Quando estás com
muita sede, bebes e sentes uma grandiosa felicidade. Deixa que a sede do amor
te possua.
Perdi o amor, e
movo-me na esperança dos penedos dos tempos tristes. Tantas vidas que já vivi e
vi perdidas. Delas resta-me a recordação da doçura do amor.
A nostalgia das
teclas do piano pressionam-me, transportam-me para o passado dos tempos
perdidos. A música recorda-nos sempre os entes queridos que perdemos, e o seu
amor.
Eis o que é o dia
de S. Valentim. Nos tempos gloriosos fazia-se tudo por amor. Agora,
quotidianamente, compra-se e vende-se tudo em nome do amor.
Dantes subíamos as
escadas do amor cheios de contentamento, sem esforço, felizes porque escravos
dele. Hoje, totalmente desesperançados, de tanta frustração adquirida, perdemos
as forças e não conseguimos dizer, amo-te!
Dantes, fazíamos do
amor uma fortaleza de fidelidade, de harmonia, e o amor correspondia,
manifestava-se nos nossos corações. Hoje fugimos do amor, como se fosse o nosso
pior inimigo.
Os tempos mudam, o
amor também. Nestes tempos da democracia do amor, ele também vai a votos. Até
fizeram do amor mais um partido político.
Juro que te amarei
para sempre! É a primeira promessa que os enlevados fazem ao amor. O amor não
vive de promessas, mas de sonhos desfeitos.
Nas emboscadas que
o amor faz, não há exércitos que se lhe comparem. O amor é o mais poderoso
exército e não há forças que o derrubem. O amor exerce-nos uma perseguição
implacável. É a sua missão, capturar os corações apaixonados e prendê-los nos
seus perfumes.
Enquanto existir o
amor, a escravidão nunca acabará. Somos os eternos escravos do amor. Sempre
submissos à sua lei que contém apenas um artigo: nunca finjas que amas porque
desencadeias forças poderosas e misteriosas.
O amor está
escondido nos nossos corações e nas nossas mentes. De repente revela-se, e tudo
se transforma à nossa volta, como que por artes mágicas.
Imagina um país sem
amor. Essa nação cairá em desgraça. Onde não há amor, o Apocalipse é sempre o
vencedor. Os ditadores não amam, compram, corrompem o amor, obrigam-nos a
amá-los. Um país sem amor está no rumo certo do suicídio.
Esta vi num filme
que já não me lembro: qual é o caminho mais curto para chegar no teu doce
coração?
Parafraseando: o
mundo tem sete maravilhas, toda a gente o sabe. E tu sabes qual é a oitava? Não
sabes?! A oitava maravilha és tu.
A vegetação
estremecia docemente. Caía-lhe uma suave bátega de água que a enlevava, se
precipitava nos suspiros candentes do amor.
Porque não deixam
os sedentos do amor se libertarem? Porque perseguem os oprimidos do amor?
Porque se faz amor às escondidas, enclausurados em quatro paredes? Os possuídos
pelo amor serão também perseguidos e finalmente será decretado: o amor é uma
religião.
As nossas
actividades diárias cansam-nos, mas o amor faz-nos incansáveis, apaga-nos o
peso das nossas almas. Fazer amor é construir felicidade, e libertar-se da
servidão humana. É o êxtase do abraço divino.
Quando todos os
caminhos das nossas vidas se infestarem de amor, e os campos voltarem a florir,
e a harmonia da Natureza outra vez reluzir, significa que as condições impostas
para o regresso triunfal do amor se cumpriram.
O navio do amor
deslizava convincente na oceânica superfície marítima. Não sulcava a água, nela
pairava imparável na paisagem infinita, onde o tempo não existe. Qual Triangulo
das Bermudas com mais um ângulo misterioso, o amor.
O amor nunca faz
cerimónias, nunca se faz anunciar. Quando chega, abre-nos as portas de par em
par. E proclama-nos: cheguei, não vou mais parar, e para sempre aqui vou ficar,
eternamente morar.
Quando dois olhares
se cruzam cúmplices, e interpenetram-se nos profundos laços da inconsciência,
como corações ardentes, ansiosos, descontrolados, é o amor que chegou.
A morte separa-nos,
mas o amor não. O poder da morte não supera a eternidade do Taj-Mahal do amor.
Não, não é verdade!
Dantes podíamos falar e o nosso amor amar. Que tempos mundanos tão fúnebres,
tão irracionais, tão imorais, de amores tão cadavéricos.
O mais importante é
a honestidade no amor. Sem ela não é possível viver, amar. Enquanto os
corruptos teimarem no poder, o amor vai falecer.
E milhões de seres
humanos reuniram-se em caravanas, de viajantes peregrinos. Gigantescas ondas
humanas rumavam na direcção do templo do amor perdido.
A criança dorme
mostrando no rosto a expressão da felicidade. É que a criança sonha com o anjo
do amor.
Inventam-se mil e
um campeonatos desportivos que inundam estádios com multidões ávidas por
participarem em tais eventos. Mas o estádio do campeonato mundial do amor está
sempre vazio, sem espectadores.
Normalmente
entoamos com grande à vontade, que o amor terminou. Mas não é verdade, porque
ele deixa sempre uma réstia de esperança. Como a chama de uma vela prestes a
extinguir-se.
O amor é o rei dos
feiticeiros. Quando chega enfeitiça os nossos corações de tal modo que ficamos
cegos, e contudo vemos, mas noutra dimensão. A quarta dimensão, a do amor.
O amor anda à solta
por aí, muito louco. Cuidado, não te deixes nele enlaçar. Mas não dá, não é
possível, porque todos os seres humanos são loucos por ele. Se vires o amor,
diz-lhe: vem amor, suplico-te, quero amar-te, desfalecer, amor!
Deixar-se prender
nas algemas dos laços do amor, não é crime. E no futuro não existirá nenhum
país com leis que proíbam os presos do amor.
Corre, corre, que o
amor espera-te. O amor nunca foge, nós é que fugimos dele.
Se sabes amar,
escuta com muita atenção o que o amor tem para te revelar: Ele guarda sempre
segredos nas suas alcovas. Como é encantador ouvir e sentir os seus suspiros.
Os tempos estão
muito difíceis, dizem amiúde, mas o amor não. Deixa-se conquistar tão
facilmente, como a flor beijada pela incessante abelha que ama o seu pólen.
Quando olhares para
o amor, fá-lo com um extraordinário carinho enternecedor. Pois ele facilmente
desvenda a falsidade de um olhar.
E tudo o amor
levou. Não, deixou cair algumas sementes. É esta a origem dos jasmins.
Nunca digas que
amas sem autorização do amor. É que ele pode ferir o teu coração. E as feridas
do amor são incuráveis.
Os campos de flores
atraem os apaixonados e sedentos de amor. Se não existissem flores, também não
existiria o amor. Não deixes que as flores se extingam.
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