CORRUPTOS ANGOLANOS, UNI-VOS!
Com a terrível miséria que nos
invade, pouco falta para que também entremos em greve de fome. Mas pelo que se
vê brevemente teremos esse privilégio. A FOME VEM AÍ, PORRA!
Quando num país há presos políticos,
isso é a prova mais que evidente que esse país está infestado de corrupção. É
como as moscas verdes.
Creio que também temos que fazer manifestações
contra a oposição, pois estou a ficar convicto da sua inutilidade. Creio que a
oposição não nos defende, apenas luta pelos seus interesses da aspiração ao
poder, e tal como o partido no poder também não temos nenhum valor, só para
votar nas eleições, de resto não vejo nada que defenda o nosso futuro sombrio.
Estamos abandonados pelo poder e pela oposição.
Parafraseando Napoleão Bonaparte,
(1769-1821. Deixem os nossos partidos políticos da oposição dormir, porque
quando eles acordarem Angola vai estremecer.
Exceptuando a corrupção e o saque de
Angola, o ministro dos negócios estrangeiros de Portugal disse que não se
imiscui nos assuntos internos de Angola, referindo-se à ignomínia dos presos
políticos de Angola, que só quem não quer ver é porque é colonialista e
escravocrata. Se Pedro Passos Coelho não for preso pelo apoio à corrupção e
saque de Angola, então não tenho dúvidas nenhumas em considerar que José
Sócrates é um preso político.
Para nós a vida está terrível, mas para outros a
vida está muito fácil… demasiado fácil. Para uns Angola continua a ser o paraíso,
para nós o inferno instalou-se definitivamente e não se sabe quando ele
acabará. Ninguém resolve, ninguém decide nada, vive-se apenas para o saque,
para a desordem, para a conspiração do caos económico e social. Os preços não
param de subir na mais espantosa desordem da corrupção, se isto não é
conspiração e atentado contra a vida do estado, então é o quê?! É
impressionante ver que nenhum corrupto é detido, julgado, condenado, não, ainda
por cima é louvado. E juntamente com os bajuladores são como o lixo nas ruas
que não pára de aumentar. Sim, tudo é corrupção e bajulação, conspiração.
“Filipe de Barros: Moselos, Portugal. Boa tarde.
Em princípio irei para Luanda trabalhar onde poderei encontrar casa para alugar
ou partilhar com alguém? A nível de preços qto é? Obrigado!
Fernando Inacio: Na minha opinião não vale a
pena vir sem casa paga pela empresa. Já agora, carro, seguro de saúde, viagens
a Portugal, etc, pois aqui é tudo muito mas mesmo muito caro. Já agora, não há
transportes públicos, para ir de A para B só de carro. Pense bem. Se lhe
pagarem 1,5 milhões de kwanza, 10 mil usd, pode valer a pena, se for menos vem
perder dinheiro.”
A instabilidade bancária aumenta e até já se
anuncia a sua resignação. “Jose Carlos Silva: Boa tarde: alguém me sabe dizer
se os cartões visa internacional do banco BNI deixaram de funcionar por
completo???? Á mais de 15 dias que não consigo levantar dinheiro em Portugal!! desde
já muito obg.
Mário Rocha: Não é por acaso que corre o
rumor que vai fechar.
Pedro Vicente: Está quase a falir...”
Da maneira que a economia de Angola está, creio
que já nada lhe resta, perdeu, não tem sistema económico, só funciona o
arrasar, a queda, a repressão sem limites. Cidadãos atirados para a prisão como
presos políticos para lentamente morrerem sem que se saiba a sua acusação, eis
o regresso em força ao estalinismo primitivo.
Mas há sempre alguém que nos esclarece concedendo
entrevistas a órgãos de informação estrangeiros porque aos nacionais torna-se
impossível, pois está tudo sob controlo do Grande Inquisidor. Eis alguns trechos
do conceituado economista angolano Alves da Rocha, quando de uma entrevista ao
jornal português Semanário Económico: Até 2021, o preço (petróleo) vai oscilar
num intervalo entre os 50 e os 75 dólares. O Estado vai ter que diminuir bastante
os funcionários públicos A diversificação exige dinheiro, que é o que neste
momento não temos. A nossa actividade do Estado é de uma ineficiência tremenda.
Há dados informais da presença chinesa e vietnamita na venda de dólares no
mercado informal? Sim, em tempos disseram-me isso. O BNA é a instituição no
país que deve garantir a estabilidade monetária, portanto o BNA é que tem que
ir pesquisar como é que isso acontece e onde é que estas pessoas vão buscar os
dólares. O BNA é o fiscalizador, é o garante da estabilidade, o BNA é que tem
que nos dizer o que é que se passa. A situação de crise está evidente embora o
governo ainda não o tenha assumido de forma oficial. Os combustíveis e
derivados de petróleo vão ser objecto de uma retirada total dos subsídios e,
por isso, vai-se aumentar os preços do gasóleo, do petróleo, de iluminação e
outros. Tudo isto sintetizado, vamos ter uma taxa de inflação até ao final do
ano muito elevada. O Estado tem 420 mil funcionários.
Do discurso do vice-presidente da República,
Manuel Vicente, sobre o estado da nação, sobre o empréstimo chinês que são
cerca de seis biliões de dólares, não está tecnicamente correcto porque não
havendo a certeza cai-se na dúvida, na incerteza, e tal como comprovado por
Lord Kelvin (1824-1907), quando afirmou que, a citação é mais ou menos assim:
qualquer demonstração sem números não tem nenhum valor.
De Marcolino Moco, na entrevista à agência Lusa,
põe o pé no acelerador e as nossas mentes acompanham a velocidade da degradação
do que se esperava fosse uma nação. Mas não, tudo está a postos para a sua
queda sem surpresa, porque barco sem direcção é como um navio fantasma que
errante sulca os mares carregando a bordo espectros humanos, e alerta: O regime
está encurralado e inventa crimes que não estão tipificados na legislação
angolana. Está (a juventude) a tentar exercer os direitos que estão consagrados
na Constituição de 2010 e a quem se prometeu tudo isso. A Constituição dá-lhe a
ele (Presidente) muitos poderes - ele manda na justiça, manda nas Forças
Armadas, manda na polícia, manda em tudo - mas a Constituição consagra
direitos, garantias e liberdades [...] e os jovens acham que devem exercer
esses direitos. O ex-governante defendeu que é preciso desbloquear o sistema,
com José Eduardo dos Santos ou sem ele. O grande problema é que o sistema
pretende afastar sectores importantes da direcção do país e grave ainda é que
não há pudor nenhum em utilizar as riquezas do país para uma família e pouco
mais perante a miséria terrível que se vive em Angola.
Samakuva, presidente da Unita, na sua réplica ao
estado da Nação, lembra o que já sabemos, mas não perde o interesse e
actualidade. Tá-se mal, tá-se, tá-se!: O que diz o Senhor Presidente? Há algo
de verdade nisso? Quem emite os vistos de residência desses cambistas? Quem
retira as notas novas do sistema bancário para abastecer o mercado paralelo?
Para onde vão os milhões de kwanzas gerados pelas redes grossistas dos
libaneses, brasileiros e portugueses e pelas redes retalhistas dos mamadous?
Vejo crianças a brincar no passeio, correm de um
lado para o outro sem parar, como se nunca se cansassem. Jogam à bola com uma
garrafa de plástico que alguém deitou para o chão, coisa corriqueira numa
cidade do lixo. Mas as crianças correm sérios riscos, basta um descuido e lá
estão atropeladas por um carro, ou por motas que sem qualquer impedimento fazem
dos passeios as suas pistas de velocidades. Pobres e indefesas crianças que não
têm sítios onde brincar. Está tudo dominado, amputado pela selvajaria
imobiliária. Se até os passeios são ocupados por empresas, nada mais há a
esperar. Mas é necessário que haja mudar, senão como nos vamos safar? Só o
demónio o pode declarar.
Quando a propaganda de um país anuncia que as
suas populações vivem na extrema felicidade - a Coreia do Norte é hábil nisso –
e na bênção de Deus, significa que a miséria e a fome as dizimam, e que a
Igreja e as igrejas rezam para que tudo assim permaneça… para sempre.
Até hoje em todos os filmes americanos que vi,
lembro-me sempre das estradas asfaltadas por todos os Estados Unidos da
América, sem um buraco.
Angola continua no privilégio onde ocidentais e
asiáticos pastam e caçam escravos para utilização de mão-de-obra. Não é de
surpreender que os lucros sejam fabulosos. Ouvi que as cervejeiras iam aumentar
o preço da cerveja. Como é isto possível se a principal matéria-prima, a água,
lhes fica de borla. Pobres angolanos que ainda não se libertaram da terrível
ditadura da miséria.
Um esfomeado reza a que Deus? Só pode ser ao
deus da fome, este sim existe sim senhor!
Imagem: Setenta anos da Coreia Do Norte. ELPAIS