sábado, 1 de abril de 2017

O ESTOURO DA BOIADA OU O MPLA CONTRA O MPLA



O ESTOURO DA BOIADA OU O MPLA CONTRA O MPLA

República das torturas, das milícias e das demolições

Diário da cidade dos leilões de escravos

Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos, Angola só tem reservas líquidas para 34 dias de importação.

Quem é burro é escravo! Eis o grande circo muangolé! No táxi dois cidadãos falam de bandeiras, um olha para uma bandeira desfraldada pendente de um edifício e disparata: “Essa bandeira tem que ser queimada.” O outro: “ Essa bandeira é a da República.” E o primeiro: “Oh! Pensei que essa era a bandeira do Mpla!”
Do Francisco do Chourição: “As pessoas estão a ficar sem dinheiro porque não têm onde conservar as coisas para vender, porque a energia eléctrica está sempre a faltar e as arcas frigoríficas não conseguem trabalhar.”
Entretanto, na Nigéria, o Boko-Haran, obriga uma mulher-bomba a explodir-se com o seu filho às costas. Uma outra mulher-bomba grávida também se faz explodir.
Fica aqui o aviso: quem for aos comícios da Unita, ao regressar para casa encontra o administrador que ordena que lhes cortem a água e a energia elétrica e outras sanções da Constituição em vigor. Este M mais parece um partido fundamentalista.
Com isso da energia eléctrica estão a pôr isto de rastos, e o mais tragicómico é que ainda pedem desculpas por isso. Não há é mais pachorra que os ature. Mas se com cortes desmesurados que arrasam o pouquíssimo que resta da economia – que diga-se em abono da verdade, receio que já não saiba o que isso é – como é possível pedir desculpas? Isso mais parece métodos estalinistas de governação. 
“Eis uma peça fundamental (a necessidade da auditoria sobre as bases de dados e dos programas informáticos) para a verdade eleitoral e para criar as condições de credibilidade do processo. Sem que isto se observe os partidos não devem cair na esparrela de entregar os seus processos ao Tribunal Constitucional. Sejamos verticais na defesa da dignidade do nosso povo e no bom nome de nossa pátria”. (Filomeno Vieira Lopes. Coordenador do Gabinete Eleitoral do Bloco Democrático – BD)
Isto parece saído de um episódio da série X Files: “Parece que desfaz em a casca de uma árvore chamada, nessas regiões, mbambu, talvez o Erythrophleum guineense. Este composto é mortífero. Também se pensa que extraem veneno das raízes fervidas do estrofanto, da seiva de certos cactos, do suco de algumas euforbiáceas e de bílis dos emidossaúrios. São prodigiosos tanto o conhecimento que os adivinhos e curandeiros guardam sobre os venenos tão variados, como a prática pericial consumada que adquiriram para dosificá-los. Conhecem com certeza diversos venenos pouco conhecidos fora do mundo especial dos toxicólogos competentes, e talvez tenham encontrado outros que a ciência nem sequer suspeita que existam. Entre os venenos, alguns produzem efeitos imediatos; outros ficam sem acção visível durante meses; outros ainda, causam sintomas idênticos a doenças bem conhecidas. Observe-se que há 570 plantas africanas conhecidas pela ciência ocidental como venenosas de um modo ou outro. Sem dúvida os curandeiros e adivinhos conhecem muitas mais”. (In Cultura Tradicional Bantu. Pe. Raul Ruiz de Asúa Altuna. Edições Paulinas)
Angola avante, revolução, pelo poder da corrupção.
Há que beber para esquecer, dizem, mas é mentira, faz parte do dia-a-dia, é a luz que a torpeza dos cérebros alumia.
E o filósofo vê o mundo como se fosse os ramos de uma árvore e logo-logo uma prostituta que o escuta com muita atenção, também mostra a sua árvore, “mas para quê complicar o que é tão fácil de explicar. Basta-me abrir as minhas pernas e rapidamente os problemas do mundo se resolvem.
E brevemente vai andar por aí um novo movimento espontâneo, o da fome. Também muito brevemente se decretará que os trabalhadores não mais terão direito a salário. Claro que povo burro não tem direitos, só tem deveres.
Aqui jaz um poder que se desfez, que nada fez. Isto por aqui já está a ferver. Mas pouco falta para o tal a ferro e fogo arder.
Aqui, tudo o que é de mais horrível acontece. A César o que é de César, a Deus o que é de Deus, aos corruptos o que é dos corruptos.
Sem os poetas petrolíferos esta nação jamais se engrandeceria. A solução final já está em execução noutro holocausto nazi e seus campos de concentração. O marasmo da oposição manieta a população, é a grande desilusão. O saque está total e completo, o Estado da miséria e da fome repleto. Muitas igrejas, muitos sacerdotes, muitos calotes. Este é o reino da miséria e da fome que nos consome. Onde a miséria e a fome se fortalecem, os valores morais e sociais emudecem. Nesta porcaria não é necessária sabedoria. Há quem deseje vê-los rastejar, pelo imenso mal que nos estão a causar.
O M afundou-se, afundou-se, tanto, tanto, que já ninguém lhe acredita. Porra! A propaganda do M na TPA parece uma fazenda, onde o capataz obriga os escravos a festejarem, a dançarem. Enquanto o capataz e seus amigos sentados em tronos, olham para os escravos e escravas que dançam, dançam, à espera que a oposição os liberte.
A elegia do tal pacato cidadão que já sabe o que lhe vai acontecer: “Vai vir aí uma grande fome, e esta gente não é capaz, não sabe fazer nada.” Num abrir e fechar de olhos recebo a informação de que foram feitos quatro assaltos. Agora é só assaltar e matar. A intolerância política já fortemente mata aqui, daqui e para ali. Onde já não há esperança, há desgraça em abundância. Com um povo analfabeto e sem liderança, não há esperança de mudança. Onde não se dá valor à sabedoria, não há democracia. De democratas hipócritas está o inferno cheio. Não duvidem porque é a pura verdade. Oh!, mas o que é que se vai fazer com um bando de azêmolas! 
O Senhor abandonou Angola e entregou-a aos demónios. O mais terrível que pode acontecer a um ser humano é ter o cérebro bloqueado pela religião e pela falsa propaganda política, logo prisioneiro da escravidão da corrupção. Sem liderança fica oposição da bonança. Há muitas maneiras de retaliar, basta pôr a cabeça a pensar. Pois, aqui reside o busílis da questão, sem cabeça nada vai resultar. Povo burro, oposição burra, poder burro.
A mana Mónica falou na Lwena que andam por aí maçónicos que quando apanham alguém com dinheiro lhe dizem que têm diamantes para vender bem baratos. As vítimas observam os diamantes e concluem que são verdadeiros. Chegado o momento do preço, não dá, é muito puxado, os compradores bazam. Mais tarde ao abrirem as carteiras verificam com espanto que estão vazias. Afinal aquilo dos diamantes é uma coisa que suga o dinheiro como um imã. A mana Mónica continua e afirma peremptória que “muitos carros que andam por aí são caixões.” E mais, “ pessoas que já morreram e que andam por aí, são espíritos.” Os seus olhos viram-se na direcção de Benguela, onde as benguelenses que vêm do Dombe, diz, são bruxas. Maridos que maltratam, surram as suas esposas, elas rezam para que eles morram, e eles estão mesmo a morrer.” Lwena… no Quicolo, arredores a Norte de Luanda, estavam a matar um boi, e ele falou que” toda a hora a me matarem!” Claro que o povo desencadeou uma fuga desordenada, como só ele sabe fazer.
Há por aí uns pobres coitados oposicionistas que pela sua actuação dúbia, prejudicam, vilipendiam a oposição porque apenas querem poder para satisfazer apetites pessoais. Há por aí cada opositor político que quando abre a boca, obrigam-me a implorar ao Altíssimo que nos livre deles.
Nascer e viver debaixo da corrupção é morrer à fome. A fome é negra. Para os corruptos, diversificar a economia é diversificar a corrupção. Para Alves da Rocha, “diversificar a economia é diversificar as exportações.”
Aqui não vale a pena pensar em planos porque eles não se vão concretizar, vão falhar. O mais infausto acontecimento é o funcionamento da energia eléctrica que tudo deita abaixo, e os nossos anseios caem por terra. É a república do tudo em vão. Entregar Angola no feitiço, vai ser porreiro vai. Angola é uma república de feiticeiros, pois não se ouve falar de outra coisa. Como é que vou viver, safar-me com aventureiros políticos que me querem fazer crer que são da oposição. De um lado e do outro são só aldrabões. Rodeados por estafermos políticos, aqui sé se procura oferecer o mal às pessoas. Eu confio na oposição, desconfio é dos opositores, é com cada cafajeste. Quer dizer, sai uma ditadura entra outra. Há aí um ou outro opositor político que se faz de santinho, mas na realidade é um diabinho! Oposição e governação vão pôr isto em polvorosa. Oposição e governação são os construtores da miséria e da fome. Basta um escroque da oposição para a liquidar, para a atirar para o descrédito.
E é com os avultados desvios do erário público que se resolvem os problemas da população.



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