A
guerra acabou
Outra
começou
Miséria,
fome estourou
A
guerra voltou
Depois
de tanto caminhar
De
cansado parar
Para
balancear
A
tragédia que vai ficar
A
oposição
Vence
a eleição
Acusam-na
de rebelião
E
vai para a prisão
Uma
pacífica manifestação
Afinal
é rebelião
Neste
enxame de corrupção
Para
os corruptos não há prisão
O
Apolónio Graciano chegou
A
televisão se desligou
O
Diabo o olho esfregou
Toda
a gente bazou
E
nesta vida incerta
A
miséria é certa
A
porta da fome aberta
O
cerco da tragédia aperta
As
imagens adorar
Os
crentes enganar
Religião
é facturar
As
almas salvar
Que
é preciso ter fé
Para
ficar em pé
Os
corruptos com fervor
Na
fé do dinheiro do pavor
Damos
um passo em frente
O
poder lentamente
Dá
passos para trás, mente
Demente
Políticos
flibusteiros
Com
os seus companheiros
Armados
de morteiros
Assediam
os carneiros
Que
esta cidade
Vive
bem sem eletricidade
Há
mais de 40 anos não é novidade
É
boçal anormalidade
Sem comentários:
Enviar um comentário