Tem um problema, uma
preocupação, necessita de uma ideia para prosseguir com o texto que está a
escrever, etc., mas não consegue, não sai nada, a sua cabeça está oca?, a
solução é bem simples: pegue numa vassoura e comece a varrer o chão, e verá a
catadupa de ideias que depois lhe surge.
Abrimos o nosso
noticiário de hoje com as felicitações da intolerância no Facebook recebidas
pela nossa colega Ana Margoso.
Ana Margoso
Os meus amigos do MPLA
vão me brindando assim com a "sua vitória". Essas são algumas das
mensagens que vou recebendo.
Dario Carvalho
ai agora sumiste
ja, nao apareces para ameacar, e ofendrem o MPLA, façam entao confusao e ja
verao o k e bom para tosse.
Mónica Lopes
AHAHAHAHAHAH...
DERROTADA SUA ESTUPIDA DE MERDA.
AGORA FICA NA TOCA A LAMBER OS PAUS DA UNITA E NÃO SAIAS DAÍ SUA RATAZANA DO ESGOTO
HIBERNA VACA...VAI PARA A JAMBA FAZER FUNGE PARA OS ARRUACEIROS DA UNITA, SÓ SAI DAQUI A QUATRO ANOS TA??? Perdeste.UUUUUÓÓÓÓ...hihihihihihihih.
..
VITÓRIAAAAA.. AHAHAHAHAH SUA MERDA DE GENTE
AGORA FICA NA TOCA A LAMBER OS PAUS DA UNITA E NÃO SAIAS DAÍ SUA RATAZANA DO ESGOTO
HIBERNA VACA...VAI PARA A JAMBA FAZER FUNGE PARA OS ARRUACEIROS DA UNITA, SÓ SAI DAQUI A QUATRO ANOS TA??? Perdeste.UUUUUÓÓÓÓ...hihihihihihihih.
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VITÓRIAAAAA.. AHAHAHAHAH SUA MERDA DE GENTE
A pior das corrupções
não é aquela que desafia as leis; mas a que se corrompe a ela própria. Louis Bonald (1754-1840)
Quando um povo
perde a noção do que é informação, está apto a ser dominado por qualquer um que
lhe prometa qualquer coisa, mesmo as habituais mentiras, porque nem isso sabe o
que significa. E Deus e as suas inúmeras igrejas dão-lhe uma excelente ajuda em
quem deve votar. Angola está de facto inundada de charlatães, como aqueles que
naquele tempo vendiam, e ainda vendem petróleo, e que garantiam que curava
tudo, incluindo a queda do cabelo.
Eis o prémio do
Minoritário, agora Varredor, aos antigos combatentes: Segundo a Rádio Ecclesia,
13 de Agosto, na cidade do Lubango, os antigos combatentes lutam nos caixotes
do lixo para sobreviverem.
Ditoso petróleo
este que tens a cor do abandono e da fome.
Por mais que
queiramos, jamais abandonaremos o navegar das recordações do tempo passado. No
fundo é isso que nos faz fortes e nos anima para lutarmos, o que é viver.
Povo abandonado é
povo revoltado.
As fotos são
documentos muito importantes que retratam a vida, a História de um povo. Se
andarmos aí pelas ruas a fotografar os derrames da miséria petrolífera sobre as
populações vem um zelador do glorioso Varredor no cumprimento do dever e
prende-nos neste tempo, porque a era da democracia ainda não chegou.
E um sacerdote da
maiuia teve uma ideia genial, divina, porque vinda de Deus. Só os sacerdotes à
toa têm contactos permanentes com Deus. Têm um telemóvel especial fabricado nas
nuvens do Céu e comunicam com Deus e Ele responde-lhes. Às vezes não, isto
sucede quando recorrem às nossas duas operadoras, quando as linhas de Deus
estão congestionadas, imaginem milhões de pessoas e Deus a atendê-las todas ao
mesmo tempo. E o nosso sacerdote expôs a Deus a sua ideia: «Meu Deus tive uma
grande ideia…» «Já sei, sabes que eu sei tudo, mas diz lá.» «Falei com o meu
Governo da terra e concordámos em fazer, melhor, construir de um poço de
petróleo uma catedral e nela jorrar petróleo dia e noite. Diremos que foi um
milagre, e claro, os povos vão acreditar, eles acreditam em tudo, também com o
ensino que lhes ministram.» «Sacerdote, acho uma divina ideia, é a melhor
maneira de se safarem, pois como sabes, isso da religião anda muito por baixo,
é só ateus declarados, e as receitas estão do piorio. Já ninguém acredita em
nós. Então em mim, é só fugir, como se eu fosse o demónio.» «Meu Deus… vamos
inventar uma outra religião, mas tudo dentro da filosofia cristã, o Petrolismo.
Já tenho o aval do Governo na condição de conseguirmos milhares, milhões de
militantes… perdão meu Deus, fiéis. São milhões de dólares meu Deus, colossal
fortuna, e como nós não trabalhamos, a única função que nos compete é
enganarmos as pessoas, é como se costuma dizer, cai do Céu.» «Avancem então com
isso. Só uma coisa me deixa estarrecido, Eu, Deus, nunca compreenderei o porquê
de me usarem a favor das ditaduras.»
Promiscuidade
política: no mês da propaganda eleitoral o Minoritário corta-nos a luz, e a
água parece ser só para feiticeiros políticos, é a concepção política da nossa
miséria. E o Minoritário ainda cinicamente promete que vamos voltar ao tempo do
bem-estar do homem novo, do qual nunca fomos abastecidos.
Ouvem-se,
aproximam-se perenes, ei-las, são elas as sirenes. Que no raiar de todos os
dias anunciam-nos como as trombetas do Apocalipse, o Inferno da nova nossa
vida. São também as trompetes solitárias das cidades fantasmas erguidas por
outros fantasmas.
Angola é um Estado
do Direito Metafísico porque está muito para além da metafísica. É que quem o
acusar de corrupção com provas irrefutáveis, o seu mandatário decreta que o
acusador passe a acusado, porque a corrupção e os seus defensores espontâneos,
os bajuladores, gozam do direito de que quaisquer acusações consideram-se como
crimes contra a segurança do Estado, logo torna-se intocável, isto é, tem o
direito de aniquilar quem se lhe opor.
E o povo angolano
de Cabinda ao Cunene, felicíssimo agradece os feitos, o fim da miséria, a
concretização do sonho de ter água, luz, habitação, casebres não, emprego, etc,
que os nossos revolucionários iluminados conseguiram com muito trabalho e muita
paz ao longo de quarenta anos. Viva o nosso Partido do Trabalho!
Este petróleo é
forte, faz alguns milionários e a desgraça de muitos milhões. Os chineses e
demais internacionalistas são a alavanca, a catapulta do nosso desenvolvimento.
Os estrangeiros a trabalhar e nós a descansar… no cangaço.
A questão
fundamental reside apenas em: quem é a favor da democracia e quem é contra ela.
E onde há democracia de milícias não há eleições, isto é, impor o voto sob a
violência das milícias, isso é fraude eleitoral anunciada.
E os objectivos do
milénio foram conseguidos. É só ver o cortejo dos beneficiados na recolha dos
prémios nos caixotes do lixo.
E em Luanda nasceu
um novo movimento cultural: o movimento cultural de vanguarda parte paredes e
serrar ferros.
Com tanta
intolerância e política que propõe violência, onde qualquer um prende, tortura,
mata, não pode haver paz, há desgraça, descontrolo. E tudo o que seja oposição
é para eliminar, é possível realizar eleições? E já estamos na República dos
Tumultos de Angola? Quais são os planos da oposição ao apoio declarado dos
países da “Santa Aliança” na escravidão do povo angolano? Em Angola, o poder, a
liberdade e a democracia ganham-se nas ruas e não nas urnas de votos?
E o chinês sempre a
serrar ferros, embrutece, empalidece esta incipiente democracia.
Ó Angola! Ó
inditosa Pátria que deixas os teus filhos sem petróleo, com nuvens de
corruptos, e enxames de populações a padecerem, à fome.
O péssimo
governante destrói o seu país, o seu governo, o seu povo, e claro, a si próprio
e à sua família.
Despeço-me com uma ode aos nossos poetas da vanguarda
petrolífera.
Poetas do acaso
deslumbrados pelo brilho da riqueza petrolífera. Poetas que vivem na opulência
das suas palavras vazias, mas cheias de dólares enquanto as populações
desdenham no deserto da fome. Poetas dos imensos cemitérios por eles
construídos nesta imensa Angola que de repente restou na pequenez de quem já há
muito está cego e não o sabe. Poetas das barras de ferro que nelas estrebucham,
e nelas tudo desaba, mas tentam a todo o custo continuarem nas maratonas sem
futuro. Entre poetas leninistas de meia-tijela e a democracia, esta triunfará.
Poetas que cantam, que louvam a morte dos punhais da selvajaria dos castelos
assombrados repletos de cadáveres que deambulam, e os inspiram. Poetas do
passado extinto mas que insistem revivê-lo. Poetas do ódio que como vampiros
deliciam-se no correr do sangue, e fazem-lhe poesias de contentamento. Poetas
no tempo final, sem esperança, a vida foge-lhes, presos nos curto-circuitos
neuronais. Poetas que desejam, que fazem guerra, convencidos de que é fácil
ganhá-la, mas não, uma estrondosa derrota vos espera.