já é de facto e de jure outro Congo, porque, é de insistir, vai no terceiro mês
que Luanda está sem EE. Somos catapultados para o inevitável exército dos
famintos africanos. Diversificação da economia sem EE… é inqualificável. O que
se passa com a EE, com barragens que só funcionam na televisão, na rádio e no
jornal do politburo que obrigam a lembrar o tempo de Estaline. Nesse tempo,
Estaline liquidava populações como o acontecido na Ucrânia que foram castigadas
pelo genocídio da fome. Aqui a morte é certa. E fico pensativo porque é que os
partidos políticos da oposição fazem conferências e mais conferências de
imprensa sobre a mega fraude eleitoral, e não fazem nenhuma sobre a extinção da
EE, da miséria, da fome, e o mais grave de tudo, a galopante corrupção. O BMA,
como membro do comité de especialidade dos bancos sem sistema, lança gases tóxicos
do seu gerador que matam. É necessário e urgente varrer o lixo da história.
Como se não bastasse morrer pela fome, mas também pelo fumo do gerador do BMA
isto é estalinismo. Com mais um comité de especialidade dos desempregados que
sem EE não conseguem alternativas de sobrevivência, a população silenciosamente
desaparecerá do número dos vivos como um facto consumado. Acabar com a
população para que haja eleição do mesmo campeão e dos seus amigos estrangeiros
de plantão, para que se consolidem as conquistas da corrupção.
Como
é que isto vai terminar/ bem não vai acabar/ o Apocalipse faz-se soar/ ouvem-se
as trombetas a tocar. Os invasores chegaram/ e do poder se apoderaram/ dizem
que nos visitaram/ mentira porque nos espoliaram. Ao petróleo se agarraram/ e
até agora não o largaram/ tempestades semearam/ tumultos plantaram. A selva se
instalou/ tudo mudou/ tudo piorou/ tudo acabou. Chamam-lhe paraíso, imundo/ é o
fim do mundo/ nauseabundo/ moribundo. Regime sem ordem/ impõe a desordem/ sem lei
a injustiça é certa/ a revolta o alerta. Está-se mesmo a ver/ que fácil é
prever/ o que aqui vai acontecer/ é que isto já está a feder. Ficam felizes em
ver tudo falido/ caído/ f.o.d.i.d.o/ arruinado/ crucificado.
Creio
que as empresas também vão recusar auditorias: Pelos vistos assim parece porque
num acto de solidariedade com a CNE-Comissão Nacional Eleitoral, vão recusar
auditoria aos seus arquivos de contabilidade, alegando que os seus diretores
são idóneos, e que as suas contas estão de acordo com as regras contábeis,
reforçando que obedecem aos sãos princípios contabilísticos. E que palavra de
director está acima da lei.
“Partidos da oposição alertam para manipulação de
resultados eleitorais através de um negócio de mais de 200 milhões de euros.” (Novo
Jornal)
Já
sabemos que errar é humano, mas mais de quarenta anos de erros fazem com que
errar seja monstruosidade desumana.
É
a dominação do álcool, da feitiçaria e da religião.
Os
governos da maiuia é assim que funcionam: primeiro encontram-se umas chapas,
com elas fazem-se paredes e tecto, logo de seguida improvisam-se cadeiras para
os crentes se sentarem, improvisa-se também – tudo de improviso – um palerma
qualquer que lê a Bíblia ao acaso também num altar improvisado, e com isso
interpreta mensagens divinas que são ditadas aos fiéis como profecias. E pronto
nasce mais uma igreja. Dóceis, quanto mais burros melhor, como cães puxados por
trelas.
Dinheiro
para a corrupção há, para a miséria e fome não dá. Corruptos a governar, o
dinheiro vai faltar, a população vai mendigar.
“Não que Angola não
precise de dinheiro, mas fundamentalmente porque Luanda não se quer sujeitar às
condições impostas por Washington, nomeadamente em matéria de prestação de
contas. É pena”. (Carlos Rosado de Carvalho. In Expansão.)
“A oposição pode fazer o
que quiser!” Exclamou, Julião Mateus Paulo, Dino Matross, secretário para as
relações internacionais do Mpla, referindo-se às dúvidas dos partidos políticos
da oposição sobre o processo eleitoral.
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