África
o continente dos escravos
Kwanza
a moeda dos escravos
A
fome alimenta os escravos
Não
há futuro sem escravos
Ludibriar
os escravos com o carnaval
Não
tem maka, não tem nada de mal
É
assim neste paraíso da África Austral
Nesta
nação que está um lodaçal
Ah!
Até da fome fazem carnaval
E
da miséria um ritual
E
dizem que nada está mal
Até
a invasão do lixo é normal
Os
famintos surgem como numa aparição
São
exércitos da fome da rebelião
Dos
desempregados sem um tostão
Quando
acaba esta escravidão?
De
país mais rico ao mais miserável
Eis
a escrava condição
Do
passar ao país mais instável
Da
perda de identidade de nação
Matar
o povo à fome é libertar
Não
há garantias de como o salvar
Quarenta
anos nada há a esperar
Dos
que nunca souberam governar
Da
agricultura e dos seus planos
Nada
se fez em quarenta anos
Restam
os farrapos, os panos
E
as quinquilharias dos ciganos
Todos
os dias os preços sobem sem parar
Vendem-nos
a fome que podemos pagar
Assim
a população matar
Sem
levantar um dedo para a salvar
Perdemos
a esperança em dias melhores
São
muitos erros isso não é humano errar
Dos
vitoriosos dos piores entre os piores
Do
petróleo que serve para nos trapacear
E
na fome vamos esperar sentados
Já
não dá para acreditar mais
Terríveis
dias esperam os supliciados
Desta
podre nação e dos seus vendavais
Os
próximos dias são de grande incerteza
Pois
estamos abandonados à nossa sorte
Mas
já adquirimos a certeza
De
nos defendermos da imposição da morte
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