sábado, 7 de março de 2015

E finalmente conseguiste a paz e a felicidade




O nevoeiro deixava ver os troncos caídos
No exultar verde outros os substituíam
Não verás mais os teus sonhos traídos
E os que te amavam desapareciam

Quando te amei o sol invadia a floresta
E dos traços do nosso amor nada resta
Mas as árvores lá estão esperançadas
Abertas às réstias do sol carenciadas

E o velho tronco de folhas cercado
Jazidas verdes, vermelhas e amarelas
Do tempo do amor abandonado
Mas celebrado nas inesquecíveis telas

O espírito das florestas benze o teu amor
No raiar matinal a floresta é despertador
Onde sempre a vida nocturna cessa
E a batalha diária da vida diurna recomeça

E nas nossas incríveis idílicas aventuras
Sentados nas pedras do lago das amarguras
Pelos infelizes do amor nas suas sepulturas
Atraiçoados, abandonados sem ternuras

Os teus desejos sulcam a floresta de amor
E o som do teu piano as noites ilumina
Do cantar das crianças do inocente clamor
Evitar a sua escravidão no negócio da china

A vegetação da floresta guarda a tua voz
E excursões seguem-te em peregrinação
Tanto que sofreste, oh! Tudo tão atroz
Agora és exemplo, santuário da salvação

E quando na floresta chove o amor revive
No calor das gotas de água das folhas te tive
De mãos coladas rimos que seriamos eternos
Mas não conseguimos escapar aos invernos

E no teu majestoso caminho tumular
Abrem alas crisântemos e jasmins
O nosso amor já não se pode dissimular
Vou cantá-lo ao Universo e além confins

Oh! meu hino lá sem vida onde descansas
Perdi para sempre a querida que tanto amei
Que me importa viver sem esperanças
Vou-me arrastando em breve te visitarei

E ao teu lado abraçado de ti jamais fugirei
Unido e bem escudado te protegerei
O verdadeiro amor nunca se esquece
Na eternidade dos tempos resplandece










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