Paz e democracia sem pão é escravidão.
Não é o fim da democracia que se avista, mas sim o fim dos democratas.
Gostei da intervenção do Reginaldo Silva na Rádio Ecclesia, sobre a
(péssima, inexistente política da habitação tresloucada levada a cabo pelo
Minoritário), que na sua inescrupulosa especulação imobiliária porta-se como um
vulgar hipotecário do povo. E senti a profundidade da análise sobre o William
Tonet. Estás correctíssimo Reginaldo. Seja quem for o William Tonet com os seus
defeitos e qualidades, ele é um ser humano, um cidadão, e não, como muito bem
dissestes, mais uma vítima para julgamento em hasta pública. Aliás é o que
acontecerá a quem faça oposição ao Minoritário num outro partido.
“A liberdade e a justiça estão coartadas por
manobras obscuras de um poder judicial também protetor da criminalidade e da
fraude
O País assiste a uma das maiores invasões estrangeiras, silenciosas e que muitas vezes são os sustentáculos das atividades de agressão e delinquência dos detentores
O País assiste a uma das maiores invasões estrangeiras, silenciosas e que muitas vezes são os sustentáculos das atividades de agressão e delinquência dos detentores
do poder.
O País vive às escuras e sem água, enfim, o nosso País foi transformado numa
autêntica tormenta contra os seus cidadãos.” In BD-Bloco Democrático, mensagem
sobre o 11 de Novembro
“Os primeiros anos de vida de uma criança são cruciais. Quando recebem
cuidados e são bem alimentadas neste período, as crianças têm melhores
condições para sobreviver, crescer com saúde e desenvolver-se física,
intelectual e afectivamente. Esta área, à qual a UNICEF dedica mais de metade
dos seus recursos, inclui a vacinação, os cuidados de saúde materno-infantil, a
nutrição, o acesso a água potável e saneamento básico.” In UNICEF
As mais expostas ao
fumo mortal dos geradores são as crianças. E ninguém as defende? E o UNICEF não
se mexe? Não se pronúncia? Também já naufraga nos lucros petrolíferos tal como
as rameiras igrejas? Significa dizer que ninguém consegue demolir o Poder
leninista?
Manos e manas! O
nosso capataz dos escravos disse-nos que a raríssima energia eléctrica que nos
fornece, constitui ainda mesmo assim um grande benefício que usufruímos e que
nada mais temos a exigir ou a reclamar.
E é com inaudito
prazer, sentir no mês de Novembro o sabor aromático do fumo do gasóleo dos
geradores. O tónico da tóxica luta de libertação nacional do petróleo. Por isso
mesmo o dia 11 de Novembro é o dia da independência nacional do petróleo. A
gloriosa luta do encher os bolsos de um bando que não satisfeito com os biliões
de dólares usurpados, ainda nos suga a energia eléctrica e a água.
De um ouvinte na
Rádio Ecclesia, dia 09 de Novembro, 11.14 horas. “E acabo de passar por
Talatona e vi o PR a inaugurar um fontenário. A assistência era da OMA e da
JMPLA. Como é que se explica isto, se ele é o presidente de todos os
angolanos?”
Laureano Paulo é
vice-presidente da coordenação do conselho dos direitos humanos, esteve na
Rádio Ecclesia, onde o ouvinte atrás citado interveio. Não lhe prestei atenção
nenhuma, ao Laureano Paulo, porque não se percebia, ouvia o que ele dizia. E
aqui cheguei a pensar cobras e lagartos sobre a Rádio Ecclesia, o Manuel Vieira
que me desculpe, mas depois não deixei de sorrir quando dois ouvintes
intervieram, e queixaram-se que não se percebia nada do que o convidado dizia,
e que um activista dos direitos humanos devia ser mais dinâmico. E já quase no
fim do “jogo” o Manuel Vieira sai-se com uma que me deixou surpreendido ao
abordar o entrevistado: “É uma dicotomia com dois vectores”. Ó Manuel Vieira,
quantos ouvintes entenderam essa tirada?
E quando tocam na minha família lembro-me sempre do
falecido beto Gourgel: “E quando me tocam na família… viro bicho-do-mato”. Um
meu familiar que trabalha numa empresa de informática, zona da Sagrada Família,
contou-me que um português há poucos meses chegado a Luanda e logo com a categoria
de chefe ditador, só fazem trampa, disse-lhe para ir fazer um trabalho na
Mutamba. Ele pediu-lhe as chaves do carro, pois tem motorista, e o português,
incrível: «Estou farto desta merda!» O meu familiar recusou ir a pé fazer o
serviço, o tuga deu-lhe as chaves do carro e repetiu: «Estou farto desta
merda!» O grave é que o carro não é dele, está ao serviço da empresa. Manos e
manas! Isto é racismo primitivo incentivado pelo Minoritário colonialista. Os
tugas chegam, vindos da miséria, ganham bwé e ainda tratam os mwangolés assim?
O mwangolé nunca mais desperta, porquê? Tratam-nos como animais, como seres
inferiores e isto não pode continuar assim. O Minoritário cava a sua imensa
sepultura. Nós não somos lixo nem sobras do petróleo.
De salientar que o valdevinos português já ameaçou
os mwangolés de despedimento sumário, para que outros tugas escapem da miséria,
venham para Luanda, roubem os nossos empregos, até que finalmente não
consigamos trabalho, que aliás já acontece. Isto está tão podre que o cheiro
tresanda por todo o lado.
É pá, isto não está
nada bom, está muito f….., já sinto a flagelação colonial na carne.
Encontramo-nos numa situação idêntica, como antes da independência. Os colonos
governam-nos, colonizam-nos, estão aí outra vez, e com eles os mais abomináveis
males: colonialismo e racismo. Os colonos racistas e colonialistas voltaram e
pregam a supremacia racial. De modos que voltamos ao início, ao ponto de
partida da luta de libertação nacional.
Quero, exijo uma
explicação: porque é que o PR JES nos entrega de bandeja aos colonos chineses,
portugueses e outros? Em troca do apoio à manutenção da ditadura da corrupção?
Vamos ter muitos problemas. Não podemos permitir que Angola volte ao estado
primitivo do colonialismo.
Uma minha vizinha acaba
de me informar que na China, onde foi fazer compras para aqui revender, quando
num banco chinês entregou o seu bilhete de identidade e passaporte angolanos,
estes documentos desapareceram para sempre sem deixarem rasto. Tá-se mesmo a
ver tá-se, tá-se. Mais dois documentos falsificados vão entrar em Angola, mais
dois, chineses, quatro, oito, etc.
Cerca das quinze
horas até cerca da meia-noite do dia 10 de Novembro, tal como a energia
eléctrica e a água, também a Internet se apagou, e como ninguém habitualmente
explica porquê, para os leninistas só existe o Politburo e o seu Jornal do Povo
como órgãos de informação, então aqui vão as possíveis causas:
O PR ausentou-se
para dentro ou para fora de Luanda, e por motivos de segurança desliga-se o
acesso à Net.
Bloquear o acesso
dos reaccionários da democracia leninista no Facebook.
A Angola Telecom
ficou sem dinheiro para pagar o combustível do gerador.
Os trabalhadores da
Angola Telecom, em retaliação às suas reivindicações grevistas, pois foram
atacados por cães e outras forças policiais, decidiram cortar o sinal de acesso
à Internet.
Um português, com a
habitualíssima naturalidade, aproveitou para experimentar o seu software, em
Portugal ia logo para o olho da rua sumariamente despedido, deu cabo do sistema
e nas calmas conseguiu com a ajuda de um veterano angolano, desses que ganha
quase mil dólares mensais e o português dez mil, e lá o mwangolé conseguiu
repor o sistema. E o português em gesto de agradecimento disse-lhe: «Estou
farto desta merda!»
Os chineses
roubaram o cabo de fibra óptica, enviaram-no muito rápido para a China, foram
denunciados às nossas autoridades competentes, mas por falta de intérprete
serão julgados na China, isto é na Metrópole, porque Luanda já é um cantão
chinês.
Os portugueses foram
para a praia e instruíram os escravos angolanos para mais uma manutenção de
fim-de-semana?
Sem a energia
eléctrica, EE, uma nação revela a fortaleza da escravidão da sua população. No
leninismo, como não pode deixar de ser, o fornecimento de EE e água fazem-se
por meios revolucionários, por geradores e água em camiões cisternas das
empresas leninistas, e dos mais esclavagistas meios para carregar água. Há
barragens que são construídas, não para nos abastecerem, produzirem EE, mas
apenas para garantir a propaganda reaccionária da nossa escuridão. São
barragens da maiuia, de fingir, de brinquedo. São barragens fantasmas.
Ninguém decide
nada, excepto a comédia habitual dos comunicados daqui e dali, que não adianta
comentar. Genuína pasmaceira africana, que preferem a fuga da escravidão em
improvisados barcos para a Europa, onde diariamente em média perecem cinco
vitimas por naufrágio. Tudo isto é uma completa e bizarra inutilidade? O
mwangolé nasceu para a escravidão, para a lamentação e para a conversa até à
exaustão? Não existe solução para esta escravidão?
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