sexta-feira, 4 de julho de 2014

Os bebés também se abatem






Quer fazer poupança?
Deposite nos nossos bancos sem dólares

A Polícia bate forte fortemente
Na professora com bebé dormente
Com nove meses a gatinhar
E também da Polícia vai apanhar

No Lubango nem os bebés escapam
Das milícias treinadas que amassam
Das barras de ferro que nos desfaçam
E das torturas que nos assam

Sim ao império da grande corrupção
A gestão é cem por cento angolana
Na Constituição, manifestações não
No país do latifúndio do mano banana

O chinês e o tuga riem-se contentes
Desalojam o povo com raiva nos dentes
Sem tendas, ao luar do petróleo doentes
Abastecidos na corrupção coniventes

A lei é para se cumprir dizem ardentes
A lei está para proteger os corruptos
E demolir os casebres dos inocentes
Noite e dia os assaltos são ininterruptos

Todos querem ser falsos doutores
Com facilidade fabricam diplomas
Sempre os mesmos empreendedores
Com a mesma doença e sintomas

Com os exemplos das fissuras orientais
Tudo para aqui embarcará, voará
Nós de imediato promovidos a boçais
A seguir quem mais nos inundará?

As portas escancararam-se para saquear
Com a maior facilidade para nos roubar
Nas ruas de Luanda só se está a matar
Como câmara de gás nazi para nos gasear

Os militantes não precisam de trabalhar
Conseguem trabalho em qualquer lugar
E boas residências para nelas habitar
Sem cartão do partido nada há a esperar

A criminalidade violenta está a comandar
Tudo sob controlo como é de desejar
Garante-nos a Polícia sem pestanejar
Nada mais existe que possamos almejar

Não há empresa para os corruptos limpar
Nem nenhum corajoso para os expurgar
Não é chegado o tempo para nos levantar?
E o grande mal que nos aflige eliminar?

Conquistámos a nossa miséria social
De nada nos vale a lei Constitucional
Estamos entregues às forças do mal
Sobrevivemos na desestabilização geral




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