E os aventureiros das guerras vão
deixando, cadáveres pelos campos semeando. É isto que agora se chama
agricultura.
Segundo a Rádio Despertar, nos mercados
informais o balde de tomate que antes custava mil kwanzas, agora está a dois
mil e quinhentos kwanzas. A batata rena, a cebola e a batata-doce seguem a mesma
desgraça. Fala-se de protestos de rua.
Um sindicalista da CGSila disse na Rádio
Despertar que era melhor que fizessem marcha atrás com a nova Lei Geral do
Trabalho, porque antes de ela sair já começaram os despedimentos à toa,
(decerto para serem ocupados por estrangeiros). E que esta LGT vai dar muitos
problemas, muita desestabilização. Há várias empresas onde já se preparam
movimentos grevistas. Esperam-se também manifestações de rua.
Aqui não se resolvem problemas, cria-se
um abismo de problemas. Está tudo descontrolado e quando isso acontece… a
cidade foi tomada de assalto. Os bandidos, milhares de jovens desempregados
fazem assaltos mortais de noite e de dia. A cidade está em seu poder, a arder.
A África dos ditadores é como um
violento terramoto sempre em actividade.
Esta cidade está lotada de comandantes
de campos de concentração.
Afinal este movimento de libertação não
nos liberta, oprime-nos, chacina-nos.
O ambiente em Luanda é de pavor, de
morte.
Já não se consegue vender qualquer coisa
para sobreviver porque tudo está tão caro devido à miséria organizada do PT.
Os bandidos não são só os que andam nas
ruas e por aí nos assaltos. Nas empresas também têm muitos bandidos e estão
impunes, protegidos pela lei.
Exército de desempregados de empregos
espoliados por estrangeiros é exército de assaltantes.
Ao lado de cada estrangeiro uma angolana
para lhe vender o seu corpo. Como a actual Lei Geral do Trabalho que nota-se
clandestinamente parece ser de inspiração chinesa.
Os chineses saqueiam-nos e depois
exportam-nos lixo, criando mais miséria e avivando a corrupção.
Na política já se funciona como nas
mudanças climáticas. Agora a má governação recebe o prémio de boa governação. Depois
do Dubai oferecer o prémio da boa governação ao nosso querido Líder,
seguir-se-ão os libertadores das forças oprimidas do mundo, a Coreia do Norte, a
China, Portugal e o Brasil não faltarão a tão merecido galardão da má
governação.
No dia 13 de Abril a Rádio Despertar
noticiou que a Universidade Metodista em Luanda está encerrada desde a
madrugada desse dia. Alunos e corpo docente não podem entrar. Está guardada por
seguranças de farda preta.
E de noite muitos fazem magia e
conseguem importar as coisas para vender a voar e aqui chegarem e depois vão
vendê-las nas praças.
Um mwangolé comprou um fio de ouro.
Assim que o colocou no pescoço, ele enterrou-se-lhe no corpo.
Um cliente roubou cem kwanzas a um
senegalês. Ele disse que não se preocupassem muito com isso, que depois veriam
o que aconteceria. Passaram alguns dias e a mão, o braço e o pescoço do cliente
enfiaram-se para dentro do corpo.
Quando a energia eléctrica falha, que
quase não existe, o fumo dos geradores faz de Luanda a prisão da morte. Na ânsia
de facturarem, os aventureiros e criminosos locais e internacionais não querem
saber se as suas famílias sobrevivem ou não, – as outras famílias são para chacinar
– sem dó nem piedade entregam os seus filhos crianças à morte para transferirem
o saque de Angola para os seus países.
Contra milhões de desempregados ninguém
combate. Milhões de esfomeados, ei-los na sua máxima força terrorista.
Compraram-me uns chinelos desses do
facilita, depois de os usar notei que a planta dos pés estava avermelhada. Assustado,
logo pensei que uma doença me atacou. Mas com atenção analisei os chinelos e lá
estava o made in China. A tinta dos chinelos desfazia-se nos meus pés. Os
chineses estão cada vez pior, não fazem nada que se aproveite, vivem da
propaganda como nos bons tempos soviéticos.
Eis a última profissão inventada pelos
portugueses para sacarem dinheiro: gestor de frio.
Brevemente em Angola por decreto
presidencial decretar-se-á o dia da privatização dos angolanos.
Faz o árbitro e jogador o registo
eleitoral da violência do pavor.
Um segurança conseguiu um diamante e ao
olhar para ele vê a cruz de Cristo a partir-se e a cair em cima de Deus. Outro
vê muita água. São os efeitos da bebida do uísque dos saquinhos de plástico.
A meio da manhã a escolta dos guardas prisionais
exige que todos os carros saiam do seu caminho, mas não dá porque o trânsito
está doentiamente engarrafado. Então, há que apelar a todos os meios para
resolver a contenda, e vai daí: «Tira daí o carro filho da puta!»
Dois portugueses quase todos os dias
ligam e desligam três gigantescos geradores - que quando arrancam parece que
tudo vai desabar, sim, isto é tudo para queimar - do hotel na rua Rei Katyavala
que dizem é da mana Isabel, para justificarem o saque dos empregos e das
transferências milionárias para Portugal.
O banco millennium na rua rei Katyavala
segue o exemplo da mortandade da agora república das chacinas. Há pouco mais de
dois meses que expele fumo mortal do seu gerador que já quase matou uma criança
de dois anos vítima de pneumonia do seu fumo da morte. É a política do todos
matamos porque ninguém ousa nos matar. É por isto que estas coisas originam a
violência imparável. Quem pela violência mata também pela violência será morto.
E o trabalho escravo dos chineses que
obrigam os jovens mwangolés a trabalhar antes das sete horas da manhã, sábados,
domingos e feriados. É trabalho forçado, como se estivessem presos num campo de
concentração, como se os nazis nos governassem. E não é isso que a nova Lei
Geral do Trabalho nos contempla?
Antes, de vez em quando ficávamos sem
energia eléctrica de noite e de dia, agora tornou-se uma constante. Vivemos sob
uma nuvem de fumo proveniente dos geradores, um extermínio massivo.
Ao que chegámos! Por incrível que
pareça, os “governos” democraticamente eleitos são os garantes da instabilidade
política, económica e social. É que os ardilosos conseguiram o disfarce da
frágil capa negra da democracia.
E em Angola constrói-se um dos maiores
aeroportos do mundo, num país com a maior miséria do mundo.
E também as ideologias destroem as
nossas vidas.
Os ditadores, todos os dias das suas
vidas são de sangue, e os dias do seu fim também.
O dia-a-dia de Luanda é… é os dias das
execuções sumárias da bandidagem. E ainda há quem lhe chame democracia.
Falei com uma jovem mãe de vinte e um
anos de idade, com um filho bebé de vinte e um meses que ela amamenta enquanto
fuma. Ela sabe que não deve amamentar assim o bebé. Ela confirmou que sabe
disso, que ao fumar a nicotina passa para o leite. Mas mesmo assim continua a dar
de mamar ao bebé. O que é que esta mãe merece?
Os lordes do petróleo são exímios seca
torneiras, apagadores de lâmpadas, e os melhores corta empregos do mundo. Neles
a corrupção é consanguínea.
A melhor política é não perder tempo com
políticos.
Há palavras que ferem como as mordidelas
de cães raivosos.
Muito se fala da paz. Que paz! O povo
angolano é desempregado. Isto é paz? Não! É guerra social!
E o que está errado, por mais esforços
que se façam, nada bate certo. Persistir no erro sistemático é o anunciar da
desgraça de um país. E quem sabe disso? Ninguém!
Sobretudo, seja um indivíduo culto,
esforce-se, pois sem isso o futuro é-lhe muito incerto, leia o Jornal de
Angola.
Sem comentários:
Enviar um comentário