Lixo
é nação
São
os intelectos da ilusão
Que
passeiam no calçadão
É
a arte de desmobilizar militantes
É
a fuga para trás
Em
Angola já não existe ninguém
Em
quem se possa confiar
As
pobres almas caminham
Para
a morte
Os
cemitérios esperam-nas
Mais
uma desilusão
Outra
colonização
Não
há quem saiba pensar
Só
roubar
Políticos
de meia-tigela
Cavam
trincheiras
Para
depois jurarem
Que
a fraude eleitoral
Foi
livre, justa e transparente
Depois
tomam o barco choramingas
Que
em Angola está tudo mal
Mas
a comunidade internacional
Cansada
de tantos queixumes
Diz
que a fraude eleitoral
Foi
livre e justa
Depois
com o tempo tudo se esquece
E
a oposição mais se enfraquece
Desaparece
E
os fantasmas da oposição regressam
Que
este governo é corrupto, ladrão
Que
fez fraude na sua eleição
E
sempre assim sucessivamente
O
governo acena-lhes e promete
Liberdade,
democracia e pão
Tudo
reinará como antes
Miséria
fome e corrupção
Angola
mais um país em vão
Mais
hipócritas e falsos políticos
Surgirão
E
as mãos lavarão
Nas
águas da podridão
Porque
não sabem fazer mais nada
Paupérrima
oposição
Sem
manifestação
Os
carneiros pastam
Lânguidos
e serenos
Nos
estatais terrenos
Armazenados
em vastos currais
Esta
Angola não parece um país
Assemelha-se
mais
A
um bando de indisciplinados pardais
Quem
só sabe destruir
Jamais
nada irá construir
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