República
das torturas, das milícias e das demolições
Diário
da cidade dos leilões de escravos
Ano 1 A.A.A. Ano do Apocalipse dos Angolanos.
Silêncio é desprezo.
Ao anunciar resposta violenta à manifestação da
UNITA, prometida por Samakuva, pelo professor universitário de direito e
deputado João Pinto, do M, um homem que antes falava muito mal do M e que agora
procura a qualquer custo protagonismo para alcançar um alto lugar para grandes
voos alçar, então proibir qualquer manifestação da oposição, excepto as do
partido M, então estamos presidiários num campo de concentração nazi. Creio que
há a intenção do nosso extermínio pelos métodos de Estaline. Mas há ou não
graves irregularidades no registo eleitoral?! Pelo que se ouve aqui e ali há
sim senhor. Partir milhares de casas e lançar populações para a miséria e fome,
isso é que é subverter a ordem. O brutal e desumano aumento da recarga de
telemóvel de 900 para 1.250.00 kwanzas também merece uma mega manifestação. Não
podemos ser como porcos neste matadouro executados. O tratamento que é dado às
pessoas diariamente se exaspera até fatalmente rebentar porque tudo tem
limites, tem um fim. Colocar as pessoas na indigência e ter que se manter no
silêncio de escravo, NÂO, NÂO, BASTA! Um governo da repressão e para a
repressão, não, os tempos mudaram, estão sempre a mudar, e quem neles não quer
entrar da democracia forçosamente tem que sair. Quer dizer que nós não temos
direitos, o único direito que temos é a morte praticada por monstros. Como é
possível neste caos económico e social onde empresas atrás de empresas a
falirem ou a atirarem para o olho da rua desempregados, vão pagar o quê? Então
como é possível um exército de desempregados pagar impostos, taxas e subidas
anárquicas de preços que surgem tipo, última hora. Mas ser pirateados pela
desgraça do piorio da extrema má governação, é só mesmo num campo de
concentração nazi. Pelos vistos parece que a guerra ainda não acabou,
recomeçou. Estão a arrasar-nos tudo incluindo a vida.
No dizer de Maria Luísa Abrantes, os partidos
políticos são tribalistas e todos parecidos: a propósito, alguém viu por aí o
BD-Bloco Democrático? Hibernou? Desfaleceu, morreu, desmaiou? Paz à sua alma.
Do M nada há a dizer, aldraba-nos, passa o tempo
a fazer-nos promessas que nunca cumpre. É o campeão mundial da corrupção e da
hipocrisia.
A CASA aparece de vez em quando, lança umas
bocas, o refrão, que depois das eleições tudo será resolvido. Usa uma política
confusa, débil, não convence, parece a política dos políticos sem escrúpulos.
Há vários anos que a UNITA promete fazer manifestações, mas depois desmarca-se.
Garante que depois das eleições será o paraíso. Mas até lá os eleitores
perecerão pela fome estalinista. Cito o mano Samakuva, que disse que pensava
que as irregularidades do início do registo eleitoral se deviam à inexperiência
dos jovens brigadistas. Fiquei estupefacto porque o mano Samakuva ainda
desconhece (?) a metodologia de trabalho do M. Uma coisa é certa, pelos vistos
o partido da fome vencerá as eleições, pois quando um partido gasta os seus
recursos financeiros na defesa e segurança nada há a fazer, é tudo para
f.o.d.e.r, e a oposição quixotesca se render. FNLA e PRS, de partidos só têm as
siglas, nada mais havendo a acrescentar. Enfim, é uma trapalhada generalizada.
Se começassem
pelos corruptos tinham o meu apoio incondicional, mas como não é o caso, nunca
o será, discordo com todas as forças contra este moderno estalinismo. Por
incrível que pareça, mas não o é, já em período eleitoral, porque a barbárie
comanda, partem-se casas, espoliam-se os haveres das populações, mata-se
impunemente, carrega-se a fundo no acelerador da destruição, da morte
permanente. Quarenta e um anos depois selvaticamente serraram as tubagens da
água por falta de pagamento. Porque é que não começaram logo após a
independência? Porque diziam que no comunismo, numa república popular, o Estado
é que paga. Nesta pátria estalinista onde se extermina pelo desemprego e logo
pela fome que se lhe segue, como é possível exigir dinheiro aos que não o têm.
Excepto os corruptos e seus comités de especialidade ninguém mais tem dinheiro.
Tentei explicar que apenas por menos de dois anos que estou em falta devido à
invasão dos estrangeiros patrocinada pelo M que saqueiam esta m.e.r.d.a.
Roubaram-me o emprego, e que até um vizinho português do terceiro esquerdo é mula,
está de viagem constantemente para Portugal carregar malas com dólares e
decerto recebe os seus cinco por cento de comissão, ainda tentei explicar ao
batalhão da Epal, oito funcionários e uma jovem para serrarem tubos de água?!
Tão mal fizeram o serviço que no rés-do-chão deixaram água a pingar, a entrada
do prédio está sempre alagada. Danificaram um contador e uma torneira por não
saberem trabalhar. Pois, neste e nos próximos tempos vou agradecer intensamente
ao M.
Pela falta de
dinheiro que se verifica na população, pois, se não há produção, não há
dinheiro, brevemente veremos o sistema de troca como sistema monetário. E a
moeda chamar-se-á sal? Bom, a única coisa que Angola produz é a corrupção que
também se exporta.
Quem quer emprego? Se é estrangeiro ainda
facilmente o consegue. Se é angolano, resta-lhe a venda na rua, mas como
diversos homens de diversas fardas não deixam porque a fome aperta e quem vende
nas ruas está sujeito à lei do roubo, não consegue sobreviver. Restam os
assaltos, que tal como os enxames de moscas são a única fonte de sobrevivência…
e das mortes violentas. Deste terror não se sabe quem escapará.
Mas que “estranha” anomalia: Do filme
Child 44, A Criança Número 44, de 2015: “Não há homicídios no paraíso. Em 1933,
no auge da escassez imposta pelo regime de Joseph Stalin (1879-1953) contra o
povo ucraniano, todos os dias morriam de fome cerca de 25 mil pessoas. O
extermínio sistemático pela fome, conhecido como Holodomor, deixou milhões de
crianças órfãs.”
Oh! Como é horrível viver, saber que o dia de
amanhã será igual ou pior ao de hoje. Certamente que será mais um dia de
miséria e de fome.
A igreja não moraliza, desmoraliza.
Sem líderes, os famintos estão isentos de
revolução, sacrificados pela fome não têm hipótese de resistência. Resta-lhes
pois a gloriosa morte da fome.
Se a corrupção desaparecer as divisas vão
aparecer.
Muito brevemente, isto é, finalmente o caos!
De um cidadão a gritar na rua, dizem que
é maluco. Sim, como ele são milhões de malucos: “Ele, os filhos dele e os
generais dele, vão matar-nos à fome!”
Demasiado se nota
a incrível inversão de valores. Deus é demónio, e como tal não sabemos em quem
confiar porque todos são bandidos, e como tal a lei do demónio protege-os.
Rui Manuel
Manuel: “é tudo verdade é uma
dificuldade tremenda para tratar de qualquer assunto no BAI e BPC. Xana
Gonçalves: ...em qualquer
Banco hoje em dia. Está feia a situação!!!
Renata Micaello Rodrigues: Eu
no Atlântico, após 3 semanas sem cartões multicaixa, lá tive a sorte de ir a um
balcão que tinha. Duas horas de espera e cartão na mão... Ufff... Maravilha.
CONCLUSÃO: já passaram 3 semanas e o cartão não está ativo. RESPOSTA DO BANCO:
tem de aguardar. Lol”
O Banco Mundial
disse que não dá para investir, fazer negócios em Angola. O que não surpreende
pela desgraça do veneno que se cozinha. Com este pantagruélico preparado é
muito provável que Angola se campeie no pior país do mundo. Panaceias de
plantas venenosas e aromáticas para isso não lhe faltam.
“Os brancos estão
a fugir.” Disse uma vizinha prontamente contrariada por um vizinho que lhe
acrescentou, “Não são só os brancos que estão a fugir, mas sim, todos os
estrangeiros.
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