O
nevoeiro deixava ver os troncos caídos
No
exultar verde outros os substituíam
Não
verás mais os teus sonhos traídos
E
os que te amavam desapareciam
Quando
te amei o sol invadia a floresta
E
dos traços do nosso amor nada resta
Mas
as árvores lá estão esperançadas
Abertas
às réstias do sol carenciadas
E
o velho tronco de folhas cercado
Jazidas
verdes, vermelhas e amarelas
Do
tempo do amor abandonado
Mas
celebrado nas inesquecíveis telas
O
espírito das florestas benze o teu amor
No
raiar matinal a floresta é despertador
Onde
sempre a vida nocturna cessa
E
a batalha diária da vida diurna recomeça
E
nas nossas incríveis idílicas aventuras
Sentados
nas pedras do lago das amarguras
Pelos
infelizes do amor nas suas sepulturas
Atraiçoados,
abandonados sem ternuras
Os
teus desejos sulcam a floresta de amor
E
o som do teu piano as noites ilumina
Do
cantar das crianças do inocente clamor
Evitar
a sua escravidão no negócio da china
A
vegetação da floresta guarda a tua voz
E
excursões seguem-te em peregrinação
Tanto
que sofreste, oh! Tudo tão atroz
Agora
és exemplo, santuário da salvação
E
quando na floresta chove o amor revive
No
calor das gotas de água das folhas te tive
De
mãos coladas rimos que seriamos eternos
Mas
não conseguimos escapar aos invernos
E
no teu majestoso caminho tumular
Abrem
alas crisântemos e jasmins
O
nosso amor já não se pode dissimular
Vou
cantá-lo ao Universo e além confins
Oh!
meu hino lá sem vida onde descansas
Perdi
para sempre a querida que tanto amei
Que
me importa viver sem esperanças
Vou-me
arrastando em breve te visitarei
E
ao teu lado abraçado de ti jamais fugirei
Unido
e bem escudado te protegerei
O
verdadeiro amor nunca se esquece
Na
eternidade dos tempos resplandece
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