quarta-feira, 10 de setembro de 2014

No país da miséria prometida





As crianças escravas dos chineses
O orgulho da nossa independência
E defendiam eles os camponeses
Há 40 anos com a mesma gerência

A mão-de-obra escrava é salutar
Para os chineses é de encantar
Somos todos para escravizar
A nossa riqueza humana a pilhar

Com um hino e uma bandeira
Nada resta nada há a esperar
Neste Estado de brincadeira
Nada mais resta para espoliar

No país da miséria prometida
O povo está proibido de viver
A nossa liberdade está retida
Já nem nos deixam sobreviver

No país da miséria prometida
A nossa riqueza é-nos negada
Só para estrangeiros concebida
Esta democracia está esmagada

Nas obras chinesas há liberdade
Há a democracia da escravidão
E trabalho apenas por caridade
E batemos palmas de gratidão

Em Angola vive-se muito bem
Dizem milhares de estrangeiros
Não se sabe mais o que aí vem
Mais milhares de bandoleiros

Esta terra está amaldiçoada
A rádio de Deus foi de abalada
A Ecclesia é pertença da cambada
Já foi pelo petróleo confiscada

É maravilhoso viver na corrupção
Que o diga a nossa santa religião
E os animadores da oposição
E as crianças o futuro da Nação

Onde só alguns obtêm riqueza
São milhões na extrema pobreza
O que resta desta nossa tristeza
Não dá mais viver na incerteza

O nosso sonho não esquecemos
Pesa-nos dos nossos libertadores
Dos nossos corpos tão enfermos
Do petróleo dos nossos senhores









Sem comentários:

Enviar um comentário