sexta-feira, 28 de abril de 2017

A DESTRUIÇÃO DA DESTRUIÇÃO



Com este partido no poder
Muita fome vamos ter
Vamos todos morrer
Que mais nos pode acontecer?
A mais velha vai votar
No partido do seu coração
Muito, muito vai chorar
Quererá comer não vai ter pão
Neste comunismo do sofrer
Que a oposição não sabe combater
A oposição está-se a esconder
Ninguém sabe o que fazer
Angola não vai escapar
Mais um Congo vai ficar
Deus as igrejas mandatou
Para colher o que não se semeou
Isto não tem solução
Nem para vida de cão
Só dá para vampiros
E para quem anda aos tiros
Até na electricidade de ocasião
Há discriminação
Na sua distribuição
Reina a lei da desolação
A oposição vai votar
Vai-se deixar ludibriar
Deixar-se dominar
Ir na onda, a levar
Estou sempre a pensar
Em pôr-me a andar
Porque isto está-se a complicar
Não dá para se safar
Só gente galdéria
Nos impõe a miséria
As microempresas vão apoiar
Sem eletricidade vão-se apagar
Este inferno não vai parar
Há que dele escapar
Eles querem nos torrar
Já se estão a preparar
Quem acredita em destruidores
Só salteadores
Ó pátria destroçada
Refém da cambada












quarta-feira, 26 de abril de 2017

A BARRAGEM DE LAUCA




Encher a barragem de Lauca
De gente maluca
Para vender geradores
Às empresas dos impostores
Povo que só se sabe lamentar
Facilmente se deixa matar
Se deixa esfomear
Desmaiado pela fome tombar
Por aqui o tempo parou
O cofre secou (?)
A crise se inventou
A oposição se lamentou
Angola está a arder
Ninguém quer saber
Fingem que não estão a ver
Angola está a desaparecer
Sem liderança não há oposição
Desorientada fica a população
No caminho para a corrupção
Como caminhar sem chão
A viver no espelho do passado
Do tempo colonizado
Mas neste tempo actualizado
Não falam do mal praticado
Era o reino da dança
Do petróleo da abastança
Já só resta uma ténue lembrança
Chegou o tempo da mudança
Isso dos bandidos não é guerra?
É, que ensanguenta esta terra
Até parece que não há paz
No mar de mortos que aqui faz
Fomos vítimas da cilada
Pelos corruptos montada
Pelos seus pés espezinhada
Tiranizada
Um grupo e seus lacaios
Que oferece aos seus aios
Miséria e fome são
Nacional instituição
Perante tanta desgraça
Que se comenta com chalaça
E de tanto aguardar
Já não nos vamos safar


segunda-feira, 24 de abril de 2017

A FATAL QUEDA NO ABISMO



Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos.
Ano da diversificação da economia com corrupção e sem energia eléctrica. Ano em que a oposição ameaça sair à rua.

República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos

Divisa de um governo autoritário: só a miséria e a fome nos libertam.
Estrangeiro, se vens saquear, então junta-te aos saqueadores e serás bem-vindo.
Desde o mês de Março até hoje, 19/04/17, a fraude da energia eléctrica (EE) já nos fez 278 horas de cortes no fornecimento. Creio que há algo de muito diabólico por trás disto.  
A oposição ameaça sair à rua
As contas das grandes empresas têm o dever de serem auditadas, e a CNE também como grande empresa que é, não deve, não pode fugir à regra. Por isso mesmo as suas contas têm que passar pelo crivo da auditoria para lhe dar credibilidade. Não se trata de julgar a honestidade de quem lá trabalha, não, trata-se do elementar dever universal da bíblia da democracia.
A função do comunismo é destruir a democracia. Simplesmente destruir, arrasar tudo e impor a sociedade da fome. Creio que há um gozo psicopático em destruir a EE para que as populações não sobrevivam, para que a miséria as arraste e a fome definitivamente as leve para as valas da morte.
Há dois meses que não consigo trabalhar porque a EE desapareceu, há muito que o fez, só que agora foi definitivamente (será que a venderam aos chineses?) Claro que estou na miséria e a perseverante fome persegue-me sem dó nem piedade. Mesmo que tivesse gerador não conseguiria ter dinheiro para o sustentar com combustível. Carregado de dívidas não sei quando as conseguirei pagar. Mas não sou só eu que estou perseguido pelos demónios caídos do céu e aqui aterrados, não, são milhares, milhões de miseráveis e de famintos. Evacuado ou não penso seriamente em conseguir fugir daqui senão serei passado pela espada da fome, porque já não dá para aguentar este africanismo de mentirosos e vigaristas da miséria e da fome, que pensam que lá só porque estão no poder coroam-se de divinos, de deuses com a função de exterminar a população. De escroques depender é morrer.
Sinto-me como longe da minha terra, como se estivesse abandonado e entregue à minha sorte num planeta inóspito dominado por monstros que semeiam o terror. É, a oposição ameaça sair à rua.
“A oposição não se dá conta de estar no papel ridículo de aplaudir o teatro de fantoches cujos actores são o porco e o javali, onde as leis valem o que nada valem, os juízes fingem que julgam, mas violam as normas jurídicas e os tribunais, são, na maioria, um antro dos malandros juridicamente identificados, que absolvem os assassinos e os “gatunos de colarinho branco” alojados nos corredores do poder”. (William Tonet. In Folha 8, edição 1313 de 15/04/17)
Isto está a tomar contornos inacreditáveis. Este navio carcomido pelo tempo tem que acabar e ser substituído por outro porque tudo tem limites. Nas empresas impera o trabalho cada vez mais escravo. Apenas um exemplo: um amigo foi à consulta médica e o médico deu-lhe três dias de repouso. Mas ao segundo dia o chefe ordenou-lhe que no terceiro dia teria que regressar ao trabalho. O meu amigo recordou-lhe que tinha três dias de baixa médica, e o chefe, “nós se quisermos não aceitamos nenhum justificativo médico porque nós é que mandamos.” O meu amigo disse-me que ele faz o trabalho dos que ganham mais do que ele. Concluindo, isto está cada vez pior e como tal é necessário e urgente mudar, acabar com a escravidão em que Angola mergulhou. Quer dizer, o que era impensável aconteceu. FOMOS E CONTINUAMOS LUDIBRIADOS.
Há aqui uma psicopatia porque ficamos assiduamente sem EE. Estão a atirar-nos para o fim, é impossível viver assim. Só dá mesmo para morrer à fome. Destruir assim a vida das pessoas, não se consegue trabalhar e os poucos alimentos que conseguimos não se podem conservar. Como se houvesse, o que parece, ser intenção deliberada de aniquilar a população para que não possa votar contra. Amigo leitor, sabe-me dizer se há mais alguma coisa para saquear?
Creio que na visão da comunidade internacional fazer empréstimos a Angola é atirar dinheiro para o lixo, e que o mesmo se pode dizer em relação à África. Receio que a África ainda não descobriu o caminho do seu futuro. No caso de Angola está completamente abandonada devido à sua indefinição política e à fornalha da corrupção. E sem EE é como dizem os padrecos, “o fim está próximo.” Mas não, o fim está no fim. Destruir a economia, destruir o país, destruir a nação e depois pedir desculpas, não é possível, não dá. É como dizer a um militar armado que ele não sabe disparar, mas sabe matar. Destrói-se as vidas das modestas populações e depois pede-se desculpa. Assim como alguém matar alguém e depois pedir desculpa.
Denegrir é muito fácil, mostrar trabalho é muito difícil. Não surpreende que só incompetentes é que sabem trabalhar. Que sejam admitidos, só a militância conta, é só destruir, destruir. Governar é miséria fabricar. É conversa para o boi de Cabinda.
A Lwena tentou um kilapi na mana Filó, mas ela disse-lhe que quando foi no banco para levantar dinheiro, no seu saldo não tinha nada, roubaram-lhe o dinheiro no banco. Por isso pode-se guardar o dinheiro num livro, porque como ninguém lê lá fica bem seguro.
Rádio Ecclesia, 10/04/17, Revista da Manhã: provável delinquente é queimado, e ainda a fumegar, um cão já lhe está a decepar um braço.
Do noticiário da rua para o mano João Lourenço: “Ele tem qua andar a pé pelos bairros, pagar umas birras e uns pinchos. Doutra maneira não vejo como é que ele se vai safar”.
Neste império da fome, quantas mais igrejas, mais profetas da miséria e da fome, mais obscurantismo, mais corrupção, mais superstição, mais conflitos, mais mortes. Porque será que Deus elege ditaduras e amaldiçoa a oposição? Porque será? São milagres corriqueiros.
O que nenhum economista famoso descobriu: que a diversificação da economia faz-se com geradores, porque a EE é considerada obsoleta. Liga-se o gerador, pronto, o problema da diversificação da economia está resolvido. Só que não é possível nenhuma economia desenvolver-se tendo como EE o gerador, mas em Angola é. Angola, o único país do mundo onde o impossível é possível. Sim! Angola e África serão eternamente colonizadas? Da maneira que as coisas involuem parece bem que sim.
E quem não é do M é contra ele. Acredito que o M daria muito bem para um episódio da famosa série, The X Files. É que ficava mesmo de se lhe tirar o chapéu.
O problema não é o dia de hoje, o grande problema é o dia de amanhã. Afinal a barragem de Lauca não é para produzir EE, é para a raptar, para ficarmos primitivos.
Depois do fiasco da independência, Angola regressa às origens das trevas. O que fazer sem EE? Nada! É ver impávido e sereno o arrasar de um país que já foi uma potência africana. E querem-nos convencer que sem EE o PIB cresce, isto é demais. E ainda por cima chamam-nos de burros e carneiros.
Do correspondente da Rádio Despertar em Benguela: “o pastor da igreja nova ordem diz às crentes que se quiserem milagres têm que ter relações sexuais com ele. E quem quiser sair dessa igreja só sai morto. Uma crente confessou que para punição de um pecado levou surra na vagina.”

Até o ar que respiramos já nos roubaram porque com o uso indiscriminado dos geradores o fumo é demais. É só morte que nos comtempla.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA SEM ENERGIA ELÉCTRICA



Ano da diversificação da economia da corrupção.

República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos

De Março até 13 de Abril de 2017 já lá vão 250 horas de cortes no fornecimento de energia eléctrica. A desumana governação não se impressiona, creio que não tem noção do que isso é. Já há vários dias que abandonei o meu frigorífico pois não tem nenhum préstimo. Sem energia eléctrica e com o calor que faz não se podem comprar frescos pois não há onde os conservar. Entretanto os minimercados estão às moscas. Empresas domésticas eram uma vez. No fundo isto é um acto criminoso, mas como isto é Africa, é o deixa andar como se não existisse país. As únicas duas coisas que funcionam, MISÉRIA E FOME.
E o maquinista da obsoleta e desgraçada locomotiva leva a população à procura de folhas das árvores e sementes para comerem. A fome vencerá.
“O ritmo do dia-M era mantido nas cidades subterrâneas de Minerva pelo simples obscurecimento da iluminação das ruas e avenidas e outros lugares públicos das Cinco Cidades. A maioria dos minervanos observava as convenções de noite e dia por razões óbvias, e práticas. Mas, independentemente da necessidade de trabalho por turnos, ou do sistema de vigilância dos geradores atómicos, das centrais de reciclagem, das centrais hidropónicas, do vasto sistema de ar-condicionado e outras unidades de apoio de vida que tinham de ser operados continuamente, havia alguns minervanos que preferiam inverter o condicionamento natural e viviam de noite. Eram na maior parte poetas, artistas, descontentes sociais – como Idris descobriu. Na Terra, em determinada altura, chamar-lhes-iam marginais”. (O Décimo Planeta, de, Edmund Cooper, 1973. In Colecção Argonauta 28.) 
Do dicionário Houaiss: Psicopatia, distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência.
Não resisti quando vi uma caixa de fósforos fabricada em Moçambique, e perguntei-me porque não se vê fósforos fabricados em Angola? E copei para aqui o que estava escrito na caixa de fósforos do Índico: 40 Fósforos. PALA PALA. (Com imagem de uma palanca.) Fosforeira de Moçambique Lda. Parcela 201, Matola.
Novo Jornal 11/04/2017 O jornalista Carlos Alberto, da rádio Luanda Antena Comercial (LAC), acusa o director de informação da emissora, José Rodrigues, de o ter despedido sem justa causa, como retaliação pelo facto de se ter recusado a "censurar" matérias e a cumprir orientações partidárias: "Tinha de falar bem do MPLA".
O BD-Bloco Democrático, é um partido pequeno, mas creio que é o único partido sério e honesto que existe em Angola, isso faz dele um partido muito Grande.
“É lógico que os partidos da oposição credível sabem que, serão prejudicados pela actuação fraudulenta do partido da situação, se unam nessa batalha com todas as suas forças para evitar que as eleições se transformem num espetáculo ridículo, promotor de pseudodemocracia. Os sinais devem ser dados desde já e em associação com todos os cidadãos que já perceberam que as eleições são o momento da sua soberania e os partidos políticos, seus meros intermediários. Dizer que as eleições estão ganhas pelo partido da situação por fraude é atirar a toalha ao tapete”.
(Filomeno Vieira Lopes. Membro da Comissão Política do Bloco Democrático e Coordenador do Gabinete Eleitoral)
E o sonho/pesadelo que tive, que ia a acompanhar um doente com destino ao hospital Américo Boavida: A entrada está ladeada de capim e o solo está abandonado, como se há muito tempo não fosse cuidado. Tem as vigas e pilares mais nada. Viramos à direita e entramos num pátio nas mesmas condições. O estado de abandono manifesta-se. Quando o doente sai da ambulância de uma maca em perfeitas condições, é deitado noutra que parece retirada do lixo. Tem alguns buracos remendados e outros com ferrugem. A degradação do ambiente parece um filme daqueles de um hospital do terror, onde os doentes entram e saem de lá mortos, nenhum escapa. Claro que fiquei confuso por ter um sonho/pesadelo assim.
Mas não é tudo porque também tive outro sonho/pesadelo com a ENDE, a tal empresa nacional de destruição de eletricidade. Sonhei que a albufeira da barragem de Lauca encheu, encheu até transbordar, tudo alagar. Os trabalhadores morreram afogados, mas os fantasmas ou os espíritos deles continuam a trabalhar, isto é, ligam e desligam os circuitos de abastecimento, é por isso que estamos constantemente com cortes anárquicos a qualquer hora do dia e da noite.
O multicaixa do banco Millennium-Atlântico na zona da sede da Angop em Luanda esteve mais de uma semana sem dinheiro, alegando que estava sem sistema. Mas em vários multicaixas também não havia dinheiro. Quando não há dinheiro aparece o esquema do sem sistema. Alguém comentou que o governador do BNA ordenou a redução da massa monetária em circulação para fazer baixar o câmbio das divisas nas ruas. Pessoalmente creio que é uma invenção porque a verdade é que não há dinheiro. Há-o sim senhor mas sempre nas mãos dos mesmos.
O actual M conduz Angola para o famigerado beco sem saída, para o também famigerado conflito que espero não seja de grandes proporções. A verdade é que o M ao abandonar a população e com o envolvimento dúbio da Igreja e das igrejas, uma espécie do reviver Ruanda muito parece inevitável porque a Igreja e as igrejas intrometem-se demasiado nas eleições e isso nunca acaba bem, tem acabado sempre muito mal.
Entreguei o meu curriculum vitae (CV) a uma vizinha que me garantiu que sabia de alguns colégios que estavam aflitíssimos com a sua contabilidade. No texto mencionei a minha actividade profissional por ordem cronológica. Mas o marido dela viu-o, leu-o e disse-lhe para ela que, “ não é assim que se escreve um CV, vou-lhe ensinar como se escreve.” Mais um de um comité de especialidade do M, pensei. Estava para lhe escrever a resposta mas escusei-me, pois não devemos escutar gente idiota e temos que fingir que não os vemos. Mas quando dois dias depois me encontrei com a sua esposa narrei-lhe o acontecido com um amigo meu no tempo, salvo erro, do general Venâncio Deslandes, governador-geral de Angola. O meu amigo estava indicado para chefe de gabinete do general, mas a perfídia rondava-o no grupo dos que queriam apanhar-lhe o lugar a qualquer custo, não se importando com o fabrico traiçoeiro de injúrias que faziam chegar ao general tais como, “ele não tem habilitações literárias suficientes, ele é incompetente, não sabe trabalhar, não sabe escrever um CV.” Então, o general cansado de os ouvir chamou-os ao seu gabinete e começou por perguntar-lhes: “ Esse homem tem habilitações literárias suficientes para o cargo ou não?” E eles responderam, “Tem sim meu general.” E o general continua, “ ele é competente e sabe trabalhar?” Ao que eles responderam, “sim, meu general, ele é competente e sabe trabalhar.” Então o general dá-lhes o pontapé de despedida, “então nomeiem-me esse homem, porque o que eu preciso é de homens competentes, que trabalhem e que saibam trabalhar!” Creio que é de homens assim que faltam em Angola. Talvez um dia eles apareçam.
Não há crise económica devido à baixa do preço do petróleo, o que há é crise da corrupção, pois onde ela existe em força não é possível falar de economia. A governação não conseguiu adaptar-se aos tempos modernos. Refugiando-se no marxismo-leninismo e corrompendo a Igreja e as igrejas afastando-se da população, coisa que alguém inventou pois isso há dezenas de anos que não existe, ou finge-se que existe. Mas há duas coisas que provam a sua existência, a miséria e a fome. Os portões do castelo da governação tombarão pela força das circunstâncias.
Sim, a miséria e a fome são os alimentos das almas.




quarta-feira, 12 de abril de 2017

MISÉRIA, FOME, ESCRAVIDÃO, MORTE




Ainda não saquearam tudo?!

Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos, Angola só tem reservas líquidas para 13 dias de importação.

República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos

Há como que uma grande preocupação, por quem de direito, como sói dizer-se, pela construção de muitos cemitérios, ou até por valas-comuns, para enfrentar a miséria, fome, escravidão, morte. Começa a fortalecer-se na minha cabeça a teoria que há uma tremenda conjura para destruir Angola e os angolanos para que depois se proceda calmamente à sua rapina, sem ninguém para chatear.
“Um dos aspectos pertinentes sobre o debate relativo à fraude eleitoral está relacionado com a transparência das Bases de Dados do Registo Eleitoral. Como se sabe esta base serve para permitir identificar quem pode candidatar-se às eleições, quem pode apoiar as eleições bem como certifica os partidos políticos para concorrer junto do Tribunal Constitucional. Serve, igualmente, para aferir se os votos depositados correspondem à estatística nela inserida.” (In Filomeno Vieira Lopes. Coordenador do Gabinete Eleitoral do Bloco Democrático – BD)
Pede-se a comparticipação da população nos projectos do governo. Isto é mesmo teatro do absurdo porque se as populações não conseguem enfrentar a miséria e a fome, é claro que é impossível comparticiparem. Enfim, enfim.
Até agora, segundo a imprensa internacional, já fugiram de Angola trinta biliões de dólares. Perante tal razia como é possível investir em Angola? Não! Não é possível. Quer dizer, Angola é mesmo uma república de abutres.
Conversa escutada no multicaixa aqui da buala: “A senhora de quarenta e cinco anos adoptou uma criança do sexo masculino, não se sabe a idade, para pedir esmola. Há poucos anos essa senhora levava vida, pode-se dizer, de abastada. Até motorista particular tinha.”
Disseram-me que há aí uma vizinha que mora num apartamento de um prédio onde de lá vem um fortíssimo cheiro a podre que se espalha por todo o prédio. Um ou outro vizinho apanharam-na de porta aberta e perguntaram-lhe como é: ela fechou a porta e refugiou-se dentro de casa. O cheiro vem do lixo que ela acumula em casa porque tem vergonha de o transportar para o contentor do lixo na rua.
O M não está muito preocupado com a caça ao voto dos eleitores, estes até são desprezados e ameaçados porque sabe de antemão que as eleições estão ganhas, ou ainda pior, há muito tempo que estão ganhas.
Vamos melhorar a corrupção. Os corruptos são unidos. Destruir é um dever revolucionário. Sob o lema, vamos destruir Angola e os angolanos, este lema já está cumprido na íntegra, a cem por cento.
No programa revista da manhã, da Rádio Ecclesia do dia 31 de Março de 2017, a Esmeralda Chiaka, que com o Válter Cristóvão fazem a locução, disse que lá na sua casa, o ar-condicionado foi-se, era uma vez, e pelo que percebi também ficou sem arca congeladora. De qualquer modo com essa energia eléctrica não dá para conservar nada. Ao que o Válter corroborou dizendo que ele também está nas mesmas condições – (estamos todos digo eu, quando é que esta revolução acaba? Ainda não é chegado o tempo de acabar com ela?) – e que só dá para o arroz, sal e óleo.
A mana Mónica disse que esteve num óbito e que pouco antes de falecer o defunto cagou cacos de vidro e escamas de peixe. Nasceu logo grande agitação e que haverá confusão porque isso é sem dúvida alguma obra de feitiçaria. 
Os que nos governam gozam do conforto dos equipamentos, das comidas e das bebidas, etc, tudo ou quase fabricado pelos brancos, e o povo leva vida de muangolé, isto é, vida de escravo na mais incrível miséria.
Ainda o programa revista da manhã da Rádio Ecclesia: os fiscais queriam roubar um gerador, pasme-se, em funcionamento, aí num dos bairros de Luanda. Quando os moradores se aperceberam, atiraram-lhes com chuva de pedras. Mas eles voltaram à carga e novamente os moradores, que receberam reforços da vizinhança, bombardearam os fiscais com redobrada chuva de pedras. Os fiscais desistiram da refrega.
Diversificação da economia sem energia eléctrica só tem um nome, vandalismo., ou diversificação da destruição da economia.
Notícia da rua diz que há contrabando de moedas de cinquenta e cem kwanzas para a RDC. Depois de serem derretidas fazem-se brincos para venda.
Mas esse caos continuo da energia eléctrica não é prova de incompetência? Privar assim a população conduzindo-a para a ruina total e completa? Isto é liquidar definitivamente a vida das pessoas. Eles estão certos porque já não há pessoas, só há moscas e mosquitos. E a paupérrima oposição não tuge nem muge. Destruir a energia eléctrica é destruir tudo, porque governar é destruir. Governo de mentir/ só sabe destruir/ há que o aluir/ isso não se pode consentir. E no mês de Março de 2017, arrasaram bem as nossas vidas porque foram no total, aqui na buala, 133, cento e três horas sem energia ou luz, como popularmente se diz.
Considero isto muito lamentável, o facto de a oposição “apenas” se preocupar com os votos dos eleitores, está no seu direito, mas lutar contra a miséria e a fome não faz absolutamente nada. Quer dizer, cidadãos só servem para votar e mais nada. Creio que isto não é seriedade.
Angola pode-se dividir em dois emes, a saber: um M minoria dos abastados onde tudo é canalizado para o poder: Como disse um soba na Cáala, na província do Huambo, sul de Angola, que as palavras dos discursos dos nossos governantes são ditadas por Deus. Referia-se ao discurso do ministro da defesa e candidato à presidência da república, João Lourenço. O outro M é o da miséria generalizada, de população escravizada.
Quem passa a vida, o tempo, a pensar em Deus e à sua espera em vão, decerto pela fome acabará. É isto o imperialismo religioso.
“ As baratas são conhecidas por se limparem depois de tocadas por humanos.” “Quem manda no mundo não é o país com os melhores soldados, mas sim o que tem os melhores cientistas.” (The X Files.)
E continua-se com a política do, quanto mais burros melhor.
“Com os níveis actuais de corrupção e de burocracia não vale a pena tentar em pensar em diversificar a economia.” (Economista, Alves da Rocha.)
E um dos motivos da greve dos funcionários administrativos da PGR- Procuradoria-Geral da República é o de funcionários agora licenciados em direito ainda estarem com a categoria profissional de empregados de limpeza, ou como escriturários-dactilógrafos.
Mamos e manas preparem-se para o circo de horrores que aí vem: a mãe que dorme ao relento com um bebé de poucas semanas e outros filhos, e ninguém se preocupa com isso, e quando chove, meu Deus que me dá vontade de chorar. Em especial o governo inexistente que exorbita dinheiro. É este destino que comanda Angola, África do museu dos horrores. E a senhora que saiu para comprar negócio nunca mais apareceu. Procuraram, procuraram e nada.
Nesta república tudo está a estrebuchar. De um muangolé: “Não temos luz, não temos água, não temos nada, só morte.”
Há aqueles sacerdotes que usam e abusam do santo nome de Deus, porque assim torna-se muito fácil enganar o próximo. É como levar um rebanho de pobres ovelhas para a prisão, convencendo-as que vão para o paraíso.   
Governo da morte e para a morte/ com material bélico de grande porte/ já está de despedida/ mas antes vai dar-nos cabo da vida.
Amigo leitor, até à próxima semana. Abraço.



sábado, 8 de abril de 2017

RUMO AO DESENVOLVIMENTO, ANGOLA APOSTA NA IDADE DA PEDRA



Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos, Angola só tem reservas líquidas para 20 dias de importação.

República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos

Há intensão deliberada de destruir Angola? Pela mórbida paisagem como uma grande floresta devastada pela queda de um meteoro, os indicadores da desolação apostam que sim.
Na Idade da Pedra à espera das eleições.  
Agora todos os horrores são possíveis e imagináveis: diz-me como me defraudas dir-te-ei quem és. Isto está um enxame de vigaristas como nunca visto.
“Que a morte, como a própria vida, é um drama que tem um começo, meio e fim.” (In The X Files)
Na determinada corrupção de rumar Angola para a Idade da Pedra, quem é que lhe vai ligar? Claro que os investidores e outros estrangeiros vão abandonar Angola das tangas, arcos e flechas. Quem é que vai investir numa cidade, num país de geradores, quem? Ninguém! Onde a matumbice impera, nada se espera. Com uma elevada taxa de analfabetismo – mais um recorde mundial? – Angola é dirigida por um abismo. Da classe política nada há a esperar, a não ser miar, cacarejar e estrebuchar. Angola está moribunda, arrasta-se e arrasta tudo e todos para as catacumbas do abismo.
Que se espera de irresponsáveis e do elevado grau de analfabetismo? Absolutamente nada! Onde a Bíblia é ultrapassada pela feitiçaria, claro que os sacerdotes são bruxos disfarçados de religiosos.
Viva a destruição de Angola! Viva!
E quem não for militante leva vida errante. Em Angola todos os caminhos levam ao abismo. Luanda é a capital mundial dos abismos. Não faltam armas e munições para os canhões. Diversificar a economia é diversificar a miséria e a fome. Olhar só na direcção da destruição não tem solução. Para quê continuar ainda com a propaganda comunista, para quê?! Por vontade própria, claro. E no rio do analfabetismo flui aos borbotões o cabritismo. O conflito armado aumentou a pobreza de forma assustadora, e também os ricos e a corrupção aumentaram de forma assustadora. Dar créditos massivos a pequenos e microempresários para uso exclusivo de militantes, é propaganda eleitoral com mais dinheiro atirado para a lixeira de Luanda.
A mana Mónica disse que mais um bruxo caiu algures numa outra casa em Luanda porque o combustível acabou. Disse mais, que as igrejas estão cheias de bruxos disfarçados de obreiros e para termos muito cuidado com eles pois que isto está infestado de bruxos.
Os muangolés retrocederam quinhentos anos e parece que aguardam ansiosos pela chegada de outro Diogo Cão. Por aqui a grande aposta para acabar com a pobreza é a fome. Sem energia eléctrica e água a pobreza acaba.
O governo aposta na construção de muitas prisões para prender o exército de bandidos que não para de aumentar. O governo entende que é assim que se resolve o grave problema da delinquência que agora quem é assaltado, se sobreviver dará graças a Deus. Mas o governo não vê, não quer ver, que a origem disto é a corrupção, o desemprego e o actual caos económico e social. Quando a pobreza aumenta, a isso chama-se morte pela fome.
26 de Março de 2017, na entrada da Pomobel na rua rei Katyavala em Luanda, uma senhora que aparenta quarenta anos de idade está desmaiada no chão devido à fome. Os assistentes concordaram em chamar a Polícia, ninguém quer lhe dar nada para comer por receio da Polícia, porque faz muitas perguntas e lembram o exemplo dos atropelamentos. Quantos mais desmaios acontecerão neste campo de concentração. População esfomeada é população desmaiada.
A Lwena encontrou-se com a sua amiga Juliana na entrada do prédio, e a Juliana perguntou-lhe se fez o almoço, ela respondeu que não porque há muito tempo que nós em casa não sabemos o que isso é.
Por aqui a miséria e a fome galopam, galopam e ninguém lhes consegue segurar as rédeas. Há quarenta e dois anos à espera que na próxima construção de uma barragem a energia eléctrica seja restabelecida. Quantas mais barragens serão necessárias para que tenhamos energia eléctrica? Muitas! Muitas! Nunca teremos energia eléctrica, teremos isso sim, muita miséria e fome. E como Angola é a grande pioneira das grandes descobertas, acaba de descobrir mais uma: desta vez é a diversificação da economia sem energia eléctrica.
Mas é isso mesmo, matando a população à fome acaba-se com a pobreza. Estão a ver como o M é genial. Votem na falta de energia eléctrica, na falta de água, no desemprego e na corrupção. Nas províncias do Bié e de Benguela, creio que serão mais, aqui em Luanda também o gasóleo está difícil por causa do consumo dos geradores, uma vez que a energia eléctrica está sempre a dizer adeus, mas porque é que se metem nestas coisas de governar?, enfim, é a África na sua plenitude, até parece que o povo angolano fica muito feliz por ver que nada funciona. Não gosta que as coisas andem bem, tem que andar tudo mal, ao contrário, pois, como dizia, dos combustíveis só resta o sonho. Estes substitutos dos colonizadores são péssimos.
E acabo de declarar a mim mesmo que desisto, abandono os partidos políticos, não dá. Chega-se ao ponto de uma pessoa não saber o que esta gente anda aqui a fazer. Uma tremendíssima desilusão que arrasta Angola para a boia sem salvação. Mais multidões de esfomeados se preparam para receber em apoteose o PAM-Programa Alimentar Mundial.  
De um taxista na Rádio Despertar referindo-se ao comício em Viana, no zango 3, arredores de Luanda, tendo como orador João Lourenço, candidato do Mpla às eleições presidenciais, que “o Mpla com tanto dinheiro não paga aos taxistas que transportaram os militantes para o comício, mas a Unita com pouco dinheiro quando aluga paga na hora”. 
Dois transeuntes param para se despedirem, mas um deles alerta que, “É pá, os portugueses estão a bazar em força.” O outro acrescenta que, “é verdade porque…olha, no calçadão da Marginal na baixa de Luanda já não se ouve falar português, só francês.” E o outro despede-se finalmente lembrando o tempo logo após a independência, “Angola vai ficar outra vez com charlatães, aventureiros e comunistas.”   
“Achei um livro infantil de lendas nórdicas. Pelo que entendi, as gravuras mostram o fim do mundo. Não como ensina a Bíblia, numa súbita tempestade do fogo da maldição, mas lentamente coberto por uma manta de neve. Primeiro a lua e as estrelas se perderão numa neblina densa e branca. Depois os rios e os lagos se congelarão. E finalmente, um lobo solitário chamado Skoll abrirá a boca e comerá o sol, levando o mundo a uma noite eterna. Acho que ouço o lobo à porta.” (In agente Scully. The X Files.)  
Viva a destruição total e completa de Angola! Viva! Viva a miséria e a fome! Viva! Viva a diversificação da economia sem exportações! Viva! Viva o desastre económico! Viva! Viva a corrupção! Viva! Viva a fraude! Viva! Viva a inepta oposição! Viva! Viva! Viva! 
Deus é tão perfeito na sua obra, mas não mostra compaixão pela barbárie, sofrimento, tortura e assassinato de milhões de crianças.
Pelo rumo animal, bestial, que Angola segue, acabará inevitavelmente por paralisar totalmente.
Governador de Benguela, Isaac dos Anjos, promete que se o Mpla ganhar as eleições vai construir mais cemitérios.
Na Rádio Ecclesia: padre criticou numa homilia o registo eleitoral e foi chamado a depor no comité de acção do Mpla.



terça-feira, 4 de abril de 2017

IR A PIQUE



República das torturas, das milícias e das demolições
Diário da cidade dos leilões de escravos

Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos, Angola só tem reservas líquidas para 27 dias de importação.

Nunca é demais lembrar o poeta António Aleixo, que para aqui nos serve muito bem: “Coitado do mentiroso/ mente uma vez mente sempre/ ainda que fale verdade/ todos dizem que mente.”
Continua tudo na mesma, não! Pior! Muito pior! Cada país com o seu ditador e cada igreja com o seu satanás. A taxa do lixo financia a lixeira da corrupção. Como se fosse possível o mesmo grupo que nos pôs a pique, que continua a ir a pique é que nos vai salvar da catástrofe? Nunca! Jamais! Até porque o Doutor Alves da Rocha acaba de noticiar que as reservas de Angola são insuficientes para diversificar a economia, e que antes disse que, (vale sempre a pena lembrar) “sem exportações não há diversificação da economia.” Então isto é ou não é ir a pique? Claro, com toda a certeza que o é.
E sem energia eléctrica que obriga ao uso massivo de geradores, a curto prazo Luanda será a cidade mais poluída do mundo. Realmente a pior coisa que nos pode acontecer, é cairmos na emboscada de um governo escravocrata que nos põe de joelhos na condição de escravos. Repito que a pior coisa que nos pode acontecer é ficarmos sem energia elétrica. As cada vez mais constantes falhas de energia eléctrica são a nossa desgraça. Isto vai mesmo se despedaçar, mas é mais um motivo de enriquecimento para os que vendem geradores, senão vejamos o que William Tonet escreveu a respeito no Folha 8, “A escuridão propositada é pois o grande cartão postal, da máfia dos geradores, que relegam para segundo plano um dos maiores potenciais hidrográficos do mundo, cujas barragens, corruptamente avaliadas, desconseguem cumprir o objecto de bilionárias empreitadas. Os angolanos, a maioria, sem energia eléctrica, estão, também, carentes de energia reivindicativa, anestesiados por uma campanha de propaganda que, prometendo tudo e nada, lhes oferece as baionetas, como medida de coacção. Daí não haver acções de contestação, capazes de alterar o actual quadro dantesco.”
Porque vivem no mundo da lua, deixem-nos em paz o mais urgente possível. E fiquem calados porque já sabemos que o que falam é mentira. Da maneira que isto está, a autodestruição é irreversível. Quando os vigaristas falam quem os escuta? Miseráveis e famintos de certeza absoluta que não os escutam. E como fica tudo em família, custa a acreditar como é que um povo se deixa acabar, prensar. Pois, talvez que um dia nasça um chefe para liderar a oposição. Mas quando isso acontecer não haverá povo, apenas pegadas ao acaso deixadas. É sempre a mesma coisa: meia dúzia de grandes revolucionários dos cofres subjugam um povo, e por incrível que pareça, sente prazer em se deixar subjugar. Como diz o outro, “ Haja paciência”! Assim se destrói um país, nas calmas.
Os que mais amamos são os que mais nos traem.
E as igrejas ao serviço do M deitam por terra todas as nossas aspirações, porque fazem lembrar um amontoado de baratas num buraco junto a uma fossa de um prédio à espera de alguma coisa para sorrateiramente invadirem um saco de alguém que o poisou para conversar. Mas o que é que as igrejas têm a ver com as eleições? Ah sim! Legalizaram-se como partidos políticos. Metaforicamente significa dizer que há mais igrejas que eleitores. Toda a seita religiosa e falsas igrejas são bem-vindas porque glorificam o santo nome do M, que também, dá essa impressão, se proclamou como igreja. Assim os eleitores não votarão num partido político, mas como crentes da sua igreja. E como tal podem e devem continuar com a sua política desastrosa de destruir a economia que sempre existiu como irreal, isto é, a economia dos cacos. Uma economia de militantes e só para militantes. Este povo parece não se aperceber do que está, do que lhe vai acontecer, do todos a pedirem esmola. Muito contentes, as igrejas esfregam as mãos porque onde há muita incerteza, miséria e fome, os crentes ajoelham-se em penitência. E confessam que todas as desgraças que assolam Angola devem-se aos pecados que cometeram.
Creio que no fundo somos todos mercenários porque procuramos a todo o custo trabalho que nos permita ganhar dinheiro. E não vale a pena pensar Angola porque ela já não existe. Está reduzida a uma chusma de pobres coitados.
O debate começou sobre a origem de quem fez o mar. Um crente de uma igreja respondeu sem hesitar que quem fez o mar foi Deus. Um alcoólico sem pestanejar opinou que quem fez o mar foi muita bebida que despejaram num grande buraco e assim nasceu o mar. Um crente de uma seita religiosa falou que foi durante o dilúvio que encheu a terra de água e assim se criou o mar. Um visionário não tem dúvidas que foram extraterrestres cujas naves espaciais caíram na Terra e ao se desintegrarem originaram muitas crateras que mais tarde sob a acção das chuvas fizeram o mar.
Do dicionário Houaiss: Cavalo sem cabeça, animal fantástico em que se transformariam, depois da morte, os maus fazendeiros e os padres lascivos.
Por aqui a miséria e a fome galopam, galopam, e ninguém lhes puxa as rédeas para pararem.
A mana Mónica disse que viu um bruxo cair em cima de uma casa porque a gasolina do seu reservatório acabou. Quando foram ver o corpo já estatelado no chão ficaram espantados porque esse bruxo era obreiro na igreja metodista. Os crentes desta igreja ficaram muito revoltados por saberem que afinal ele era bruxo, e que isso deixa muito mal a igreja, fica mal vista, perde valor, faz da igreja metodista quase uma coisa sem valor. A mana Mónica também disse que a igreja adventista do sétimo dia tem uma grande bruxa.
O Senhor só acaba com os fracos, indefesos e inocente, e nos fortes, maldosos e poderosos dá-lhes forças e poder.
De um jovem frustrado: “Se oiço a Rádio Despertar, a Rádio Ecclesia, se leio o jornal Folha 8, se critico o abastecimento de fingir do governo também de fingir, da água e da energia eléctrica, pronto, sou da oposição.”
Reflexões de uma jovem de vinte e poucos anos: “Compreende que viver é ser livre, que ter um namorado é necessário, e que lutar para ele é manter-se viva. Aprende que o tempo cura a mágoa. Passa a decepção, não mata. O hoje é reflexo do ontem. Que a verdadeira namorada permanece, que dura e permanece, a dor fortalece. Aprende que sonhar não é fantasiar. Que a beleza não está no que vemos e sim no que sentimos, que o segredo da vida é viver.”
E aqueles que se levantam às quatro horas da manhã para irem trabalhar, e que assim irremediavelmente encurtam as suas vidas, pois não deixam que o corpo se recupere convenientemente, pois dormir é muito importante, e quem não dorme um sono reparador despede-se prematuramente da vida. Isto chama-se atroz escravidão moderna, atroz ditadura. E quem mais sofre com isto são as crianças que de tenra idade sentem a falta dos pais, sentem-se, veem-se abandonadas. Onde há governo de fingir a população vive abandonada, ao deus-dará.
Mas, pelo andar destrambelhado da carroça, será que vai haver mesmo eleições? Haverá? Não haverá?
João Lourenço em Moçambique: “Os bandidos querem fazer em Angola o que fizeram em Moçambique.” E Domingos da Cruz na Rádio Ecclesia: “Não vou votar, nunca votei porque nunca houve eleições, houve simulacro eleitoral. Não me registei porque já sei que o meu voto vai para outro partido.”



sábado, 1 de abril de 2017

O ESTOURO DA BOIADA OU O MPLA CONTRA O MPLA



O ESTOURO DA BOIADA OU O MPLA CONTRA O MPLA

República das torturas, das milícias e das demolições

Diário da cidade dos leilões de escravos

Ano 2 A.A.A. Após o Apocalipse dos Angolanos, Angola só tem reservas líquidas para 34 dias de importação.

Quem é burro é escravo! Eis o grande circo muangolé! No táxi dois cidadãos falam de bandeiras, um olha para uma bandeira desfraldada pendente de um edifício e disparata: “Essa bandeira tem que ser queimada.” O outro: “ Essa bandeira é a da República.” E o primeiro: “Oh! Pensei que essa era a bandeira do Mpla!”
Do Francisco do Chourição: “As pessoas estão a ficar sem dinheiro porque não têm onde conservar as coisas para vender, porque a energia eléctrica está sempre a faltar e as arcas frigoríficas não conseguem trabalhar.”
Entretanto, na Nigéria, o Boko-Haran, obriga uma mulher-bomba a explodir-se com o seu filho às costas. Uma outra mulher-bomba grávida também se faz explodir.
Fica aqui o aviso: quem for aos comícios da Unita, ao regressar para casa encontra o administrador que ordena que lhes cortem a água e a energia elétrica e outras sanções da Constituição em vigor. Este M mais parece um partido fundamentalista.
Com isso da energia eléctrica estão a pôr isto de rastos, e o mais tragicómico é que ainda pedem desculpas por isso. Não há é mais pachorra que os ature. Mas se com cortes desmesurados que arrasam o pouquíssimo que resta da economia – que diga-se em abono da verdade, receio que já não saiba o que isso é – como é possível pedir desculpas? Isso mais parece métodos estalinistas de governação. 
“Eis uma peça fundamental (a necessidade da auditoria sobre as bases de dados e dos programas informáticos) para a verdade eleitoral e para criar as condições de credibilidade do processo. Sem que isto se observe os partidos não devem cair na esparrela de entregar os seus processos ao Tribunal Constitucional. Sejamos verticais na defesa da dignidade do nosso povo e no bom nome de nossa pátria”. (Filomeno Vieira Lopes. Coordenador do Gabinete Eleitoral do Bloco Democrático – BD)
Isto parece saído de um episódio da série X Files: “Parece que desfaz em a casca de uma árvore chamada, nessas regiões, mbambu, talvez o Erythrophleum guineense. Este composto é mortífero. Também se pensa que extraem veneno das raízes fervidas do estrofanto, da seiva de certos cactos, do suco de algumas euforbiáceas e de bílis dos emidossaúrios. São prodigiosos tanto o conhecimento que os adivinhos e curandeiros guardam sobre os venenos tão variados, como a prática pericial consumada que adquiriram para dosificá-los. Conhecem com certeza diversos venenos pouco conhecidos fora do mundo especial dos toxicólogos competentes, e talvez tenham encontrado outros que a ciência nem sequer suspeita que existam. Entre os venenos, alguns produzem efeitos imediatos; outros ficam sem acção visível durante meses; outros ainda, causam sintomas idênticos a doenças bem conhecidas. Observe-se que há 570 plantas africanas conhecidas pela ciência ocidental como venenosas de um modo ou outro. Sem dúvida os curandeiros e adivinhos conhecem muitas mais”. (In Cultura Tradicional Bantu. Pe. Raul Ruiz de Asúa Altuna. Edições Paulinas)
Angola avante, revolução, pelo poder da corrupção.
Há que beber para esquecer, dizem, mas é mentira, faz parte do dia-a-dia, é a luz que a torpeza dos cérebros alumia.
E o filósofo vê o mundo como se fosse os ramos de uma árvore e logo-logo uma prostituta que o escuta com muita atenção, também mostra a sua árvore, “mas para quê complicar o que é tão fácil de explicar. Basta-me abrir as minhas pernas e rapidamente os problemas do mundo se resolvem.
E brevemente vai andar por aí um novo movimento espontâneo, o da fome. Também muito brevemente se decretará que os trabalhadores não mais terão direito a salário. Claro que povo burro não tem direitos, só tem deveres.
Aqui jaz um poder que se desfez, que nada fez. Isto por aqui já está a ferver. Mas pouco falta para o tal a ferro e fogo arder.
Aqui, tudo o que é de mais horrível acontece. A César o que é de César, a Deus o que é de Deus, aos corruptos o que é dos corruptos.
Sem os poetas petrolíferos esta nação jamais se engrandeceria. A solução final já está em execução noutro holocausto nazi e seus campos de concentração. O marasmo da oposição manieta a população, é a grande desilusão. O saque está total e completo, o Estado da miséria e da fome repleto. Muitas igrejas, muitos sacerdotes, muitos calotes. Este é o reino da miséria e da fome que nos consome. Onde a miséria e a fome se fortalecem, os valores morais e sociais emudecem. Nesta porcaria não é necessária sabedoria. Há quem deseje vê-los rastejar, pelo imenso mal que nos estão a causar.
O M afundou-se, afundou-se, tanto, tanto, que já ninguém lhe acredita. Porra! A propaganda do M na TPA parece uma fazenda, onde o capataz obriga os escravos a festejarem, a dançarem. Enquanto o capataz e seus amigos sentados em tronos, olham para os escravos e escravas que dançam, dançam, à espera que a oposição os liberte.
A elegia do tal pacato cidadão que já sabe o que lhe vai acontecer: “Vai vir aí uma grande fome, e esta gente não é capaz, não sabe fazer nada.” Num abrir e fechar de olhos recebo a informação de que foram feitos quatro assaltos. Agora é só assaltar e matar. A intolerância política já fortemente mata aqui, daqui e para ali. Onde já não há esperança, há desgraça em abundância. Com um povo analfabeto e sem liderança, não há esperança de mudança. Onde não se dá valor à sabedoria, não há democracia. De democratas hipócritas está o inferno cheio. Não duvidem porque é a pura verdade. Oh!, mas o que é que se vai fazer com um bando de azêmolas! 
O Senhor abandonou Angola e entregou-a aos demónios. O mais terrível que pode acontecer a um ser humano é ter o cérebro bloqueado pela religião e pela falsa propaganda política, logo prisioneiro da escravidão da corrupção. Sem liderança fica oposição da bonança. Há muitas maneiras de retaliar, basta pôr a cabeça a pensar. Pois, aqui reside o busílis da questão, sem cabeça nada vai resultar. Povo burro, oposição burra, poder burro.
A mana Mónica falou na Lwena que andam por aí maçónicos que quando apanham alguém com dinheiro lhe dizem que têm diamantes para vender bem baratos. As vítimas observam os diamantes e concluem que são verdadeiros. Chegado o momento do preço, não dá, é muito puxado, os compradores bazam. Mais tarde ao abrirem as carteiras verificam com espanto que estão vazias. Afinal aquilo dos diamantes é uma coisa que suga o dinheiro como um imã. A mana Mónica continua e afirma peremptória que “muitos carros que andam por aí são caixões.” E mais, “ pessoas que já morreram e que andam por aí, são espíritos.” Os seus olhos viram-se na direcção de Benguela, onde as benguelenses que vêm do Dombe, diz, são bruxas. Maridos que maltratam, surram as suas esposas, elas rezam para que eles morram, e eles estão mesmo a morrer.” Lwena… no Quicolo, arredores a Norte de Luanda, estavam a matar um boi, e ele falou que” toda a hora a me matarem!” Claro que o povo desencadeou uma fuga desordenada, como só ele sabe fazer.
Há por aí uns pobres coitados oposicionistas que pela sua actuação dúbia, prejudicam, vilipendiam a oposição porque apenas querem poder para satisfazer apetites pessoais. Há por aí cada opositor político que quando abre a boca, obrigam-me a implorar ao Altíssimo que nos livre deles.
Nascer e viver debaixo da corrupção é morrer à fome. A fome é negra. Para os corruptos, diversificar a economia é diversificar a corrupção. Para Alves da Rocha, “diversificar a economia é diversificar as exportações.”
Aqui não vale a pena pensar em planos porque eles não se vão concretizar, vão falhar. O mais infausto acontecimento é o funcionamento da energia eléctrica que tudo deita abaixo, e os nossos anseios caem por terra. É a república do tudo em vão. Entregar Angola no feitiço, vai ser porreiro vai. Angola é uma república de feiticeiros, pois não se ouve falar de outra coisa. Como é que vou viver, safar-me com aventureiros políticos que me querem fazer crer que são da oposição. De um lado e do outro são só aldrabões. Rodeados por estafermos políticos, aqui sé se procura oferecer o mal às pessoas. Eu confio na oposição, desconfio é dos opositores, é com cada cafajeste. Quer dizer, sai uma ditadura entra outra. Há aí um ou outro opositor político que se faz de santinho, mas na realidade é um diabinho! Oposição e governação vão pôr isto em polvorosa. Oposição e governação são os construtores da miséria e da fome. Basta um escroque da oposição para a liquidar, para a atirar para o descrédito.
E é com os avultados desvios do erário público que se resolvem os problemas da população.