Governar
com matança, eis o poder da abastança
O
banco millennium massacra, faz matança
Do
massacre da Caala faz festança
Foi-lhe
atribuída de bandeja como herança
Esta
quadrilha bancária na morte dança
Neste
morticínio eleitoral se sentia
O
ambiente do saque noite e dia
As
vozes das igrejas cantam a hipocrisia
E
a estrangeirada toda se alia
As
ondas do mar trazem a nostalgia
A
escala de valores morais desapareceu
O
petróleo se desvaneceu
A
nação… Nação?! Morreu
Tem
um palácio, mas tudo desapareceu
A
democracia, tudo, também se vendeu
A
transição para a democracia
Já
há quarenta anos se fingia
Mas
o contrário sempre se dizia
Que
tudo muito bem ia
E
que a paz muito bem decorria
Vive-se
em estado de guerra premente
Sempre
a abrir uma nova frente
Mas
ninguém segura o povo descontente
“As
catanas vão trabalhar” a revolta é latente
Basta
olhar para a cara da gente
No
período eleitoral vem outra palhaçada
O
vazio de coisa perdida, desconjuntada
De
há muito indecentemente desorganizada
A
Nação viverá muito tumultuada
E
a lei marxista-leninista será revogada
O
tempo é de confrontação
Partiram-se
os alicerces da Constituição
Vivia
em permanente violação
Porque
não era permitida manifestação
O
pedestal do poder obrigava à desunião
Ficam
deputados fantasmas no parlamento
Porque
o poder os silencia
Desta
epidemia nasce o desalento
Cá
fora resta-nos o vento que assobia
A
hipocrisia da política e da religião
São
a desgraça da nossa destruição
A
política faz com o clero união
E
a religião dá-lhe a extrema-unção
Quem
é que ainda acredita neste poder
Pois
se à distância se sente o seu feder
As
suas entranhas estão a apodrecer
Pouco
falta para anunciar o seu falecer
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