Já
não se sabe quem é quem
O
relógio horas vai dando
Apenas
horas para alguém
Dará
horas até quando?
O
relógio a tocar
A
miséria a estalar
Farsantes
da oposição
Outro
fardo da escravidão
Pobres
coitados
Sós
e abandonados
Nas
eleições esperançados
Outra
vez na onda levados
O
relógio dá a hora
Para
os donos se irem embora
Os
ponteiros em movimento
Da
falsa democracia do tormento
O
relógio opulento
Do
condenar sem julgamento
Ó
pobres coitados
De
alguns opositores malvados
Bajuladores
por todo o lado
Burlam-nos
com o seu fado
Movem-se
como centopeias
Nos
castelos sem ameias
Alguns
democratas estupores
Formam
redes de malfeitores
Não
parece, são muito perigosos
Como
o vírus dos cães raivosos
Um
grupo os cofres esvazia
Está-lhes
de feição a maresia
Já
um coro de vozes se levanta
A
matilha do poder se espanta
Poder
que nas armas confia
De
tudo desconfia
Há
que intensificar a repressão
Do
poder não sairemos não
Que
fazer?
Muitos
copos beber
Para
esquecer
Não
tem que saber
Se
vai para a escola com fome
O
não aprender lhe consome
Na
batalha do ensino perdida
É
o alcoolismo da vida
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