Não
sei o que me acontecerá
Quando
amanhã outro dia virá
Quanta
mais gente se odiará
Quanta
mais gente se amará
Uma
coisa porém é certa
Se
há uma porta aberta
No
olhar da vida incerta
De
uma janela entreaberta
E
os teus cabelos a voar
Libertos
das ondas do mar
E
à noite ao luar
O
corpo e alma amar
Já
não é para sair
É
daqui fugir
Se
há para onde ir
Acabar
com este afligir
Tantos
anos passados
Infelizes
recordados
Na
mente guardados
Não
semeados
O
falido poder
Nos
faz desfalecer
A
nossa alma arder
E
nosso coração perder
O
povo está combalido
Pela
miséria falido
Isto
está tudo fodido
Mais
que garantido
Ó
caminhante
Segue
adiante
Longe
do poder farsante
De
andar errante
Está
sem sistema este país
Porque
alguém assim o quis
E
nada se diz
Mesmo
à frente do nariz
A
pior miséria é intelectual
O
pior mal
Fatal
Sobrenatural
Para
onde caminhar
Com
as trevas a dominar
Não
é humano errar
É
o deixa andar, deixa andar
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