Deste
deserto o amor fugiu
Nunca
mais se viu
Por
anos e anos a fio
Ninguém
a sua falta sentiu
Foi-se
a noção de amar
Que
isso é pecar
Do
amor se estão a afastar
Nisso
não querem pensar
Que
fazer do amor anormal
Desumano
bestial
O
que era natural
É
tido como grande mal
Amar
esta sociedade corrupta
Arrastados
pela cadavérica luta
Da
vil gente poderosa dissoluta
De
opositores de falsa conduta
Estava
eu a sonhar
Muito,
muito além-mar
A
pérfida beleza contemplar
Frio
desejo de não te amar
País
de cadáveres vamos ter
De
moribundos a beber
Se
Deus mandou sofrer
Então
não dá para esconder
E
navegando culturalmente
Este
meio é muito deprimente
Castelã
principesca indecente
Do
monopólio poluente
Surgiu
grande ventania
Na
política nova melodia
Tempos
novos novo dia
Nada
se fala da economia
E
do passado há lembranças
Das
boas e más andanças
E
o tempo vai passando
E
os projectos adiando
Ficar
estátua não há evoluir
Não
se vê o que vai surgir
Faz
sono, dormir
De
olhar fixo sem porvir
Viva
a corrupção
Quem
não paga salários têm sempre razão
Não
se pode denunciar senão
Vamos
todos para a prisão
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