No ofício da
verdade é proibido pôr algemas nas palavras. (Carlos Cardoso)
Mas afinal estamos
no reino do rei Henrique VIII? (1491-1547)
O Rastilho está aceso! Muitos barris de pólvora
desesperam-no!
E a mediocridade continua e com medíocres não se vai a
lado nenhum, como eles insistem, eis a prova desta afirmação.
Promover incompetentes estrangeiros a chefes é promover
revolução.
P.S. Se "eles
me fizerem o que imaginas " o que escreves" bom, eu continuo do MPLA
e nunca lhe renunciarei, mas enquanto lá estiver o JES serei seu acérrimo
crítico. Se me atentarem ou eliminarem, então esta Angola desaparecerá de vez,
porque quando um partido trata de eliminar até os seus, isso dá uma grande
explosão, e toda a cúpula desse partido explodirá com ela. O que eles têm que
fazer é escutar as opiniões contrárias fora do partido, mas como isso não
acontece, é o suicídio mais que evidente.
E os capatazes
vão-se importando, multiplicando, e abordam qual a melhor estratégia de lidar,
dominar, obrigar os escravos a trabalhar: «É pá, cheguei aqui neste reino
avençado pelo senhor presidente, e qual é a tua opinião, já ouvi outras
opiniões, sobre como obrigar ao trabalho tantos mandriões.» «Olha, de manhã o
mata-bicho que costumo dar aos meus, é umas boas, bastas e fortes chicotadas, e
os filhos da puta trabalham sem protestarem, e se o ousarem, é surra até
acabarem.» «Obrigado patrício, e ninguém me vai chamar a atenção deste mal,
levar-me a tribunal?» «Não! Aqui quem manda somos nós, nunca vi tantos escravos
tão dóceis, mais parecem fósseis, a melhor maneira é tratá-los como animais,
pois eles são apenas isso, animais para todo o serviço. Nesta magnifica terra
de Angola abençoada pelo senhor presidente, tudo é nosso, ele é o nosso bom
pastor, o nosso senhor. Que maravilhosa terra de escravos onde é tão fácil
facturar, escravizar.»
Infelizmente, a
História continuará a produzir abortos?
Na realidade os que
estão no terreno nunca fazem a revolução, ajudam-na, servem-na. Por exemplo,
Lenine e tantos outros não estavam no terreno e fizeram a revolução. Sem
ideólogos, filósofos, não há revoluções e um movimento de jovens é facilmente
explorado por alguns que deles se aproveitam e que nada têm de revolucionários.
Agostinho Neto também não estava no terreno.
A melhor solução de
um exemplar Governo é a criação de pleno emprego para estrangeiros e o pleno
desemprego para os mwangolés. Claro que isto cria outras soluções: o crime
organizado, a delinquência, a violência, a desestabilização geral, revoltas,
etc. E parece-me que não existe lá ninguém no Executivo que veja como estas
coisas funcionam. Quando isto rebentar, que vai mesmo estoirar, ninguém duvide
disso, pois já afecta todas as classes sociais, qual é a solução? Bazar, o
exílio para os países amigos?
Por trás de uma
população cobarde existe muita coragem. Basta apenas descobrir onde estão, quem
são os mais corajosos.
Num Estado de
especulação imobiliária de facto e de jure, a violência e a morte são
constantes no nosso dia-a-dia.
E onde há invasão de estrangeiros, não há desenvolvimento, há submissão,
rapina, escravidão, revoltas de escravos e permanente instabilidade social.
E ao lado de cada estrangeiro dois, ou mais escravos angolanos.
Em política há que tomar decisões constantes, oportunas, porque senão
entramos no triste espectáculo: «Não, os problemas não são económicos, são
políticos.» Ou: «Os problemas não são políticos, são económicos.»
LEILÃO DE ESCRAVOS
Em data oportunamente a anunciar, terá lugar nesta cidade de Luanda abençoada
pelos santos da escravatura, mais um espectacular leilão de escravos, estão
incluídos bebés. O leilão realizar-se-á no mais faustoso lugar da cidade,
oportunamente também a anunciar. No acto da inscrição do memorável festejo
escravo será exigido o preço único de três mil dólares. Na venda dos escravos e
escravas dar-se-á preferência a estrangeiros – portugueses e chineses - porque
eles dominam o mercado na totalidade e a concorrência dos nacionais é
irrelevante, não dá para facturar. A sessão atingirá o seu auge com a retirada
à força dos filhos das escravas, incluindo a separação dos seus maridos, e
claro, também das suas esposas.
Chicotes e os seus sons não faltarão, porque um conjunto de capatazes
estrangeiros especialmente contratados para o grandioso evento se encarregarão
da orquestração dos chicotes. O melhor do grande espectáculo será na parte
final, é que haverá desfiles de escravas nuas, e quem lhes quiser tocar terá
que pagar um adicional de mil dólares. Neste momento o melhor negócio que existe
em Angola é a escravatura, por isso manos e manas, ESCRAVIZEM-SE!
Qualquer um ligado à nomenclatura diz que os jovens não gostam de
trabalhar, preferem a bebida, a droga e a delinquência, e que agora as mulheres
é que bebem mais, etc. Isto é fácil de dizer, claro que esta gente não é
honesta, porque se o fosse denunciaria a origem destes males. São assim muito
difíceis de explicar? Claro que não, qualquer um de nós sabe qual é a origem
dos males que nos afectam, eles é que estão frustrados, cegos e nunca verão,
vencerão.
Quando um povo é analfabeto, os governantes são letrados?
Parafraseando: violenta e frustrada se diz da juventude, mas não se diz
violenta a repressão policial que a oprime.
Esta foto já é
muito conhecida. Mas a questão não é partilhá-la, mas sim prender o, ou os
culpados de tão atrozes crimes contra a humanidade. E enquanto a cobardia
prevalecer, os ditadores - e os estrangeiros que os apoiam - continuam impunes
no poder.
Quando há uma
invasão de estrangeiros num país, este torna-se presa fácil das máfias, porque
quem vem não é para ajudar os seus povos, mas apenas para escórias de
aventureiros se instalarem, dominarem e nele reinarem, colonizarem.
Só um governo de
estrangeiros é que ordena a invasão do seu país por estrangeiros.
Antes, Angola era a
terra dos pretos, o país dos atrasados, dos selvagens, dos preguiçosos que não
gostavam – não gostam - de trabalhar: «O trabalho é bom para o preto!» «O país
que eu não quero mais ouvir falar, são muito falsos, onde eu nunca aceitarei:
Os pretos a mandarem, nunca mais?!» Hoje, Angola é um país maravilhoso, de
paisagens e praias virgens maravilhosas, do pôr-do-sol mágico, uma terra de
oportunidades com um povo maravilhoso e muito acolhedor. O país do sol, o país
onde os estrangeiros facilmente enriquecem. «Um parceiro estratégico.»
Quase quarenta anos
depois: presidente da República reconhece que houve poucos avanços nos órgãos
de justiça.
E quem está no
Poder é desde o nascer até morrer.
Bom-dia, jovens
espoliados, escravos e frustrados. Quem não tem acesso nem a um cêntimo do
petróleo é o quê?! Acho que te deves preocupar mais com aqueles que utilizam a
tua amizade, aqueles falsos amigos e os bajuladores serviçais. Quando
conseguires descobrir quem são os teus amigos de facto e de jure, então saberás
o que é um Homem.
Parafraseando
António Aleixo, poeta português, 1899-1949.
Vem de Portugal um
aldrabão
vender bugigangas,
qualquer coisinha
poucos dias depois
já ameaça
esta Angola já é
toda minha
Quem nada tem, nada
come
e ao pé de quem tem
de comer
se alguém disser
que tem fome
comete um crime sem
querer
Emigração selectiva
sim, massiva não.
Porque é que esta
gente está sempre a dizer: «As metas foram alcançadas.» Ou: «Os objectivos
foram cumpridos.» E nalguns casos, pasme-se, «a cem por cento.»
Aqui há uma coisa
muito "engraçada, desgraçada", é que quando a pobreza aumenta, a
riqueza de alguns, sempre os mesmos, também.
E neste acto solene
proclamo perante todos os estrangeiros, a reentrega, o retorno de Angola ao
colonialismo português. Portugueses, para Angola e em força! Angola é vossa,
pertence-vos, usai-a e abusai-a!
Os problemas são
para se resolverem, mas em Angola há um reduzido núcleo de pessoas que dizem
que não.
Como é possível com
tanta miséria, sempre a subir, Angola ser um paraíso para estrangeiros?
Parafraseando Che
Guevara (1928-1967): Quando a revolta chegar será bem-vinda.
Importar a miséria
portuguesa para Angola e transformá-la em riqueza só pode ser obra de loucos. É
que quem se especializou em fabricar miséria, continuará com a sua produção.
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