República das torturas, das milícias e das
demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos
Faz
com que todos os dias não sejam iguais. Não te deixes ir nas ondas onde todos
navegam. Nunca penses no dia de hoje, pensa sempre no dia de amanhã.
Aviso! Aqui não se criam empregos, só se aposta
no desemprego em larga escala.
E que o dinheiro está difícil, mas para alguns
está muito fácil. Porquê? Vê-se no esbanjamento.
Nelson Gonçalves Bastos: Normal. Também já passei
por isso. Duas idas ao Lubango e devido ao mau tempo não conseguiam aterrar.
Quando fui reclamar em Luanda o "chefe" estava com uma bebedeira que
nem se segurava. Nem viagem, nem bagagem... Berrar até aparecer a polícia e
resultado: a culpa foi minha. Falta de respeito. Raul Costa: Esse é o
estado geral em Angola. Indiferença em vésperas de eleições. Cada um por si.
Se o partido no poder
faz o que quer e bem lhe apetece, isso revela que a oposição é fraca. O que
esperamos da oposição é uma atitude construtiva que mostre aos cidadãos que há
genuína vontade em resolver problemas. Pois, pois, tudo se resolve com o voto
em 23 de Agosto. Lamento
que a oposição seja débil, senão vejamos o desempenho negativo do líder da
Unita, Samakuva, em que, por exemplo, nos seus discursos sobre a fraude
eleitoral prometeu uma chuva de manifestações, antes prometeu uma surpresa,
ainda antes jurou que não aceitaria as empresas Indra e Sinfic, mas elas foram
adiante. As repetitivas conferências de imprensa que por isso se tornam
cansativas, porque sempre a ouvir a mesma coisa não dá, etc. Isso cheira a
esturro porque quem promete agora e não cumpre o que diz fica tudo na mesma. E
que se vencer as eleições promete que logo o povo angolano será feliz, quando
isso é muito fácil de provar como uma grotesca mentira eleitoralista. Serão
muitos anos de recuperação económica, e se os investidores internacionais
fingirem que apoiam então será uma eternidade. Hoje de manhã fartei-me de rir
quando ouvi na TPA do vizinho, como muangolé do exército de surdos e de sem
noção de convivência, põe o som muito alto. Escutei então que no noticiário
desfilava mais uma vez, e sempre, a propaganda do Mpla, ri-me muito, porque os
partidos da oposição lamentam-se – lamentam tudo, apenas lamentam e isso não
resolve nada - que os órgãos de informação do Mpla só fazem propaganda desse
partido, mas até agora a oposição não conseguiu mudar o quadro e até ao final
das eleições não o conseguirá. A Unita não é confiável. DA CASA, o que tenho
notado são as intervenções, creio que sem interesse eleitoral, quero dizer, não
convencem o eleitorado por não dizer nada de novo e também entrar na órbita do
cansativo. Já lá vai um mês que não oiço estações de rádio nem vejo TVs e
similares. Limito-me a ouvir os títulos dos noticiários do almoço e da noite.
Definitivamente não ouso ouvir mais políticos da praça porque são
confrangedores e um atentado ao meu e nosso intelecto. Claro que não estou só,
comigo comungam muitas almas. Vamos para outra RDC? Parece-me que sim, oxalá que
não.
"Para fortalecer os sistemas de saúde,
garantir a segurança sanitária e proporcionar um melhor acesso aos serviços de
saúde, os países devem esforçar-se por alcançar o mínimo de oito dólares por
habitante recomendado pela OMS" (Rebecca Moeti da OMS In Novo Jornal
28/06/17)
E andam todos e todas no
frenesim dos quimbandeiros para ficarem ricos e ricas. Ela queria ser rica e
para o conseguir foi no quimbandeiro. Ele disse-lhe para arranjar um peixe
grande e entregá-lo na mãe para o escamar. Ela entrega o peixe na mãe que se
recusa a escamá-lo. Insiste mas a mãe continua a não aceitar. É então que surge
o neto ainda criança e sussurra no ouvido da avó, “avó, eu ouvi a conversa da
mãe com o quimbandeiro, não escames o peixe porque a mamã quer ser rica.” E a
avó devolveu o peixe. Então a mãe escamou o peixe e depois morreu.
Esta ouvi numa rodada de
cerveja que creio revela profundamente o busílis da sociedade angolana: “Se os
políticos de uma maneira ou de outra são todos corruptos, então prefiro
continuar com os habituais corruptos porque já sei como eles são, e por isso
vou votar no Mpla.”
Mãe angolana abandona
filhos na embaixada do Canadá em Luanda, na rua Rei Katyavala. As crianças que
aparentam ter, uma, nove e outra cinco anos de idade foram abandonadas hoje
26/06/17 na embaixada. As crianças foram vistas a brincar em frente da
embaixada. Uma funcionária foi-lhes comprar comida. O pai, canadiano, foi-se
embora para o Canadá e também as abandonou. Entretanto, do Canadá, o pai mandou
recado para a mãe a dizer-lhe que virá a Luanda para levar os filhos para o
Canadá. É muito triste ser criança em Angola, não é?
Além disso temos buereré
de políticos, os tais democratas/opositores, que muito falam, falam, mas não
dizem nada. E quem perde tempo com eles é pior que eles. Esta gente durante
dezenas de anos viveu na ilusão dentro de um castelo de nuvens. E demasiado
tarde, já o rebanho no precipício, se apercebeu disso.
Jamais se esqueçam
disto: tudo o que é repetitivo cansa. E sobretudo, mamos e manas, também jamais
se esqueçam de como David venceu Golias.
Viver com primitivos é
regressar para o tempo das cavernas.
Quanto mais tempo se
perder com a falsa religião mais burros ficarão. Não, não estou a sonhar não,
está tudo falido.
No início o amor é como
um escritor que também no início escreve muitos livros, depois desse intenso
fulgor desvanecem na procura mística de outras asas para outros ninhos.
Estes manos cada vez
estão piores: então quem não fizer todos os meses recarga do pré-pago da
energia eléctrica leva multa. Isto é Angola, é África cada vez melhor. E os
cortes da energia eléctrica continuam como que obedecendo à estratégia das
venda de geradores. A propósito, desde Janeiro até Junho de 2017 em cortes no
fornecimento foi um ror de 517 horas.
Angola, o país onde as
pessoas andam sempre com as calças nas mãos. Creio que é fácil de adivinhar,
como Angola vai acabar, pois se anda tudo a roubar.
Não são só os cães, mas
também: as cadelas ladram mas a caravana passa.
E já se destacam os
sinais da nova vida, do tudo vai melhorar. A mana Santa, que é quinguila, como
o negócio já há muito tempo não anda, está a vender cigarros e saquinhos de
uísque. Mas não é só ela não, são muitas, muitos que brevemente farão com que a
designação oficial de Angola mude de nome para: república do exército de
famintos de Angola.
Ainda sobre o abandono
das crianças de pai canadiano e mãe angolana: Hoje 28/06/17 a mãe voltou com os
filhos na embaixada canadiana. Ela não vive, está numa Igreja com as crianças
porque o pai não lhes deixou nada e a família não a quer, não lhe liga devido
aos filhos serem mestiços, daquelas famílias racistas. Apesar de o Canadá ser
um dos países mais avançados do mundo, o pai abandonou as crianças e não lhes
manda nada, não quer saber. Entretanto os coitadinhos vestidos com roupas
encardidas e muito magros o que indica estarem a passar mal, brincam
indiferentes, sorridentes perante a maldade humana, neste caso canadiana. Mais
tarde um carro da embaixada levou as crianças para, segundo dizem, falarem com
o pai via Internet.
Noticiário da grande
tragédia: Se não conseguem fazer nada, por exemplo, o alho já ronda os seis mil
kwanzas o quilo, uma cebola duzentos kwanzas, é pá, entreguem isto aos brancos.
Caramba! Porra!
“Um país que só olhava
para o "ouro negro" esquecendo tudo o resto. Nunca quiseram saber de
Pescas, Agricultura, principalmente a agricultura, Ensino, Saúde, Turismo...”
(Comentário de Mário Metelo no Facebook)
Um homem na Argélia foi condenado a dois anos de
prisão, depois de ter pendurado uma criança na janela de um prédio, só para
conseguir "gostos" nas redes sociais. "1.000 gostos ou vou
deixá-lo cair", foi assim a descrição que o homem usou na fotografia
publicada no Facebook. (Sic Notícias)
O regresso do infernal tempo da escravatura, do
tempo em que a fome mata: em Benguela, jovem empregado é morto à pancada pelo
patrão por ter roubado um quilo de arroz.
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