A
pior coisa que pode suceder a um homem é ficar com todos os poderes em si e
para si.
Um
poder de ilegalidades costuma desabar em cima do seu mentor.
Um
poder de generais é como a religião, está cheio de imagens.
Devemos
seguir os exemplos dos homens honestos e íntegros, mas os desonestos e
corruptos batem-nos à porta.
O
poder nunca deve estar concentrado em apenas um homem, porque ele manda matar
quem quiser e lhe apetecer.
A
força dos homens está nas palavras e não nas armas.
Jamais
se deixem arrastar pela religião porque – tal como a ditadura - perderão a
liberdade de expressão.
O
homem que chama a si todo o poder, não está bom da cabeça, porque um homem são
nunca o fará.
Pelo
olhar das ruas de um país se conhece a sua miséria.
Quando
os corruptos tomam o poder é porque não existem intelectos para os deter.
As
armas, o poder e a corrupção são os campeões da destruição.
Quando
os padres vos acenarem para o paraíso do céu, os vossos bolsos ficarão vazios.
Há
muitos democratas que se escondem quando um ditador ataca a democracia.
PRIMEIRO
LIVRO DA TEMPESTADE
No
princípio, criou Tempestade o petróleo
E
a espoliação de Angola
E
disse Tempestade: Haja petróleo
E
houve petróleo
E
disse Tempestade: Haja espoliação
E
houve espoliação
E
viu Tempestade que era bom o petróleo
E
separou-o do povo
E
encheu-se de cofres e contas pessoais
E
viu Tempestade que era boa a espoliação
E
espadeirou o povo
E
fez Tempestade a corrupção
E
separou-a, camuflou-a
De
democracia
Para
que se legalizasse
A
monumental razia
E
Angola encheu-se de corruptos
E
Tempestade os abençoou
E
Tempestade deu por acabada
A
sua obra
Que
nunca iniciou
E
Tempestade viu
Que
não era bom o homem estar só
Faltava
a prostituição
De
avião
E
Tempestade enviou emissário especial
Às
terras das mulheres despidas
E
contratou-as para que concubinassem
Na
corte dos paços reais
Pagas
a peso de ouro
Das
suas petrolíferas e diamantíferas
Minas
gerais
E
plantou Tempestade
O
jardim do Éden da prostituição
E
houve muita aceitação
E
muito avião
Eis
o dinheiro do petróleo
Gasto
em vão
Na
prostituição
E
Tempestade ordenou aos estrangeiros
A
invasão da terra mwangolé, que exultaram
E
viu que isso era bom
E
os estrangeiros tudo rapinaram
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