quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

WILLIAM TONET, O ADVOGADO QUE DESAFIA AS CONTAS DO PETRÓLEO




Esta universidade do petróleo só forma novos-ricos bajuladores, disforma escravos e advogados batizados no rio do petróleo, de margens extremamente violentas, do tipo cartoon homem-bomba que exige aulas práticas.
As eleições foram livres, justas e transparentes como as contas do petróleo.
E sem corrupção, que seria desta nação?
Quem não tem luz nem água levante o dedo.
E quando me tocam na família, viro bicho-do-mato. Beto Gourgel (1940-2006)
Estrangeiro! Bem-vindo à fazenda dos escravos de Luanda, onde os leilões de escravos são diários E podes comprar o teu, ou a tua escrava. Os preços? Uma pechincha.
Você sabia que: A EDEL alterou a sua denominação social para ESEL – Empresa Sem Electricidade de Luanda?
Se ao poder queres ávido/chegar, muito dinheiro terás que /lavar.
Onde há muitas fraudes, há sempre uma nação muito bem organizada.
Parafraseando Augusto Gil (1873-1929). Batem pesado, pesadamente/ como as milícias chamam por mim/ a democracia não é certamente/ só as barras de ferro batem assim.
Luanda é um poço de petróleo onde o Minoritário lhe extrai das suas entranhas milhões, biliões de dólares até à sua completa exaustão. Depois, quando o petróleo secar, de Luanda nada restará, a não ser o deserto, mais cidades fantasmas que já se vislumbram.
Enquanto essa epidemia política estiver empoleirada no Poder, de nós apenas restarão carcaças.
Já não restam dúvidas de que Luanda, os seus arredores e o mundo caíram nas mãos de super idiotas?
Libertem as ruas do reino de Luanda, varram-lhes o lixo, as mulheres que nelas labutam para que os seus filhos não morram à fome, porque o rei, a rainha, príncipes, princesas e restante séquito de sanguessugas do palácio real, nas ruas circulem para que não sujem o exterior dos seus corpos, as suas indumentárias, porque tudo cheira à podridão da corrupção, sangue canceroso. Sim, deve-se esconder a miséria porque os estrangeiros não gostam de ver mwangolés a venderem nas ruas, porque podem ficar infectados com muitas doenças, em especial a doença do desemprego e dos salários medievais que ainda por cima só se pagam de vez em quando.
E depois da contumaz falta de água e da energia eléctrica, para esta a desculpa a seguir para os apagões será: devido ao calor, somos forçados a fazer cortes porque a rede não suporta tanto consumo. Porra! Só as torres construídas e em construção esgotam a barragem de Kapanda. E ainda vão criar mais planos directores para os bairros sem energia eléctrica e água? Há pessoas que nasceram mesmo ou são uma fraude?
A instauração da lei da selva é o enunciado primordial do Estado leninista. E onde há leninismo, há a utopia do homem novo, a destruição, o pó da sociedade que o vento poluído arrasta.
Depois, o Minoritário premeia jornalistas que nada disso têm, nem nada parecido, e passado pouco tempo esses etéreos jornalistas retribuem com a mais alta distinção, premiando o Minoritário pelos feitos em prol da paz e da democracia. Na realidade trata-se de premiar a corrupção como a coisa mais natural deste mundo, isto é, desta cidade.
E os prelados da fé cristã que tanto rezaram a Deus que concedesse a fraude eleitoral, não têm direito aos carros jaguares? Mas que injustiça. Olhem lá se não vem aí mais um castigo divino. Não se esqueçam que o grande terramoto de 1775 que “calamitou” Lisboa, foi obra da vingança e Graça do Nosso Senhor Todo Poderoso.
E com a expulsão das zungueiras das ruas de Luanda, cujo único crime é o serem angolanas, uma nova etapa se adentra sobre Luanda: os corruptos cantam vitória antes do tempo pelo assalto à cidade, enquanto se vitoria a revolta crescente da população e o aumento exponencial do crime, que depois nas causas e origens a Polícia é a culpada de tudo, quando na realidade os corruptos são sistematicamente inculpados.
Vítimas da espoliação dos terrenos, da luz, da água, dos empregos, até chinesas andam na zunga, de venderem os seus pobres haveres, agora sob a alegação que já foram construídos mercados para tal desiderato, a sempre mesma escusa das deportações. Isto decretado pelo tribunal revolucionário do poder popular do Minoritário, é na Balança corrupta da Justiça mais um pérfido crime principesco da realeza palaciana. E os prelados das igrejas activam as mãos ao nosso Altíssimo pela miséria concedida: o aumento populacional no reino da miséria, tão eficaz no engrossar do rebanho de Deus. Pois onde há muita miséria, Deus acolhe-a com imensa alegria, pois o reino do Céu está sempre de portas abertas para a também divina Cidade-Fantasma da Miséria.
A instauração da democracia sempre se pautou pela beleza das manifestações de rua. Na República de Luanda isso não acontece, ninguém sabe porquê. Será que estamos em presença de uma democracia-mistério? De outra democracia para estrangeiro ver?
Vai ser porreiro vai. Ver a elite política do petróleo e os estrangeiros a viver no luxo ostensivo, e os milhões de mwangolés de tão abandonados que até se confundem com os ratos. É um bom exemplo para a distribuição de renda?
Depois de infestar a província da Huíla, actualmente, Saco dos Arcanjos, infesta outra, a província do Namibe. Segundo o jornal, O País, dá cem dias aos directores para provarem a sua capacidade, quando a bem da verdade, Saco dos Arcanjos, em mais de cem dias na Huíla demonstrou a sua incompetência. Porque é que, Saco dos Arcanjos, não dá cem dias aos corruptos do seu partido para reporem os desvios do erário público e depois escorraçá-los para as prisões?
Há apenas três coisas que nos empecilham e impedem a nossa felicidade e liberdade.
A actual democracia, os bancos e a hipocrisia da fraude da religião das igrejas.
Eu tenho fé, Deus e Jesus Cristo é que não têm fé em mim?
Vamos lá a ver uma coisa: não sou eu que me afasto de Deus e de Jesus Cristo, pelo contrário, quero-os muito, mas não sei porquê, eles fogem-me.
Manos e manas! Muito cuidado! A BPR – Brigada da Polícia Religiosa está no terreno, de porta em porta. E como Deus já não nos protege não sei como será.
Na Rádio Ecclesia, no dia 30 de Agosto, ouvi, José Oliveira, especialista de energia (?), qual delas? de todas?, do CEIC – Centro de Estudos e Investigação da Universidade Católica de Angola, que deviam subir os preços dos consumos da energia eléctrica. Caríssimo senhor, se não temos energia eléctrica como é que se podem incrementar taxas? Valha-nos Deus. Creio que o douto, do qual tenho grande estima e admiração, Doutor, Alves da Rocha, não apreciará a dissertação do especialista. Não sabe que o salário mínimo nacional é de cem dólares? Faz-me lembrar um outro especialista português que nos elucidava sobre impostos e que, grande descoberta, que as zungueiras deviam ser taxadas e que assim o Estado arrecadaria vastos impostos. O que nos vale é que este circo está permanentemente abastecido de bons palhaços. O nosso especialista da energia acrescentou, que quem mora no asfalto não têm dificuldades de renda para pagar os consumos. Suspeito que José Oliveira não é angolano, está ultrapassado, é mais um português que nos vende a sua banha da cobra? Meu caro: vivemos numa economia de corrupção e enquanto assim acontecer, qualquer medida que se tome não tem efeito. Primeiro, acabar com a corrupção e com os corruptos, depois, então sim, os modelos económicos funcionarão.
Há dias, o mal-afamado da demolição de Luanda, dos angolanos e de Angola sem contas no petróleo, José Ribeiro, do Jornal do Povo, órgão oficial do MPLA – Movimento dos Partidários do Leninismo de Angola, quando violentava os EUA de que não tinham nada que se ingerir nos assuntos internos da fraude eleitoral, esqueceu-se de um importante pormenor: é que entre o destacado leninismo dele, e deles, a democracia americana é muito, extremamente valiosa. É claro que quando se arrependerem será demasiado tarde.
Depois das brutas chuvadas, a albufeira da barragem de Kapanda já estará operacional. Mas como num regime leninista a anarquia é o modo de viver, acontece que a água da albufeira está a ser desviada para revenda em camiões-cisternas. À falta de melhor explicação para o fenómeno, só pode, né?!
Imagem: autor desconhecido

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