A
vida perdida
É
como uma ferida
Como
uma fugitiva
Que
do amor se esquiva
De
nada adianta
Olhar
para o verde da planta
Que
só o amor suplanta
Essa
força que nos levanta
Neste
caminhar de ilusões
De
promessas aos montões
E
dos padres e seus sermões
Onde
se morre aos borbotões
E
nesta miséria indecente
Como
se eu fosse crente
Não
mais me sinto gente
Há
muito que estou ausente
Nesta
imparável tristeza
O
amor perdeu a beleza
Resta
a certeza
Da
dominação da tibieza
O
que é a realidade?
Nesta
cidade?
É
a bestialidade
Da
trivialidade
A
tua ode cantar
O
amor saudar
Deixa
o inútil procurar
Vê
o sol da vida levantar
O
hino do amor a te louvar
Deixaste-te
arrastar
Como
o borbulhar
Deixar
o amor te condenar
No
teu ouvido sussurrar
Há
tempo para amar
O
tempo a passar
A
galopar
O
coração a disparar
Não
pára de trabalhar
Porque
há que acreditar
Em
alguém confiar
Na
escarpa sentir o ar
Do
vento que vem do mar
Para
a frente navegar
O
para trás abandonar
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