Beethoven (1770-1827) e a surdez aos vinte e
seis anos: “Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me
preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E
assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao
meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou
escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me
quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu
pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!”
O banco da morte
Há três dias que o gerador do banco
millennium-atlântico, na rua rei Katyavala não pára de despejar fumo da morte.
Esta Luanda é um campo da morte. O banco da morte não pára, há energia elétrica
normal, eles fazem isto apenas por prazer sádico e psicopático, que é o que
aqui mais abunda. Como vulgar quadrilha de criminosos assim facturam não
importando quem se mata. Em Luanda o crime compensa. Como é possível um banco
matar pessoas com fumo de gerador? É, em Luanda tudo é possível, porque as
corjas de facínoras agem impunemente.
Os sovietes ainda não foram desmantelados,
continuam horrendamente descomandados.
Outra vez o banco millennium-atlântico, na rua
rei katyavala, está há dois dias com o gerador ligado, apesar de não haver
problemas com a energia eléctrica, está devidamente estabilizada. O fumo obriga
ao fecho de portas e janelas para as pessoas não morrerem. Há anos que isso se
mantém, porque isto é deles, dos sovietes. Luanda é deles. Roubaram o terreno
nas traseiras do prédio, junto à Pomobel. Muitas vezes já lhes chamaram a
atenção, mas os FDP sorriem como resposta. Eles matam-nos como se fossem
assassinos profissionais. É a terra dos criminosos e de alguns democratas/opositores.
Mais atrás, cerca de vinte metros, está a
discoteca do general Ledi, que há quinze dias, tinha cessado a sua actividade
por causa das reclamações, ressuscitou como um vampiro, a partir das vinte
horas jorra torrentes de ruídos. Os outros que se lixem, são merda.
Também aos fins-de-semana na Liga Africana sai
barulho tão intenso, de loucas colunas sonoras de loucos sem cabeça, confesso
que por este andar não demorará muito tempo que perguntarei: quem nesta
república soviética a tem?, que até faz ricochetes nas paredes de outros
prédios, a mais de cem metros. Tudo na
impunidade dos sovietes.
Outro costume de vez em quando, duas ou três
vezes por semana, é sentir o cheiro de lixo queimado pelas vinte e três horas
que vem da Liga Africana, ou presume-se, do minimercado Jofrabo, poderosamente
tóxico, pois sente-se o cheiro de plásticos queimados, etc.
Outra calamidade é o frequente escutar, já é
moda, “agarra o gatuno!” seguida de louca correria e de vozes, “já devia estar
matado!”
Outro mal vampiresco é o não pagamento dos
salários por parte de patrões criminosos que fogem para o estrangeiro e lá
ficam em grande fausto a gozarem o dinheiro dos trabalhadores legalmente
roubado.
Por quanto mais tempo esta trampa permanecerá?
Isto está a melhorar ou a piorar? Os sovietes continuam intocáveis, como nunca
irresponsáveis. Como isto terminará? Ainda não se sabe, ou melhor, sabe-se
muito bem, demasiado bem.
Os angolanos estão reduzidos, dir-se-ia dentro
de uma aberrante legalidade, à condição de escravos porque os seus patrões
abandonam-nos e vão para o estrangeiro opíparos com o dinheiro dos
trabalhadores escravos. Subsídio de Natal e subsídio de férias não pagam e até
o mês de dezembro também não estão a pagar como é por exemplo o caso na empresa
STI.
Abandonados à fome a coisa ganha contornos
dignos de campo de concentração, como é o caso noticiado na Rádio Despertar,
onde os trabalhadores revoltados mataram o patrão chinês porque teimava em não
lhes pagar. Um caso dramático que pode a qualquer momento transformar-se em
forte tempestade, como mais uma revolta dos escravos.
Folha 8, o comboio do nazismo que estridentemente
apita em Angola.
Aberrações de Luanda
william tonet deve-me cinco anos de subsídio de
Natal, dois anos de serviço no blogue do folha 8. Serviços de informática do
meu filho que quando ia para lhe pagar, disse-lhe que foi assaltado e
roubaram-lhe o dinheiro… até hoje. Entretanto a Rádio Despertar dá-lhe guarida
como um grande defensor da democracia e da justiça. Aberração que conduz Angola
e os angolanos para a macabra democracia.
Muito brevíssima história de Angola:
Adoeceu
Faleceu
Enquanto a dupla democrata/demonista do folha8,
william tonet/orlando castro, não pagarem o que me devem e ao meu filho, NÃO ME
CALO!
folha 8, a dívida a não honrar, e a dizer-me que
o Sinfo é que tem de pagar.
Já estive várias vezes para abandonar o
Facebook, ainda não o fiz devido a duas ou três pessoas que me incentivam para ficar.
E não vejo aqui os grandes democratas da nossa
praça virem em meu socorro, não vale a pena citar-lhes os nomes, pois todos
sabemos quem são, e não me socorrem porquê? Guardam silêncio porquê? Porque são
amigos e defendem-se entre si. Isto está a ficar muito ridículo, muito, muito
ridículo. É caso para dizer que em Angola as pessoas não mudam.
Será que ouvi bem na Rádio Ecclésia? O
economista, José Severino, disse que em Angola não há divisas porque estão a
fazer lavagem com o dinheiro do petróleo. É pá! Isto é gravíssimo, é crime de
lesa-pátria.
Isto é Angola, o país do faz de conta.
O chefe da empresa STI foi passar o Natal e ano
novo em Portugal, abandonando os trabalhadores à fome. Ainda não receberam o
mês de Novembro, não vão receber o mês de Dezembro, os subsídios de férias há
anos que não são pagos e o subsídio de Natal também. Quantos mais trabalhadores
de outras empresas estão na mesma situação? Não há por aí nenhum deputado que trabalhe
e investigue isto, até porque tiveram aumentos salariais e os trabalhadores nem
a salários têm direito, pois é um luxo apenas para deputados. PQP!
A Lei não lhes cai em cima porquê? Quem os
protege? Quem?! Adivinham-se dias muito maravilhosos em Luanda, pois do resto
de Angola nem vale a pena falar. Malanje já vai em seis dias que está sem
combustível, está tudo parado. Quem é que disse que saqueadores de empresas
estão aptos para as dirigir? Se os psicopatas e irresponsáveis não forem já
sacudidos, quem segurará os trabalhadores revoltados? Quem?! Meus caros
irresponsáveis, os trabalhadores vão começar, ou já começaram, a roubar
equipamentos do local de trabalho para venderem, para sobreviverem à fome que
barbaramente lhes é imposta.
O mais espantoso é que andam por aí armados em
grandes revolucionários e grandes justiceiros que defendem as causas do povo
oprimido… como um tal william tonet. PQP!
Isto é Angola, o país do faz de conta.
folha 8, mais do que um jornal, uma feroz
ditadura.
Creio que a situação está extremamente confusa, na
minha opinião, muito grave, um exemplo: Samakuva disse que ganhou as eleições, e
que não aceitaria a provada fraude eleitoral, agora diz que as perdeu, e que o
Mpla as ganhou. Considero isto altamente preocupante e muito desestabilizador
da situação política e social de Angola.
Muitas pessoas que ainda
são adeptas destas teses marxistas-leninistas, (orientações das políticas públicas) à boa maneira soviética,
continuam no MPLA, embora se manifestem menos e procurem camuflar estas suas
preferências ideológicas e que só prejudicaram o País durante muitos anos.
Estará João Lourenço capaz de inverter esta situação? (Alves da Rocha, no
Expansão, 08/12/17)
folha 8, o jornal que não tem nada para ler.
Tomem a devida nota: são casos como este, do
banco millennium-atlântico, que inspira, dão força, originam o terrorismo, que neste
e na multidão de outros casos torna-se a única arma de defesa dos escravos
encurralados na morte do vil capitalismo selvagem. É isso, contra a selvajaria
do capitalismo, a defesa do terrorismo. E assim o exército de terroristas aumenta
até se tornar impossível de conter. Veja-se o que se passa na Europa. Não, nada
disso, não estou a defender o terrorismo, mas apenas a contribuir para esclarecer
qual é a sua origem… de milhões de condenados à morte pelo capitalismo selvagem,
do cataclismo que mata, cuja principal ocupação é facturar sob um imenso rasto
de cadáveres.
Multidões de seres humanos abandonados à morte
que utilizam o que resta das suas vidas para a destruição massiva, estilo, se
vou morrer, levarei muitos comigo.
É como uma espécie do efeito borboleta.
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