Introdução
Apenas existem duas espécies
de homens, os ditadores e os democratas.
Começo com este texto da Avaaz
que me deixou aterrorizado pelo silêncio do deixa andar. “O Mediterrâneo e mar
de Andamão estão se tornando cemitérios. Mianmar está expulsando o povo da
etnia Rohingya e, com isso, milhares de famílias estão à deriva no mar,
impotentes, forçadas a beber sua própria urina porque haviam sido
rejeitadas pela Malásia, Tailândia e Indonésia. Todas as semanas, cidadãos
sírios e africanos também correm o perigo de morrer afogados na costa sul da
Europa ao arriscar a travessia assustadora, tida como a última esperança de
escapar de tortura, fome e traficantes. Estamos enfrentando a maior crise de
refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, mas até agora os governos estão
permitindo que pessoas morram em meio a um clima crescente de xenofobia. Agora
que a crise chegou, nossa comunidade tem uma oportunidade única de trocar a
cultura do medo por uma onda de compaixão. Se cada um de nós fizer uma pequena
doação agora, vamos ajudar a financiar operações de resgate no mar; criar uma
equipe com foco em refugiados na Avaaz para apoiar essas missões e
reassentamento; fazer pressão para forçar líderes políticos a abrir as
fronteiras; e lançar anúncios para combater o racismo.”
Tudo é permitido, desde o
assassinato de jornalistas, de crianças… de destruição em massa, da decapitação
mundial perante o receio das democracias ocidentais que se escudam na
fragilidade das suas fortalezas, perante a ameaça do derrube dos seus torreões
porque ao titubearem sem saberem o que fazer, ver-se-ão envolvidas num conflito
de vastas proporções. Por incrível que pareça as democracias ocidentais apoiam
abertamente as ditaduras mundiais, especialmente na África onde os ditadores
eliminam a seu bel-prazer populações sob o olhar complacente dos famosos líderes
democráticos. As populações africanas são tratadas como componentes de uma
lixeira, nunca se escutando uma palavra de condenação dos poderosos dirigentes
ocidentais que fabricam em larga escala multidões de terroristas. A hipocrisia
política comanda as operações da diplomacia, como aquela dos acordos de
cooperação mutuamente vantajosos.
E a Avaaz termina pedindo
doações para apoiar a desgraça dos governos democráticos que parece escolheram
o caminho da sua extinção.
“Juntos, podemos ajudar no resgate de refugiados, como também no resgate de nossa humanidade comum.”
“Juntos, podemos ajudar no resgate de refugiados, como também no resgate de nossa humanidade comum.”
Querem-nos impor que
dependendo em absoluto de ditadores as nossas vidas e o nosso futuro serão radiosos,
e quem ousar se manifestar de imediato será para aniquilar.
Estamos outra vez no mundo
de Hitler que nos ameaça com todos os meios para nos subjugar e nos impor a
guerra de destruição massiva. Ó EUROPA, DESPERTA!
Não há regras, a não ser o
jogo lúdico do matar impunemente. A barbárie avança invencível mostrando que se
perdeu a noção do que é ser humano.
Até as famílias estão a
desaparecer.
O comportamento das igrejas
é como os partidos políticos que fazem promessas que nunca cumprem, como o
regresso de Jesus Cristo para nos salvar… não sei do quê, só se for da sua
egrégia ditadura.
As pessoas, familiares
queridos, amigos e conhecidos, vivem, passam por nós, a maioria morre a grande
velocidade e poucos restam vivos. É esta outra lei contrária à vida que nos
conduz à solidão e que ninguém quer assumir pois a nostalgia daí resultante rói
os nossos corpos, as nossas almas.
Meu Deus! Parece que a
última réstia de amor desabou em cima de nós. Sem amor nada das nossas vidas
terá esplendor, restar-nos-á o sobreviver da selva animalesca, a dor. Creio que
vivemos na esperança do além.
Mais um alarme vem de
Justino Pinto de Andrade numa conferência de imprensa em Benguela: “Angola está
a ser conduzida para um beco sem saída, estamos no colapso económico.” Um pequeno
bando de pessoas destroçou Angola, e creio que os culpados disso são os angolanos,
pois permitiram que tal acontecesse.
Enquanto há vida há
esperança, sussurram das suas tumbas milhares, não, milhões de mortos que nisso
acreditaram. E os vivos continuam a levar essa esperança para debaixo da terra.
Mais uma coisa que a Igreja inventou para subjugar os pobres coitados e
abandonados crentes além-túmulo.
Neste momento recebo a
notícia de que uma feiticeira vinda do Uíje caiu com a sua vassoura algures num
bairro de Luanda por falta de combustível. A testemunha que relatou este
acontecimento disse que no local estava muita gente e que a feiticeira estava nua,
deitada no chão. Ela viajava em negócio para o estrangeiro para carregar
mercadorias.
Outro caso foi o de uma
albina que faleceu e o seu corpo foi depositado na morgue, que misteriosamente desapareceu
sem que ninguém saiba explicar, o mistério decifrar.
O mundo não está em guerra,
mas pelas terríveis situações de refugiados e abusos do poder, parece a terceira
guerra mundial.
O trabalhador sem trabalho e
o que o consegue tem um salário de miséria, de escravo.
Os genocídios tornaram-se
tão vulgares como os campos de concentração nazis da Segunda Guerra Mundial.
Neste mundo apenas há lugar
para os ricos, os pobres são para esmagar como as moscas. O mais estúpido dos
ditadores é tentar parar manifestações de famintos com extrema violência. No
seu desespero esquecessem-se que é assim que se inicia o seu fim.
Os chineses já se apoderaram
das fábricas de tijolos, da venda de água, do gelo, dos cigarros e em Viana já
têm uma casa de prostitutas. Não me surpreende nada que eles também já
controlem o Governo, e isso nota-se nas semelhanças do partido comunista chinês
com a actuação das autoridades angolanas.
Os portugueses estão no
saque desordenado, e o mais curioso é que estando Angola no colapso económico,
muitos continuam aqui a chegar, não se sabendo o que vêm aqui fazer, só se for
para apanharem algumas migalhas. A expressão mais utilizada por eles é: «Como é
que se consegue enviar dinheiro pata Portugal?»
Mas os chineses reinam como
donos absolutos de Angola, pois até já lhes dá para utilizarem mão-de-obra
infantil, crianças escravas numa impunidade de arrepiar. É demasiado evidente o
desprezo pelo semelhante praticado por eles. Um exemplo: quando numa obra, não
querem saber se a vizinhança morre ou não, desviam tudo para o outro lado, e
quando chove é uma desgraça, pois resolveram o problema da obra atirando com
todos os problemas para os vizinhos, e ninguém pode protestar porque por trás
deles está sempre a Casa Militar da Presidência da República. Vi numa obra, com
um sol terrível, daquele de queimar, de desmaiar, de matar, jovens angolanos a trabalharem,
enquanto os chineses estavam na sombra. Colocam-se como capatazes de escravos a
vigiarem a mão-de-obra escrava, substituindo a anterior colonização.
A lei existente é a da arma
e a da chacina.
Restam apenas dois órgãos de
informação livres, a Rádio Despertar e o Charlie Hebdo angolano, o jornal Folha8.
A Lei Eleitoral foi alterada
de modo a que um único candidato vença as eleições. Isto é a tragédia
anunciada, instalada. A perseguição aos opositores políticos é constante,
intolerantemente doentia. Um segurança disse que à noite nos bairros os mortos
são demais, a bandidagem constituída por jovens vítimas do desemprego vive dos
assaltos, mas presentemente assaltam e matam.
A Rádio Despertar denunciou
que na província do Namibe, trabalhadores estrangeiros não especializados
roubam os empregos. De facto quem só sabe criar problemas conduz Angola para um
beco sem saída.
Tal como os outros regimes
idênticos também este cava a sua sepultura. Pelas suas características
geográficas Angola não será outra Síria ou Egipto, creio que será outro Congo.
Presentemente os fiscais do
Governo da Província de Luanda atacam, isto é, saqueiam ferozmente os bens de
venda das desgraçadas e desgraçados que ousam vender seja o que for nas ruas,
nem as cadeiras escapam. Decerto a crise também afectou os salários dos fiscais
que para sobreviverem saqueiam os bens da população.
E neste ambiente se formou, vive
e reina o Rei do Petróleo.
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