Caracteriza-se por ser uma república onde os cidadãos (?) não têm direito à terra, logo, esta é-lhes espoliada e entregue a estrangeiros para os devidos e legais efeitos. Caracteriza-se ainda também pelos cidadãos serem reserva, gado, e como tal sujeitos a deportação para os imensos campos de concentração que ironicamente lhes chamam Tchavola, Zango, Tendas, etc.
Temos um batalhão de juristas e a justiça não funciona. Temos um batalhão de economistas e a economia não funciona. Temos um batalhão de poetas e não temos poesia, ninguém lê. Não temos um batalhão de engenheiros, o que ninguém vê, só muitos batalhões de estrangeiros passando-se por engenheiros.
A última invasão neste reino das epidemias: empresas imobiliárias que já suplantam de longe, os exércitos de doutores e poetas. É necessário partir casas e proceder a desalojamentos forçados, este estado-maior de gente precisa de trabalhar. E como o nosso partido da vanguarda imobiliária lhes abastece com os solidários e fraternos laços, a curto prazo respiraremos muito pó vulcânico.
E o mwangolé lutou na luta de libertação nacional e conseguiu a independência. Agora, independente, expropriam-lhe a terra. Destruíram-lhe o casebre, roubaram-lhe o emprego, a água, a energia eléctrica, etc, etc. E se tentar alguma reivindicação, respondem-lhe com a realidade da independência da repressão. Há dezenas de anos que está de luto.
É como dizer a um desempregado: «Vai trabalhar.» E por mais que tente arranjar emprego não o consegue, porque os estrangeiros e a casta angolana no poder surripiam tudo. Isto não está mau, nem péssimo, está horrível. O desemprego está messiânico, massificado, os assaltos também.
Quando se organizar o campeonato africano de futebol da corrupção, e o mundial de futebol da corrupção, quem será o indiscutível vencedor?
A repressão é sempre proporcional ao tempo no poder. Quanto mais tempo no poder, mais repressão se exerce sobre até quem dele desconfia ou que pensa mal dele.
Keynes tinha razão. Paul Krugman: «Cortar no gasto público quando a economia está deprimida deprime a economia ainda mais.»
Muito curioso, sim senhor! Quantos mais ganhos com o petróleo, menos água e energia eléctrica temos. O que é que está errado?
Acabei de ver o programa PATO da TPA 2 onde perguntava-se sobre o dia 4 de Fevereiro. Fiquei arrepiado!!! Quase 95% dos entrevistados não sabia dizer a razão histórica e o ano em que aconteceu. Muitos associaram ao dia dos namorados, dia da independência e do herói nacional. Afinal em patriotismo estamos mesmo mal!! Oliveira Paulo Paulo. Facebook
Reunião do CAP 35 (condomínios de Talatona) no sábado, para eleição da nova direcção. Correu tudo bem, a nova Direcção foi eleita por unanimidade (100%) dos votos... Fiquei super feliz por fazer parte da Comissão Eleitoral e ter contribuido um pouquinho para a democracia. Agora é trabalhar para cumprir com as metas do novo programa. D'jamila Cruz. Facebook
Pelo chiar da desengonçada carruagem que é Angola, podemos considerar que já iniciámos o ciclo do estado de sítio? Temos tudo racionado, mas a repressão e a corrupção correm a rodos.
Espatifar milhares de casas e abandonar mulheres e os seus filhos nas ruas ao diabo-dará, não é crime de violência doméstica?
Bwala Press.
Magia
Uma kinguila, onde o vento faz a curva, trocou cem dólares a dois moços, eles estavam com um saco de plástico. Depois deles se afastarem, ela abriu o seu saco e viu com espanto que estava vazio. Afinal os moços fizeram-lhe magia e limparam-lhe mil dólares. E o dinheiro que era para mandar para o filho que está doente nos EUA, lamentou-se.
Até o nosso funji
Chinesas no Kikolo já estão a aprender como se cozinha o funji, para depois começarem a vender. E as nossas manas vão para o desemprego?
18Fev, 10.00 horas. Mais um assalto nos sênês
Estabelecimento dos sênês (senegaleses) outra vez assaltado.
Localizado em Luanda, na ex-Avenida do Brasil, próximo à também ex-DNIC – Direcção Nacional da Investigação Criminal.
Há cerca de um mês este Bwala Press noticiou que o estabelecimento fora assaltado.
Agora, dois assaltantes armados carregaram tudo o que quiseram e saíram como entraram, nas calmas. Eles, antes, aguardaram que todos os clientes saíssem.
Duas testemunhas informaram ao Bwala Press que a coisa está a ficar muito preocupante, de receio, de muita insegurança, pois que em pleno dia acontecem muitos assaltos que provocam instabilidade quanto ao futuro. Tá-se mal, tá-se, tá-se.
A menina de cinco anos.
Há cerca de mais de um mês, três kinguilas próximo da Farmácia Medtech, Largo do Zé Pirão, Luanda, exerciam a sua actividade kinguilar, isto é: vender e comprar divisas. São cerca de vinte e três horas. Está tudo calmo, só se ouvindo de vez em quando os habituais drogados das motas de escape livre que agora imitam disparos de canhão, propiciando o ambiente tumultuoso que se aproxima, e que a polícia (des) controla. Na verdade estes marginais do troar nocturno andam à vontade porque são filhos de um ou de outro senhor da nomenclatura novos-ricos.
Dizia, que a calmaria abundava nos espíritos e que a noite cumpliciava devidamente, até que repentinamente uma menina para aí com cinco anos surge como do nada. O trio de kinguilas espanta-se, olha para a menina que não pára, atravessa a rua para a outra margem, segue até ao largo da ex-Avenida do Brasil com a Alameda Manuel Van-dúnem, atravessa-o nas calmas e segue, segue até antes de o seu vulto desaparecer, e lhes acene com as mãozinhas a dizer-lhes adeus. Uma das kinguilas explica que a menina é uma feiticeira. Então, as kinguilas aterrorizam-se e bazam a mais de cem à hora para as suas casas.
Nos dias seguintes até à data estão muito atentas. Se lhes aparece outra vez a menina, ou outra qualquer, elas vão correr, bater recordes nacionais de atletismo até hoje nunca alcançados.
A moça muito bonita
O jovem pára o seu popó, chama uma kinguila e troca-lhe uma nota de cem dólares por kwanzas. Arruma os kwanzas no bolso, na carteira não dá porque facilita a vida dos excomungados do petróleo, e prepara-se para zarpar e conquistar as mboas da noite, e com elas ir até ao fim do mundo. Mas, ao olhar para a árvore próxima vê encostada uma jovem muito bonita. Acelera o popó, dá a volta ao quarteirão, regressa ao ponto de partida e a jovem continua encostada na árvore. Repete o trajecto mais duas vezes e a moça muito bonita continua sozinha encostada na árvore. Então o jovem decide-se, gala-a, ela aceita sem pestanejar e partem unidos para as aventuras noturnas do amor.
Engalfinharam-se, entrelaçaram-se e exaustos depois da luta sexual adormeceram entregues ao abandono da lascívia, dos desejos sexuais satisfeitos, anti-depressivos.
No outro dia as kinguilas perguntaram-lhe como é que foi com a moça muito bonita. E ele abriu muito os olhos de espanto, aterrorizados, e com uma voz que dir-se-ia não é deste mundo, consegue balbuciar: «Eu, de manhã, quando acordei, ao meu lado… estava… um… ESQUELETO!»
Bruto assalto
Ontem, 18Fev, de dia ou de noite este BP não conseguiu saber, oito excomungados do petróleo armados, na auto-estrada que conduz ao Estádio Nacional 11 de Novembro, quatro assaltantes limparam a receita das bombas de combustíveis, enquanto os outros quatro limpavam o supermercado próximo. E os seguranças? Levaram surra.
A cantina
Algures num dos bairros de Luanda. O “sênê”, senegalês, atendia normalmente a sua clientela. Até que as coisas começaram a correr-lhe mal porque os assaltantes assediavam o seu estabelecimento e passaram a assaltá-lo no período nocturno. Então, o “senê”, quando anoitecia colocava gradeamento e atendia assim os seus clientes protegido pelas barras de ferro. Mas os assaltantes não gostaram da ideia. Então decidiram-se a por termo à segurança gradeada. Chegaram, arrombaram o gradeamento e pegaram fogo no estabelecimento.
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