sábado, 29 de setembro de 2012

AS CINCO MAGNÍFICAS (14) Contém cenas eventualmente chocantes




Estávamos muito excitados. Abraçamo-nos profundamente por entre carícias e beijos. Caímos na cama. Fizemos um delicioso sessenta e nove. Mudámos de posição. Abriu as pernas e caí em cima dela. Segurei-lhe nas nádegas para melhor a penetrar. De repente sai debaixo de mim e confessa:
- Não, isso não. Tenho medo de engravidar, faz-me na boca.
Arrastou o meu pénis e saboreou-o como se fosse uma guloseima. Tirou a língua para fora, e com gestos rápidos masturbou-me, sempre com a língua encostada na ponta do meu pénis. Não resisti muito tempo, Jandira protesta:
- Já? Tão pouco tempo, nem cheguei a ficar muito tesa.
Foi buscar uma gasosa, agora a conversa era outra:
- George, a partir de agora sou tua esposa. Vamos viver como marido e mulher. Sei muito bem quais são os deveres de uma esposa. Juntos seremos felizes. Peço-te que não digas a ninguém sobre a nossa relação, porque a minha família não vai gostar. Temos que ser discretos.
Pelos anos passados nunca lhe notei algo de anormal. Portanto já nos conhecíamos suficientemente bem. Esqueci os desaires e apostei completamente nela. Voltei a acreditar no amor. Gostava imenso da Jandira. Antes de sair mexe no seu cabelo, faz um gesto negativo com a cabeça. Beija-me nos lábios e sussurra:
- O meu cabelo não está em condições. Dá-me dinheiro para amanhã ir ao cabeleireiro.
George levanta-se, pega no seu copo, faz uma caminhada pela areia aí cerca de cem metros. Propositadamente faz com que os seus pés descalços sintam o prazer da areia molhada. Senta-se numa pedra. Bebe um pouco de conhaque, baixa a cabeça que apoia nas mãos. Está pensativo, algo perturbado. Não compreendendo a sua súbita mudança de humor, tento sondar o que se passa:
- George, creio que desta vez encontraste o amor puro e sincero.
Deu umas pequenas gargalhadas, pediu-me um cigarro. Acariciou o copo, rodando-o lentamente, parecendo que queria assim permanecer interminavelmente. Dentro de uma hora a claridade da manhã surgiria. Um novo dia seria aguardado. George desperta do seu transe:
- Assim parecia meu amigo. Jandira estava extraordinariamente amorosa. Acho que me lembrava uma gatinha encantadora. Assim que chegava, excitava-me e chupava-me deliciosamente. Dizia:
- Todos os dias tenho que tirar a tua esporra cá para fora, para que não sintas desejos por outra mulher.
Era muito possessiva e ciumenta. Para isso bastava outro homem estar em casa. Bastava eu falar com uma vizinha, e ela entrava num profundo nervosismo. Ao ponto de a convidar a sair. Lamentava-se:
- O que elas querem é roubar-me o marido. Nunca permitirei isso. Não gosto nada dos teus amigos. Esta casa é minha.
Chegou em casa a chorar, e claro, perguntei-lhe:
- O que é que se passa?
Não conseguia falar, porque os suspiros não deixavam. Esforçava-se por dizer alguma coisa, mas não conseguia. Abraçou-me profundamente. Peguei nela ao colo e sentei-me. Quase a embalei como um bebé. Ficou séria de repente. Deixei-a sentada e fui buscar uma pequena toalha para lhe limpar as lágrimas. Acalmou-se e contou-me o que se passava:
- Estou no final do curso de jornalismo e o director antes de me dar o diploma, convidou-me para um lanche. Não aceitei, porque o que ele quer é foder comigo.
Novamente retornou ao choro copioso. Por mais que tentasse não conseguia controlar-se. Transportei-a ao colo para a cama, aconcheguei-a o melhor possível e adormeceu. Assim quando despertasse decerto se sentiria melhor. Quando acordou surpreendia-a a arrumar-se olhando para o espelho. Disse que queria falar comigo. Dei o meu consentimento com um leve inclinar de cabeça:
- George, quero estudar. Não sou dessas que andam por aí, do tipo Maria vai com as outras. Sou muito evoluída. Sou uma mulher que sabe o que quer. Já sofri muito. Apenas pretendo um homem que me compreenda. Desejo conquistar um lar estável. Quero estudar, mas não me deixam.
- Acho que é a melhor coisa que podes fazer.
- Quero ir para a universidade.
- E o que é que pretendes estudar?
- Quero estudar direito, ser uma advogada.
- Achas que tens habilitações suficientes para isso?
- Claro que tenho.
- Então vamos a isso.
- Arranja-me o dinheiro.
- Está bem, se é para te formares tens todo o meu apoio incondicional. No futuro ficarei feliz com uma esposa advogada. Acho que isso será para nós muito útil.
Passou a andar sempre com uma prima. Eram muito amigas, assim parecia. A sua prima começou a frequentar assiduamente a minha casa. E dizia sempre que apenas pretendia telefonar. Telefonava para algumas províncias, e para alguns locais no estrangeiro. Demorava muito tempo. Nitidamente estava a aproveitar-se da relação que eu mantinha com a Jandira. Toda a gente da sua casa passou a fazer o mesmo. Significava que sabiam do nosso relacionamento. Aproveitavam-se da situação. Os custos das chamadas que pagava no fim do mês eram exorbitantes, incluindo as que a Jandira fazia. Afinal ela estava na sua casa.
A sua prima começou a revelar-se muito insinuante. Quando surgia, vestia uma leve camisola muito decotada, e uma mini-saia muito provocante. Sentava-se de modo que o tecido quase desaparecia nas suas pernas. Baixava-se e mostrava os seios nus. Mostrava as pernas demasiadamente abertas para que eu observasse o seu interior. O seu olhar era cheio de lascívia. Quando notava que eu fixava o olhar para o profundo do seu sexo, o qual nada tinha a protegê-lo, com um sorriso malandro fechava ligeiramente as pernas.
Entretanto um amigo meu acaba de chegar vindo da Inglaterra. Apresentei-o à prima da Jandira. Recebi com avidez as notícias que tinha para me dar. Ele já estava de saída, a prima mete-se no meio de nós e pergunta-me:
- George, ele é inglês?
- É.
- Quero ir com ele.
O meu amigo ouviu a conversa, entendeu o que se passava e saiu a toda a pressa. Mesmo assim a prima queria ir atrás dele. Segurei-lhe num braço e dissuadia-a das suas pretensões. Esse episódio deixou-me muito abalado e pensativo.
Falei com a Jandira que a sua prima fazia imensos telefonemas. Não podia suportar a despesa porque era exageradíssima. A sua prima tomou conhecimento do facto, surgiu muito aborrecida na minha presença e desabafou:
- Também não precisavas de fazer assim um choradinho desses. Bastava falares comigo.
Considerei e fiquei atento a esta prima. Acho que era muito perigosa. Jandira surge. Chama a sua prima e juntam-se na cozinha. Retira comida. Estão a jantar. Vou para junto delas, Jandira exclama:
- Estou na minha casa! Esta casa é minha! Esta casa será minha!
Fiquei intrigado com a sua afirmação. Mas esqueci de imediato. Acho que era devido a um ligeiro contentamento.
Jandira já estava na universidade. Falou comigo para me pedir mais apoio:
- Preciso de comprar roupas, sapatos, enfim… uma série de coisas que necessito. Não quero aparecer pobremente vestida. Também necessito de mais dinheiro para os meus gastos diários… para comer, pois que chego um pouco tarde a casa. Como está a fazer frio à noite, quero uma boa manta e vestuário adequado para me aquecer.
- Com certeza, terás tudo o que necessitares.
- George, tenho uma lista de livros para comprar. Aqui não há, manda-os vir de Portugal.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Há países que são paraísos fiscais, há outros que são paraísos das fraudes eleitorais




Eis-nos de regresso à civilização das eleições da morte. Estrangeiro quando aqui chegares provavelmente verás numa lápide: AQUI JAZ-MPLA.
Apagões em Luanda, a cidade da morte. Há muitos e muitos anos que há cortes constantes no fornecimento da energia eléctrica, na corrupção não?!
A obcecação pelo poder conduz as populações à loucura da revolta. Os rios não têm água, mas estão cheios de biliões de corruptos dólares que conforme legislado devem ser confiscados para a resolução definitiva do miserável fornecimento de água e luz. Não quero saber se os rios não têm água, se as albufeiras das barragens estão corruptas. Para os incompetentes tudo lhes serve de desculpa tal como Hitler na derrota militar da frente russa na Segunda Guerra Mundial, porque o general Inverno atacou e dizimou as suas tropas.
A nossa dizimação económica e social deve-se a que, onde há muitos generais, há poucas ou nenhumas estratégias?
E às nossas constantes faltas de água e luz, fraudes e miséria sustentável, “Havemos de voltar”.
Há governos tão chatos, tão chatos, tão podres, tão podres, que mesmo sabendo que as populações não os querem mais, insistem nos mais variados estratagemas, adiando a saída do poder, onde incluem a fraude eleitoral.
Os eleitores estão surpresos, muito admirados porque votaram contra JAZ-MPLA e ele ganhou… não pode. Bom, então a CNE martelou nas cabeças dos presidentes dos partidos que impugnaram as eleições, A UNITA, CASA-CE e PRS que é má-fé? Ai é?! Então, milhões de eleitores são má-fé? Tem que se ter muito cuidado com o que se diz, porque milhões de angolanos, a maioria, votaram na oposição para que o Minoritário JAZ-MPLA não lhes envie mais para o túmulo dos casebres reduzidos a pó.
Luanda, o saque e a escravidão na RCA-República da China de Angola.
A venda de Angola à China inclui a energia eléctrica, EE, e toda a Angola. Os chineses têm um interruptor lá na China, e desligam-nos a EE para venderem os seus geradores da maiuia e as suas velas de cera que se desfazem à toa, tal como Angola. Também fazem mesmo com a água. Mas é que parece mesmo que venderam Angola aos chineses, o que não tem nada de especial, pois se antes já foi vendida a outros, portanto não constitui nada de anormal, o importante é os vende-povos manterem-se no Poder, pois que qualquer canibal compra em troca da manutenção da ditadura e dos escravos para os matadouros humanos. Também não é nada de novo, pelo contrário, é um alerta para que não nos aconteça o mesmo que já antes aconteceu, que não nos venham canibalizar, senão atentem no texto do esconderijo da História, e a propósito, quantos esconderijos horríveis Angola ainda não desvendou ao público? Muitos dos seus protagonistas ainda estão vivos, quando é que se dispõem a falar com profundidade por exemplo sobre o 27 de Maio? Devido à fraude da luz, quantas e quantas pessoas já faleceram nos hospitais, e crianças? Porquê não revelam esses números ao público?
“Atrocidades praticadas na Segunda Guerra Mundial, que foram mantidas em segredo pelos governos do Japão, Austrália e dos Estados Unidos, começam a ser reveladas por um historiador britânico. Soldados japoneses praticavam o canibalismo com prisioneiros no fim da guerra, nos anos de 1944 e 1945. De acordo com Antony Beevor, o acontecimento não tinha sido divulgado em respeito as famílias das vítimas. Testemunhas ouvidas pelo historiador indicam que os prisioneiros eram tratados como “gado”, mantidos vivos apenas para serem abatidos. “Não existem dados sobre o número de presos que sofreram esse destino, mas sabe-se que a maioria dos casos ocorreu em Nova Guiné e Bornéu”, diz Beevor. As vítimas eram soldados locais e papuenses, que se recusaram a lutar e prisioneiros australianos, norte-americanos e indianos. Relatório de guerra do governo dos EUA indica que dos 132.134 presos do Japão, 35.756 foram mortos.
Beevor, que reuniu vários documentos para a publicação de um livro, descreve ainda que prisioneiros eram dissecados vivos pelos japoneses.”
In izidoroazevedo.blogspot.com
As eleições perderam-nas como era de esperar e ganharam-nas a defraudar, como só os nossos deuses sabem, isto é para arrasar, na chama que eles teimam em não apagar. Restam as eleições das ruas e nelas levarão, retumbantes derrotas se confirmarão. E na CNE das ruas o voto é seguro, sem fraudes. Esta era é a do aqui JAZ-MPLA?
A solução adequada para acabar de vez com os da oposição radical é prende-los todos, julgá-los, condená-los e nas prisões enjaulá-los.
Os chineses têm um plano estratégico, que é o de instalarem em Luanda de metro a metro um gerador. E fundar a RCA, a capital mundial da poluição e da morte por cancro e por asfixia pulmonar. E em cada casa a sua vela. E também no novo Governo cadavérico de infindáveis anos um governador-geral chinês.
Estes gigantescos apagões terão intenção macabra no pós-eleitoral? Um plano obscuro para nos darem cabo das vidas? Nos arruinarem definitivamente? Uma estratégia à Passos Coelho, agora sem passos, e tudo o Passos Coelho nos roubou? Só que pouco falta para que o Passos seja linchado em público. O que também poderá suceder com os nossos arquitectos da paz e da democracia?
Há actos criminosos constantes em Luanda protagonizados com construções anárquicas dos especuladores imobiliários e outros que constroem em todo o lado, não se importando absolutamente nada com o que estiver à sua volta incluindo prédios, e o seu mentor, ou mentores não se condenam por actos de terrorismo? Quantos milhares, milhões de pessoas não estarão já cancerosas pelo consumo do fumo dos geradores e de graves problemas respiratórios, quando a OMS já decretou a não utilização do gasóleo porque causa cancro? (Não serve de desculpa a utilização da gasolina). E porque não se alerta O UNICEF, tantas ONGs não é?!,  sobre a morte de milhares de crianças neste forno crematório nazi?
E as torres deles sempre bem iluminadas com a EE do petróleo. E esse tal de novo Governo, na prática significa que não o teremos, porque quem habitualmente utiliza a fraude eleitoral nunca conseguirá formar Governo de facto e de jure. Fica como as pilhas chinesas, e tudo o mais que é chinês, utilizam-se e poucas horas depois vão para o lixo, é tudo fraudulento, cheira a fraude eleitoral.
Que nos interessam os biliões de dólares do petróleo, se não temos água, EE, e saúde? Só temos miséria galopante.
As torres deles estão sempre muito bem visíveis pela iluminação da nossa esplendorosa miséria.
Quando é que se legaliza o partido FRAUDE ELEITORAL? Como é possível este partido concorrer ilegalmente às eleições e delas declarar-se vencedor em todas as províncias da grande fazenda Angola?
É verdade, porque foi anunciado numa daquelas emissoras de rádio que só informam com a verdade, na realidade trata-se de uma gafe, pois a palavra correcta é disformar. Anunciando-se o casamento do século, ou quiçá do milénio, finalmente o enlace decidiu-se a contento de ambas as partes. É que depois de tanto namoro, o Governo não resistindo aos seus encantos casou com a corrupção. Bruto casamento, que casamento mais feliz, anunciou a equipa do comité de especialidade dos corruptos. A lua-de-mel não terá fim?
A nossa democracia está muito contaminada. Para quando a sua descontaminação antes que fiquemos todos contaminados? Será que há o risco de uma epidemia tipo ébola?
As eleições foram consideradas como habitualmente, livres, justas, transparentes, cheias de demasiado civismo, e o vencedor é sempre o mesmo, invicto líder nestas andanças, um perito em ganhar eleições. E a oposição devidamente quitada nada tem a exigir ou reclamar, e se o fizer, os venerandos juízes constitucionais exibirão que tudo afinal não passa de má-fé e por isso mesmo improcedente. E a paz e a democracia já com certidão de casamento seguem os caminhos tortuosos do adeus à democracia. Há um país para destruir, escravizar, de bandeja entregar, a chineses, brasileiros, portugueses, neocolonizar.
Tirando um ou outro intelectual da praça angolana que quase sempre estão no retiro do ostracismo do silêncio, o que resta é o uivar de chacais que disputam entre si qual deles é o pior a incendiar o capim e de contentes seguirem a progressão das labaredas. E as igrejas invocando, representando o poder de Deus, abençoam-nos porque a casa do pai deles tem conta bancária com envelopes petrolíferos. E a rádio das emissões religiosas segue a sua linha editorial sem constrangimentos: por motivos alheios à nossa vontade, o Santo Programa do Evangelho e as Sagradas Escrituras segue dentro de momentos. Onde há muitos prelados há muita desestabilização religiosa e política, porque lutam entre si no sorteio do alimento do mesmo Maná Petrolífero.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

AS CINCO MAGNÍFICAS (13) Contém cenas eventualmente chocantes




Assustei-me devido ao barulho da porta que fechou:
- Jandira, já te disse para não bateres com a porta, detesto barulho.
- Desculpa, é do vento, estou cansada, parece-me que estou com paludismo. Vou descansar na tua cama.
O telefone toca, é uma das suas amigas:
- Jandira! Telefone.
- Ai Meu Deus! Não me deixam em paz!
A conversa parecia não ter fim. Depois tornou a deitar-se. Meia hora depois gritam da porta:
- Jandira! Jandira!
Vou ao quarto, acordo-a levemente, docemente:
- Jandira estão-te a chamar.
- Sempre a chamarem-me. Fazem de mim uma criada. Com tanta gente em casa. Vou levar algumas gambas, fruta e gasosa.
Abraçou-me, beijou-me. Confidencia-me:
- Gosto tanto de ti. Quase que foste tu que me criaste e educaste. És mais que um pai para mim.
O seu comportamento mudou bruscamente. Quando me abraçava beijava-me nos lábios, e o seu corpo tremia descontrolado. Respirava fundo, e em voz baixa repetia:
- Gosto tanto de ti, gosto tanto de ti.
Aparecia com uma minissaia. Ao sentar-se abria demasiado as pernas, o que permitia ver a nudez do seu sexo. Sentia-me muito perturbado. Ela ficava encostada na porta da sala durante vários minutos a observar-me longamente. Depois de tomar banho circulava pela casa seminua. Cantava algo estranho, assim como um han, han,han,han interminável. Apenas com a toalha a cobrir-lhe metade do corpo, sentava-se e olhava-me fixamente.
Não estava preparado para tal situação. E não conseguia saber se resistiria muito tempo. Apenas sentia que tudo era perfeitamente natural. Afinal não era nada de extraordinário. As chuchas à mostra são tão vulgares que não nos transmitem algo de novo. Vou ao quarto e encontro uma surpresa. Jandira está completamente nua a mirar-se ao espelho. De braços bem levantados compõe o cabelo, o que faz com que os seus pequenos seios apareçam bem modelados, levantados à espera de carícias. Apenas observo:
- Porque não fechaste a porta?
- Ah George, já não existem segredos entre nós. Hoje é sábado, apetece-me ir à praia. Estás sempre aqui fechado, vamos divertir-nos um pouco. Vou preparar as coisas. Vamos à praia ouviu?
- Não me apetece sair. Prefiro a calma da minha casa, à agitação das praias. Do nunca sabermos o que nos vai acontecer. Depois um branco com uma negra trás sempre problemas a qualquer momento.
- George, és muito medroso. Apetece-me ir à praia, prepara-te, isto é uma ordem.
Estava consumado o assédio. Creio que é impossível resistir aos encantos de uma mulher. Elas são peritas nessa arte, e nós apenas amadores. Conseguem sempre o que querem. Na realidade não são o sexo fraco, são o sexo forte. Nós quando pensamos que conquistámos uma mulher, na verdade são elas que nos conquistam.
Ela preferia a Ilha de Luanda, mas fiz-lhe compreender que o ambiente não era adequado devido ao muito barulho e roubos constantes. Preferi o Morro dos Veados. Ela perguntou:
- Onde é isso? Nunca ouvi falar. Fica muito longe, não é? Eh, se calhar vamos ser raptados pela Unita.
Pessoalmente apreciava ficar neste local. Os mangais eram densos, ofereciam salutar vida às espécies marinhas. A água tinha o aspecto de uma das imensas ilhas do Pacifico. Havia mabangas por todo o lado. Apanhei algumas e comi-as cruas. Jandira sentiu-se horrorizada:
- Meu Deus! Comer assim isso com sangue? Tu és canibal!
- Experimenta e come também.
- Não, nunca conseguirei. Apetece-me vomitar.
- Não sabes como isto é bom para a saúde.
- Vocês os brancos tem hábitos muito estranhos.
Estávamos no período do cacimbo, e como era sábado raramente aparecia alguém. Nos domingos normalmente era costume surgirem mais pessoas. Mas o movimento era mais intenso nos dias de calor. Nos sábados pouco, aos domingos muito. Jandira seleccionou um dos meus calções e uma camisola para eu vestir. Tinha aprovisionado algumas sandes de queijo, cervejas, uma pequena garrafa com uísque, gasosa, gambas e água. Vestia-se com uma longa camisola que lhe chegava quase ao meio das pernas. Estava a contemplar a beleza dos mangais, ouvia-a gritar:
- George, queres uma cerveja?
- Sim, quero! Trás algo para comer!
Eram cerca de doze horas. O sol surgiu e começou a aquecer os nossos corpos. Como um mistério desvendado, toda a vegetação pareceu ganhar uma nova vida. Jandira insistia em fornecer-me cerveja, o que agora com o sol se tornava apetecível. Trouxe as gambas e deliciámo-nos com elas. Depois tirou a garrafa de uísque e ofereceu-ma:
- George bebe, quero ver-te muito alegre.
Jandira está algures nos densos mangais. Oiço a sua voz que parece agitada:
- George! George! George!
Pensei que ela estava em perigo. Rapidamente localizo o local em que se encontra. Quando me aproximo vejo o que parecia ser uma deusa no paraíso. Jandira está apenas com uma pequena folha de mangal a cobrir-lhe o sexo. Diz brincalhona:
- George, parecemos Adão e Eva no paraíso.
Não resisto. Ataco-lhe os pequenos mamilos rígidos, que quase os trinco. Ao mesmo tempo quase que lhe esmago as chuchas com as minhas mãos. Ela grita:
- Ai! George assim não estás-me a magoar. És muito bruto.
A sua rachinha estava completamente rapada. Desci e coloquei a minha língua no seu clítoris. Gemeu:
- Não, não me faças isso, não aguento.
Abandonou-me repentinamente e disse:
- Aqui não, pode aparecer alguém, vamos fazer em casa.
Vestiu-se e começou a arrumar as coisas, sinal de que íamos embora. Antes convidou-me para tomarmos banho o que concordei. Com a água acima da cintura, Jandira baixou-se e o seu corpo desapareceu momentaneamente. Abriu o meu calção e chupou o meu pénis até não poder mais. Reapareceu à superfície ávida por respirar. O sol desapareceu. Os nossos corpos molhados tremiam com o frio repentino. Junto ao carro Jandira seca-me o corpo amorosamente. Depois foi a minha vez. Exagerei quando passei a toalha na sua vagina. Jandira implora:
- Aqui não, já disse, vamos fazer em casa.
Pelo caminho Jandira mostra-se provocante. Enquanto conduzo mergulha o seu corpo pequeno no chão, e aproveita para me excitar com algumas chupadelas. Quando tento aproximar-me e apalpar-lhe as chuchas, sentencia:
- Aqui não, lá em casa. Vamos fazer como naquele filme que gosto muito, “As Delicias Africanas”.
Em casa estava ao rubro, Jandira previne-me:
- Vai-te lavar.
Volto, ela está nua no quarto. Olha-se de frente, de lado, atrás. O espelho mostra o seu corpo. Repete:
- Gosto tanto de ti.
- Eu também gosto muito de ti.
- Já tinha notado isso.

Imagem: calango74.blogspot.com

domingo, 23 de setembro de 2012

O Cavaleiro Mwangolé e Lady Marli na Demanda do Santo Graal (32)




Carrega-me nos teus braços e voemos sob o oceano Atlântico e na tua praia da embaixada da paz desemboquemos, aterremos, pernoitemos e novas descobertas singremos, no nosso voo, na viagem de estudo sobre as margens da marginalização do Brasil, de todos os brasis. E ao festejarmos a rota de James Cook e Charles Darwin terminaremos no destino dos amotinados da Bounty.
Este planeta não nasceu apenas para alguns seres humanos que escudados nos seus exércitos, a cada minuto galgado mais um pedaço lhe desgraçam.
E navegados na nossa nau carregada, remada por multidões de jasmins, os mares sulcaremos, velejaremos, e com o nosso perfume tudo conquistaremos, os mares, as marés e as terras venceremos.


Lixo, água e comida. Na transfusão diária à nação, o boom da cólera expandiu trinta mil infectados e morticínio de quase mil. A acção planejada das chuvas divulgará subitamente a epidemia. Na terra ávida por cadáveres, a cólera diminuirá quando a população escassear.
E os comerciantes aventureiros só usam fax, para não deixarem pistas que comprometam as suas irregularidades, como num jogo de dados viciados. Num país governado por crápulas as piranhas tomam banhos de sangue na manada humana colocada à disposição.
E um grupo de jovens saúda a reeleição fraudulenta de um presidente com socos na sua foto.
Enquanto um idoso há longo tempo arrastado para a hercúlea margem da intolerância ditatorial, não se cansa e ainda tem forças para lembrar: «Não estou interessado na habilitação literária do homem, o que quero é homens que trabalhem, e saibam trabalhar.»
E cinicamente como lhes compete, os salafrários masturbam-se numa rádio deles: «Os salários dos professores são dos mais elevados na SADC.» Mas continua-se a morrer à fome.
Ser humano é quem inventa coisas, faz os outros ganhar dinheiro, e no fim morrem todos poluídos.
Os falsos amigos lembram o que aconteceu a Galileu, estão sempre prontos a entregar-nos à Inquisição.
O médico é o primeiro medicamento, mas convém recordar que a palavra e o carinho são bons medicamentos.

Tantos ares-condicionados, com o calor muitos cabos eléctricos vão incendiar, como a democracia. Por incrível que pareça, em Jingola persiste a luta contra o comunismo. É necessário lutar contra os restos deste comunismo fora de moda. Os maquinistas da destruição de 1975 permanecem nas células adormecidas.
Até fábricas funcionarão nos prédios, então chamar-se-ão prédios industriais.

Agora… há cerca de quinze dias vê-se muita agitação humana. Diariamente aumentam os confrontos que antes eram verbais, agora estão irracionais. Muita agressividade com agressões físicas. Já reina a imoralidade totalmente descompensada. Na rua é inseguro andar. Os animais humanos estão brutais, selvagens abissais. Já ninguém se conforma. Ninguém acredita em ninguém. Todos cansados do hediondo regime. Em revolta permanente. A qualquer momento, o que resta desabará nas ruas, na revolta geral. O quotidiano está numa confrontação permanente. Antes, ainda se guardava silêncio e contenção. Agora são pequenos tumultos que ecoarão como vulcão. Portugueses têm a papelada preparada para a retirada. Todos acreditamos que o fim se aproxima.
Ultima hora: 11.45 da manhã, neste momento os fiscais do governo da província de Luanda roubaram vendedores de rua. Estes invadiram-lhes o carro, lutaram com eles e recuperaram os seus haveres. Inclusive coisas que não lhes pertenciam. Os fiscais reagem, oferecem resistência. Então, os jovens unem-se e lançam chuva de pedras ao carro e aos fiscais. São quatro, alguns estão feridos. Se resistirem mais, vão matá-los, destruí-los. Os jovens gritam: É a guerra! É a guerra! É a guerra! Os fiscais abandonam o terreno. A população agora resiste, guerreia.

E nesta Jingola ilhada onde os discursos do petróleo permanecem inalteráveis, o povo jingola sente renascer-lhe a miséria quando depois da saída do pódio presidencial os canos dos canhões se lhes apontam, prontos para esmagarem qualquer imprecação dirigida ao tirano. Custa a entender que em tempos tão democráticos ainda subsistam ditadores porque os falsos democratas os apoiam, atirando com os seus povos para a sarjeta da história. E os discursos demagogos prosseguem e se aplaudem, tudo na defesa da democracia. Quando chego aqui fico sempre muito confuso porque não consigo entender o que é democracia. É bem-estar para alguns e espoliação de outros povos, não é?!
Os países da África Negra, rápida e seguramente encaminham-se para a grande Somalilândia.
Já não há Setembro, Outubro, nem Novembro, perdi-me nos meses porque o clima está tão alterado, tão louco como nós.
Cada vez mais se acelera para um país de geradores de corrente eléctrica, só o fumo..! Fica mais um recorde mundial: o da poluição. Geradores nos terraços, nas varandas, nas escadas dos prédios. E com a invasão de reservatórios de água, mais desabamentos certeiros, mais ruínas. A destruição de Jingola prossegue a bom ritmo.
Desde 1975 a vida decorre normalmente, o quadro é tipicamente colonial.
E as estruturas dos edifícios vão cedendo, ruindo, à espera do desabamento.
Não é preciso terrorismo, ele está sempre presente.
Máquinas da destruição, quadrilhas internacionais, construtores da destruição.
E os prédios que estão a construir, conforme garantia de um arquitecto, são para durar vinte anos. Nas condições da actual anarquia em três anos começam a ter problemas.
Multidões e multidões de idiotas…
Oiço o latido comovente de despedida de um cão que foi atropelado. Ninguém lhe ligou, como se fosse uma coisa inútil e sem valor, lixo. Porque há muito que deixaram de ser pessoas. São animais sem sentimentos e assim os cães são mais valiosos que os seres humanos.
A maldade criada vira-se sempre contra o seu criador.
Nós sabemos para onde vamos mas o nosso futuro já não. Com tantas exasperações humanas, desumanas, o nosso planeta sabe: a nossa extinção. Era previsível que tal acontecesse, mas a maldita mania de desafiar as forças da Natureza triunfou e tudo soçobrou e nada mais sobrou. Apenas destroços de um progresso inexistente, perigoso. E depois da destruição deste planeta, o homem já pensa na conquista do caos de outros. 

Não brinques nem nunca atraiçoes o amor. Porque ele arde de ódio e rebenta de violência indescritível. É que o amor não é solitário.
Oh! Como são inevitáveis as tragédias do amor. A bela Helena de Tróia fez a guerra do amor. Como ele é tão avassalador e destruidor. Nunca provoques a ira do amor.
Imagem: angeosofia.com