Repouso
eterno aos corruptos
E
à sua prole deixada
Dos
valores dissolutos
Parece
que estão de abalada
Mas
não, há que ganhar tempo
Para
ver o que isto dá
Sente-se
o peso do desalento
Do
levar as riquezas para o lado de lá
Aqui
não dá para um gajo se safar
Mas
dá sempre para roubar
Então
há que aproveitar
Enquanto
esta merda estiver a dar
E
depois da vida erguida na vanguarda
Vê-la
destruída, na derrocada
Retornar
sem nada, do para onde fugir
Pela
violência ter que abdicar, sair
Se
não vês, isto não sentes
É
porque muito mentes
Pobre
bajulador encerrado
Na
ditadura enjaulado
Diversificar
a economia
É
diversificar a corrupção
A
corrupção é a academia
Desta
corrupta governação
E
nesta abençoada corrupção
Dela
uns poucos proveito tiram
Presos
políticos os que sofrerão
No
desespero com tudo nos atiram
A
corrupção tem muitas estratégias
Para
sair da crise inventada
A
corrupção tem muitas tragédias
A
sua destruição está lançada
Nos
hospitais do terror
As
crianças morrem abandonadas
Sob
a bênção do nosso benfeitor
As
suas almas são encomendadas
Como
é possível nesta civilização
Reinar
tanta barbaridade
Deixar
morrer crianças como punição
Do
nosso chefe, da sua santidade
Era
inevitável acontecer
O
fim inglório do regime
Está
a acontecer
Libertemo-nos
de tudo o que nos oprime
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