Já consegui a tripla nacionalidade. Sou
angolano, português e chinês. Estou a tentar a quádrupla nacionalidade como
cidadão brasileiro.
A histeria política dos discursos do, não é?!
Aprendizes e aprendizas de política que muito usam a histeria política como
discurso e que usam o, não é?, milhentas vezes até que ficam insuportáveis, mas
não notam, claro. Falam por aí nos órgãos de informação que parece não têm mais
ninguém, assim: pois, não é?, a nossa sociedade, não é?, está doente, não é?,
não sei, não é?, que será do, não é, do nosso futuro, não é?.»
Creio que um aborto seria melhor. De uma vizinha:
«A minha tia está muito mal, foi parar no hospital porque o filho bate-lhe
todos os dias.»
Muito movimento de viaturas com as sirenes
ligadas. Mas isto é anormal, - confesso que não sei o que existe por aqui de
normal, se alguém souber que me diga por favor – pensei. Bom, é claro que
estamos na república das sirenes. Mas agora é demais. Sirenes por todos os
lados, isto é, por todas as ruas. Não foi necessário meditar profundamente para
descobrir que esse ambiente “sirenaico” deve-se ao recém-criado comité de
especialidade das sirenes, que tem como função principal, a desordenada
correria para resolver o caos económico sem solução.
Segundo a Rádio Despertar, o tribunal de menores
do Huambo julgou e condenou crianças de seis anos por tomaram banho numa lagoa.
Foram condenadas ao pagamento de noventa e cinco mil kwanzas.
Há dois mil e tal anos que o demónio disfarçado
de deus governa a Terra.
Há poucos predestinados para viverem na miséria
e na fome. Muito gratos a deus por isso assim permanecem em tal aberração. O
povo angolano é um desses povos que vive nessa imensa felicidade, no desejo, da
espera que o senhor chegue e os salve. O problema da África é que os seus
líderes são eleitos por deus, e está tudo dito.
Pergunta: depois do desaire da nossa selecção nacional
de futebol no campeonato africano das nações, os jogadores serão presos sob a
acusação de actos preparatórios de golpe de estado?
Angola onde por todo o lado se ouve dizer: «O
MPLA TEM QUE SAIR DAÍ!»
Incrível! Governo e oposição deixam Angola
mergulhar no caos político, económico e social, e por isso Angola é pasto da
fome. Angola definitivamente desabou e ninguém a salvou, todos apostaram em a
afogar e ninguém sabe nadar. Nem uma tábua de salvação se criou, para o lixo
tudo se atirou. Os portugueses estão em debandada, alguns resistem até que não
sobre nada, na esperança de que melhores dias virão, mas está previsto que não,
não há salvação. Os asiáticos feitos com a ralé da nomenclatura sobem os preços,
especulam com o dólar. Os preços sobem, sobem, sobem fazendo com que a nossa
moeda kwanza se torne inútil. Angola produz e vende fome em larga escala. Se
não se fizer nada, é claro que nada se fará, a população pela fome perecerá,
como um cataclismo será. Angola desabou. A população só encontra, só vê fome.
Angola, o reino, o paraíso da fome.
Angola engolida, pelo lixo vencida, e logo de
seguida por moscas e mosquitos invadida, que nos levam a vida. Angola dos
incompetentes e irresponsáveis devidamente organizados em altamente perigosas
quadrilhas de aventureiros. Angola onde por todo o lado se ouve dizer: «O MPLA
TEM QUE SAIR DAÍ!» O tempo passa e depois não se poderá recuperar
A palavra de ordem é massivamente desempregar.
Então, sem dinheiro para comer, ninguém tem dinheiro para pagar impostos, e
exércitos de famintos não pagam impostos.
Mas nada afecta a vida abastada, luxuriante da nomenclatura,
que indiferente destila nos seus órgãos de informação privatizados a seu favor,
que Angola é e será por vontade própria uma espécie de Coreia do Norte.
Entretanto o exército de famintos une-se.
Mais um país africano da sempre africana mão estendida
à comunidade internacional. Só que o PAM-Programa Alimentar Mundial, não tem
dinheiro para socorrer catorze milhões de famintos na África Austral, e Angola já
faz parte desse exército de famintos. Só que o PAM ainda não os contabilizou na
sua totalidade. Onde há corrupção generalizada o terrorismo facilmente se
instala, é a derrocada.
O imposto da fome subiu muito. Ele é fácil de
pagar, a fome paga-o e ainda sobra… fome. Estrangeiros e nacionais quando da
apresentação anual das suas contas nas repartições dos bairros fiscais, fazem-nas
com a contabilidade falsificada, com lucros escassos ou um diminuto prejuízo,
para iludir, para o fisco fugir. E isto acontece porque o grande desastre desta
nação é o há muito não ter contabilidade organizada. Por exemplo, eu desde há
algumas dezenas de anos como técnico de contas não consigo trabalho, porque a
corrupção é muito valorizada e a contabilidade – a organização - muito
desprezada, e daí a bestial Angola derrocada.
É este o panorama caótico que se revolve
facilmente com o julgamento dos inocentes presos políticos, os bodes
expiatórios dos quarenta anos da infâmia, da desgraça. Os líderes africanos
transformam as suas populações em moscas que invadem as ruas para venderem qualquer
coisa para sobreviverem no lixo das suas vidas. Mas aqui na Ingombota, em
Luanda, onde resido, há vários meses que continua a estabilidade no fornecimento
da energia eléctrica, da água, e sem lixo que é recolhido regularmente há
incontáveis anos.
Sem formação, o angolano continua na ancestral
escravidão.
A criança de três anos e meio brinca com um
camião grande. Enche-o com muitos polícias de brinquedo e depois exclama:
“Estes são os polícias angolanos que lutam contra os bandidos!”
Acabo de saber que uma amiga empresária do ramo
da construção civil está a pão e água. Ao que Angola, o país mais rico do mundo
como todos dizem, chegou. A morte bate à porta.
Férias judiciais, e interrompem-se julgamentos,
especialmente o dos presos políticos, a justiça não pode parar. Se a justiça
entra de férias então não há justiça.
Angola é um país soberano da soberana corrupção.
Quando ficamos sem energia eléctrica e água, e
abandonados à miséria e à fome, o nosso pensamento enche-se de ódio e deseja
que quem nos governa desapareça de qualquer modo das nossas vidas e da
governação.
A religião é a melhor aliada desta governação e
das outras fieis amigas, porque ela conduziu e conduz Angola ao Estado mais
miserável e faminto, porque presentemente há evangelistas do apocalipse que
felizes pela epidemia da miséria e da fome declaram solenemente que: “É como
está escrito para se cumprir as sagradas escrituras.” Então, o apoio da
religião da morte, da destruição… o apocalipse está assegurado, muitos inocentes,
especialmente crianças morrerão abençoadas pelo deus da religião. Resignados
esperam a morte da palhaçada das escrituras e nada fazem para a evitar,
enquanto outros lutam arduamente para se salvarem, a si, às suas famílias e a
população.
Sobre as empregadas domésticas, melhor, sobre as
escravas domésticas angolanas:
Nelson Costa: Boa tarde. Alguém conhece ou
recomenda alguma empregada doméstica (que trabalhe bem, não mexa em nada, saiba
passar bem a ferro, etc, etc...) que viva nas proximidades da Maianga? Muito
obrigado.
Bruno Costa: Empregada doméstica. Bom dia sei
que nesta altura muitas famílias estão a regressar ao seu país de origem. E
desta forma estão a despedir as suas empregadas domésticas. Se conhecem alguém
ou familiar que esteja a despedir a sua empregada domestica eu estou a
necessitar de uma. E para a zona do Morro Bento, tem que ser uma pessoa de
confiança bom perfil e dinâmica. Obrigado
Angola que sem liberdade apodrece e os
ancestrais furibundos clamam pelo final da fome. Maria Marques Rosa, para, Rui
Duarte: “Eu saí da minha zona de conforto... Estive a filmar em Luanda 9 meses
nos bairros mais pobres e a denúncia valeu-me o despedimento... mas a minha consciência
está tranquila...”
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