Do prestigiado
Jornal de Angola, (Jornal do Povo) órgão oficial do partido leninista local,
edição de 22 de Julho de 2012
Quarenta anos
depois: “Novas construções para o Icolo
e Bengo
Quatro escolas, um
hospital e várias residências estão em fase de conclusão.”
AJVM – Associação dos Jovens Voluntários do MPLA
A associação dos
amigos e simpatizantes do MPLA (AJVM), dentro da sua agenda política no apoio
direto ao cabeça de lista do MPLA, vem por este meio exortar a todos os seus
membros, associados e a sociedade em geral, com idade eleitoral, aderirem as
assembleias de voto no dia 31/8/2012, para a escolha do futuro Governo e
Assembleia nacional, e os angolanos já têm a escolha. O presidente da
associação. Maximiano Roque dos Santos.
Feito em Angola. A qualidade do que é nosso.
Crescer em paz e
aumentar a oferta de água cada vez mais. Venha construir o seu próprio futuro!
Empresa argentina tem lote completo de mel e vinho ao melhor preço.
Mensagem recebida
no meu telemóvel, 16.08 horas, 24 de Julho 2012. Movicel, recarregue o seu
telemóvel com 400.00 Kz ou mais, e fale de borla das 23.00 até às seis horas da
manhã, durante sete dias.
E eu vi uma bela
coisa que os continuadores da nossa revolução faziam debaixo dos lençóis do
petróleo: num reino amaldiçoado pelo petróleo, onde a soberania odiava
populações, ordenou-se o corte da luz e da água. E também se ordenou ir de casa
em casa e de porta em porta cortar a luz e serrar os canos da água a quem não
pagou os consumos. Mas mesmo assim, aqueles que tinham as contas em dia também
lhes desligaram a luz.
Se a falta de água
e luz são endémicas, como a cólera, porquê propagandear nos meios de informação
vigilantes do ódio, e obrigar os entrevistados a dizerem que, sim senhor,
estamos muito satisfeitos com a luz e a água que o nosso Governo nos dá. O
nosso Governo está a trabalhar muito bem pelo povo.
Porra! Isto está
demais! Então, de prédios em ruínas, com fissuras internas que não se observam
do exterior porque os chineses andaram a pintá-los para dar a entender isso
mesmo, que estão novos, mas nas traseiras os chineses não os pintaram, aqui é
que se observa bem o estado de ruína, pois os mwangolés andam em obras, segundo
a última moda é alugar de preferência a estrangeiros, claro, mas se os
apartamentos correm o risco de desabar como é que os estão a alugar? Isto só
pára quando acontecerem mortes, e isso não está muito longe. Quer dizer, os
estrangeiros pagam um alto balúrdio e desconhecem que alugaram caixões.
Em Angola as leis
que se cumprem são as dos chineses, portugueses e brasileiros. As leis
angolanas não são para cumprir. E uma nova, velha, empresa no mercado da
república de Luanda se faz, anunciada: a DI –UEE – Destruições Ilimitadas – UEE
Estou
irremediavelmente intramuros, ou pior, emparedado. À minha direita, a parede
marxista-leninista. À minha esquerda, uma parede estalinista. À minha frente o
betão leninista. Na retaguarda, as milícias das barras de ferro. E finalmente
encimado, o muro da “maldição do petróleo”.
O Estado é o Povo,
e se o povo é inculto, irresponsável, intratável, analfabeto, etc., o Estado
também o é, é a origem. Ademais como milenarmente já dito, o que está em baixo
é igual ao que está em cima. E esta luta de libertação libertou o
neocolonialismo. No neocolonialismo está a continuação da nossa luta. Mas
quando é que esta república dos sovietes acaba?
Angola ainda é um
continente perdido, e os aventureiros que nela estão, e os que a ela aportam,
fazem tudo por tudo para guardar segredo da sua localização, para que ninguém
mais saiba, pois tem muitas riquezas para explorar e um povo para continuar a
escravizar.
Segundo a Rádio
Ecclesia, 04 de Julho de 2012, a nossa Polícia Nacional acaba de informar que
colocou, ou vai colocar, à disposição da população números de telefone para denúncias
anónimas de malfeitores. Significa que finalmente vamos ficar sem Governo e sem
corruptos?
Toda a governação
fraudulenta é violenta. Má governação há só uma, a da ditadura e mais nenhuma.
Atenção! O ciclone
Fraude Eleitoral, o primeiro da temporada, aproxima-se velozmente da costa
angolana e rumará para o seu interior nos próximos dias. Esperam-se inesperadas
rajadas de vento da ordem dos duzentos quilómetros horários ou superiores,
seguidas de copiosas chuvas humanas.
Nem os fontenários
escapam, não dá mais para acreditar nesta desgraçada conjuntura à Texas City.
Desgraçar as nossas vidas é o lema principal da seita nacional e internacional
que nos neocolonizam. Segundo a Rádio Ecclesia, 05 de Julho, no bairro Bom do
Chapéu, algures em Luanda, o único fontenário foi demolido para lá construírem
mais uma centralidade desastrosa.
Não fazem nada para
o bem-estar das populações, tudo o que fazem é para as desgraçar.
E a nossa revolução
atingiu a perfeição. Até já nas caixas dos elevadores no rés-do-chão dos
prédios instalam reservatórios de água. E a seguir que mais farão? Mais nada,
porque em cima deles os prédios lhes desabarão.
Em Angola existem
escritores, jornalistas, poetas e outras igualhas sem nexo? De certeza que é
apenas mais uma fraude, que de tantas e tantas já se tornam impossíveis de
contabilizar?
O MPLA perde as
eleições mas ganha-as com fraude. In um comentador na Rádio Ecclesia, 07 de
Julho.
Um jovem vizinho
com cerca de vinte e cinco anos, de repente aparece vestido com a farda da
nossa Polícia Nacional. Pessoalmente sei que ele nunca foi polícia. Como é que
isto é possível?
E este Governo
afunda-se, tudo se afunda incluindo a ponte-cais de Cabinda… também se afundou.
Onde há corrupção
não há habitação, há cidades fantasmas.
Estou mais que
convicto que o povo angolano é o recordista mundial da hospitalidade. Vejamos
porquê: qualquer estrangeiro que desemboca em Angola, o angolano oferece-lhe de
imediato o seu emprego. Sem dúvida alguma que isso prova que somos muito
hospitaleiros. Mas a hospitalidade não se fica por aqui, também oferecemos de
bandeja as nossas terras e os nossos casebres que o nosso Governo manda demolir
para lhe oferecer. Mais hospitalidade que isto é impossível. E politicamente
também é demasiado hospitaleiro porque habituou-se a votar em fraudes
eleitorais.
Nós não estamos
contra os estrangeiros, os estrangeiros é que estão contra nós.
Diz-me qual é a tua
política, e dir-te-ei qual é a tua fraude eleitoral.
É necessário evitar
a todo o custo que a selvajaria se instale em Angola. É que pouco falta para
isso, ou já é demasiado tarde?
Neste momento,
23.18 horas, os chineses estão a vasculhar, a trabalhar nos escombros de
Angola. São super homens escravizados porque também trabalham de noite
surripiando o trabalho mwangolé, sempre à margem da lei incomodando quem
necessita de descansar. Angola é um cantão chinês de obras.
Só não entendo uma
de várias coisas: porquê os angolanos são obrigados a cumprirem as leis e os
estrangeiros não? E por mais que tente não consigo entender-me com a democracia
chinesa, brasileira e portuguesa em Angola, porque nos países deles têm uma
democracia e em Angola usam outra.
Quem está no terreno é que sabe como dirigir a batalha.
A verdade nunca se pode esconder sob a capa da xenofobia, porque isso é o
paradigma da imposição da escravidão.
Sempre ao longo dos tempos, quando o escravo se submete ao seu senhor
estrangeiro, faz-se-lhe a apologia como um neocolonialismo útil e disciplinado.
Mas quando o escravo se revolta, o único direito que lhe assiste, algumas ONGs
e defensores dos direitos humanos apressam-se em atirar-lhe para cima o
espectro da xenofobia. Mas a teimosia da submissão conduz à revolução. Assim, o
ser humano vive em revolução permanente contra a espoliação desenfreada dos
seus milenares senhores que não aceitam mudanças, isto é, o fim da escravidão.
Mas a Natureza e o Universo estão em constante transformação, e o ser humano
não?
Mas quem denunciar a actividade do imperialismo chinês e dos outros
subimperialismos em Angola e em África é xenófobo?
O chinês a trabalhar, Angola e o minoritário a desabar. E tudo o que o
chinês faz, logo depois se afunda, se desfaz.
E a cada momento, o minoritário faz das nossas vidas um horrível tormento.
A luta de libertação não é para o nacional, é para qualquer vulgar
internacional.
Quase todos os dias, ou todos? ouvimos nos noticiários e fora deles, que um
polícia disparou e matou um ser humano. Como é abominável saber que qualquer um
de nós pode morrer a qualquer momento vítima deste tempo muito palustre. Mas
uma coisa não deixa de me intrigar: e os corruptos sempre incólumes?
Angola é um país com um partido formado essencialmente por estruturas de
pontes-cais construídas por chineses, e que fatalmente desabam uma após outra.
Ao proclamarem a
independência de Angola, os seus proclamadores já tinham em mente a sua
neocolonização?
Quando os brancos
promovem campanhas contra os de outras cores, chama-se civilização. Quando os
de outras cores promovem campanhas contra os brancos, chama-se xenofobia.
Quando o Poder
estremece, as perseguições políticas excedem as lotações das prisões.
Porque será que em
Luanda tudo funciona a escape livre?
Um país onde
qualquer um faz o que quer, vale-tudo, que futuro aguarda esse país? Feras
contra feras?
A maré humana
quando se revolta, é como a do mar, ninguém a pode conter.
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