Quantas crianças e
angolanos/ serão hoje raptados/ Pelos fazendeiros pedófilos/ nos campos de
trabalho forçados?
Em Angola se és
machão/ e o pretendes provar/ há fazendeiros com crianças/ para abusares,
violentares.
Nem os casebres
merecemos/ porque não estamos alforriados/ Ó Senhor dos Escravos/ verás, não
escaparás dos revoltados.
Proposta para o
dicionário da banda: como a população angolana vive em chapas de zinco,
obrigada a isso devido às deportações esclavagistas/estalinistas, propõe-se um
novo léxico: escravos das chapas de zinco.
Acordei às duas da
manhã com o barulho da chuva. Chovia intensamente, até fazia nevoeiro,
dificultava a visão dos prédios. E veio-me à memória os milhares de escravos e
escravas que depois de deportados do bairro do Mayombe, no Cacuaco, para um
local ermo, que depois de chover ficará enlameado, terrivelmente impróprio para
viver, apenas para morrer, um terreno para desterrados. E as crianças? Como
sobreviverão? Quantos escravos hoje falecerão? Como é possível um Governo
escravizar assim tão horrorosamente pessoas que são torturadas apenas porque
são angolanos? È proibido nascer angolano? Angola é uma vasta plantação de
milhares, muitos milhares de escravos angolanos, onde poucos nacionais são
patrões e os estrangeiros capatazes.
Esses angolanos
falsos apoiados por estrangeiros sentem-se extremamente felizes com a morte dos
escravos angolanos. Não há nada que justifique tamanha barbárie, apenas o lucro
fácil de escravocratas que já se implantaram como fazendeiros, como nos bons
velhos tempos. Nada mudou, continua tudo na mesma, a aguardar pelos verdadeiros
angolanos que libertem o povo angolano desta escravidão. E diziam eles, ainda
dizem, que lutavam pela independência e pelo fim da escravidão em Angola.
Quando os escravos
constroem casebres nas plantações do Senhor dos Escravos para dormirem, porque
não têm direito a mais nada, escravos têm direitos?, e o Senhor dos Escravos
lhes arrasa os casebres porque diz que isso é do Estado dele, a terra é dele e
as vidas dos escravos também, e os escravos ousam uma mínima manifestação, o
Senhor dos Escravos ordena aos seus capatazes que os açoitem até se cansarem,
até os ensanguentarem, porque ofereceram resistência ao Senhor dos Escravos.
E os escravos
insistem na revolta contra o Senhor dos Escravos, porque ele diverte-se a ver
os seus capangas chicotearem-nos, enquanto os escravos tentam montar umas
tendas ou umas chapas de zinco, coisas do sadismo do Senhor dos Escravos, mas
mesmo assim os escravos insurgem-se contra o seu amo. E o Senhor dos Escravos
ordenou que lhes matem as crianças, para que amansem e respeitem o seu Senhor.
Quando as
sanguessugas estão no poder, o povo extingue-se porque até o sangue lhes sugam.
E Paulo Portas
sairá de Angola muito renovado, porque o acordo do envelope da corrupção foi
reforçado, e a escravidão um facto consumado.
E como o
Minoritário despreza-nos, obriga-nos à miséria e escravidão, é evidente que
temos o dever de nos manifestarmos, de nos revoltarmos para obtermos a nossa
libertação.
Mas que país é este
que além dos biliões de dólares das receitas petrolíferas que lhes caem
directamente nas contas bancárias sigilosas, não satisfeitos ainda têm que
raptar crianças e obrigá-las a trabalhos forçados e de pedofilia declarada? E
as instituições têm a coragem, melhor, a cobardia, de funcionarem normalmente,
de que vem aí a nova vida, que a nossa vida vai melhorar? Agora também é um
Estado Pedófilo de facto e de jure?!
Eis um alerta da CASA-CE: Fundo Petrolífero & académico português Jorge
Miranda: A CASA-CE alerta a opinião púbica nacional sobre o exercício
maquiavélico em curso que apenas visa o branqueamento dos actos
inconstitucionais praticados pelo Presidente da República como Titular do Poder
Executivo. A CASA-CE lamenta que ainda existam angolanos com a mentalidade de
subserviência voluntária de colonizado, que atribui carácter de verdade
absoluta e peso de lei, aos pronunciamento dos antigos colonizadores.
Não foi um pleito
eleitoral/ foi uma batalha desigual/ as milícias farão da oposição/ o seu
funeral.
Era um país muito
engraçado/ Fingia que fazia eleições/ Sempre o mesmo partido ganhava-as/ As
igrejas universais apoiavam com sermões
Porque é que não se
acrescenta mais um artigo à Declaração Universal dos Direitos do Homem, com a
seguinte redacção?: Se a escravidão foi abolida (?) porque não se faz o mesmo
com a corrupção? Existe alguma diferença?
É que nós somos a
garantia dos empregos e dos negócios dos nossos irmãos chineses, brasileiros e
portugueses.
E todos os dias
contemplo as ruínas do que já se chamou Luanda. E que alguns teimam em
chamar-lhe cidade. Em que chineses ainda vasculham nos seus retalhos, algo do
seu lixo precioso, como sucatas e outros ferros-velhos.
É preciso
clarificar as coisas: a fraude eleitoral é patrocinada pelos amigos de longa
data, os do costume, para que o sistema da corrupção permaneça em Angola, e
também para que a religião da maiuia da escravidão se arraste eternamente. A
religião dos candongueiros atrai guerra, destruição, morte e miséria.
MINORTÁRIO I,
cognominado o Desabador: No reino do MINORITÁRIO I, tudo o que se constrói
desaba, e o que não está prestes a desabar apresenta fissuras, o que significa
que desabará. Este é o reino das fissuras, dos desabamentos e das
cidades-fantasmas. É notável este reino fissurado por todo o lado. Porque será?
Bom, creio que a
minha dúvida se dissipou. Perante o normal funcionamento das instituições do
Estado e da Assembleia Nacional, significa que não existiu fraude eleitoral. Não
tendo a oposição nada mais a exigir ou a reclamar.
E parece que outra
coligação de partidos políticos surge no horizonte: a coligação da RÁDIO,
porque basta falar na rádio, e pronto, está tudo resolvido. A desgraça de
alguns seres humanos, é o quando chegados ao poder, convencerem-se da
inutilidade do seu apego, arregimentando alguns religiosos do poder eterno
conforme os desígnios de Deus. E que é necessário manter-se no poder, porque
Deus assim o exige. E assim entrado nos reinos dos céus, exercem sobre as
populações as mais terríficas tropelias. E ao desabar, e no estrebuchar, cair
em desgraça, fruto da revolta popular, lamenta-se que Deus o abandonou, quando
afinal ditadura é a destruição do ser humano.
É incrível como um
pequeno grupo de pessoas domina a banca mundial, e que antes, sob a protecção
dos regimes democráticos, arrasaram a economia mundial, e depois na maior das
calmas, impõem a miséria à escala planetária, e ninguém parece importar-se com
isso, todos submissos como adormecidos sob o efeito de drogas calmantes.
Jean Paul Sartre (1905 – 1980), foi um intelectual que falava e escrevia muito. Mas que
apoiava e promovia manifestações de massas nas ruas. Em contrate, a nossa
oposição fala muito, escreve quase nada, e pronto, mais nada. É uma oposição de
convento.
Não vale a pena perder tempo com partidos políticos. É fugir deles, nós é
que devemos reverter esta podre situação, e votar na pureza de antemão.
A maioria das
pessoas tem alma, e algumas não. Esta minoria que oprime a maioria, é a classe
dos grandes mestres de Angola. E onde existir uma ditadura, as noites são mais
frias que gelo. E o Minoritário há quase quarenta ditaduras que conduz os
destinos do povo angolano. Só que, quem conduz os destinos do Minoritário, é um
patriarcado e muitos amigos (?).
Os vampiros
nacionais e internacionais andam muito agitados na promoção de uma campanha
para sugarem o sangue que resta do povo angolano.
Os direitos são
iguais para todos… chineses, brasileiros e portugueses. O nosso sistema de
justiça funciona assim: uma lei para angolanos, outra para chineses, outra para
brasileiros, outra para portugueses e outra para outros estrangeiros.
(Inicialmente
publicado no semanário angolano FOLHA 8)
Foto: Ana Margoso. Escravos deportados do bairro
Mayombe, Cacuaco, arredores do reino de Luanda.
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