O
inferno que estão a criar
É
as chamas que os vão devorar
Como
é que se pode governar
Sempre
os mesmos no mesmo lugar
Os
da dupla nacionalidade
Multiplicam-se no saque
Angola é a sua venalidade
Passeiam-se com o seu fraque
A
energia eléctrica está a retalhos
E
a água continua uma miragem
2016
ano da exacerbação dos talhos
E
das chacinas que são a sua imagem
Angola
está governada pelo CAOS*
Assim
como há seitas religiosas dos maus
Também
há seitas políticas com varapaus
Dos
iluminados discursos dos ases do caos
O
cume do reino da loucura atingimos
A
intolerância política, tudo é intolerável
Há
quarenta anos que a isso assistimos
O
que será mais que isto deplorável?
Ó
diabo! O chinês também quer assassinar
O
José Patrocínio da Omunga eliminar
O
chinês num camião a mota do José parar
Queria
ele a mota do José esmagar
Os
presos políticos estão inocentes
E
os corruptos estão culpados
Eles
não pensam com as mentes
Pensam
com as armas, tresloucados
A
propaganda política é o eldorado
E
a da Igreja é o seu secretariado
Num
campo de minas semeado
Há
quarenta anos bem comemorado
Os
presos políticos recebem a bênção
Da
Igreja da morte e da sua maldição
O
que é necessário é lançar a confusão
E
os inocentes atirar para a prisão
A
Igreja e as igrejas vivem da corrupção
E
disso fazem o seu ganha-pão
Sacerdote
é como o político aldrabão
Porque
a ocasião faz sempre o ladrão
Onde
a corrupção está institucionalizada
Nos
presos políticos a Igreja está vendada
Ao
poder dos petrodólares subjugada
Esta
Igreja também está de abalada
*CAOS,
Corruptos angolanos organizados
em
sociedades
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