terça-feira, 27 de maio de 2014

O CENSO SEM SENSO





E se inaugura o censo da população
O censo da propaganda comunista
É mais uma conquista da corrupção
É outra vitória da revolução prevista

É o resolver dos problemas do partido
Porque que mais resta da população?
Isto está irremediavelmente fodido
Restam-nos os comunicados da oposição

E a primeira cruzada da libertação
Será dos infiéis contra a Igreja nacional
Não vamos adorar o deus da corrupção
E a pedofilia da Igreja local e internacional

Ai de quem sair e em herói se aventurar
E depois na sua casa seguro se refugiar
Os assaltantes esperam-no para o assaltar
E sem contemplações disparam a matar

E nestas coisas de censos a Igreja não tem
Nas suas arbitrariedades não pode ter poder
Não queremos mais a Inquisição do Além
Mas em Angola usufrui do intenso ascender

É por isso que esta pátria é bem-amada
Porque está para além da corrupção
E ninguém quer saber de mais nada
As nossas vidas não valem um tostão

São bons actores no teatro da corrupção
Elinga Teatro, o que é isto? Nunca saberão!
Excepto o petróleo, cultura para eles é desilusão
Vivem da institucional cultura da prostituição

Ordenam o arrasar das lavras para construção
Facturar no petróleo, nada mais lhes interessa
Sim senhor! Isto é que é agricultura, não?!
Cantam milhões de dólares da próxima remessa

O Estado? É desalojar
O Estado? É desempregar!
E as igrejas a apoiar
E o katolotolo a matar
O Estado? A nos desmembrar

As peregrinações são a cruz do desenvolvimento
Como a peregrinação à nossa Senhora da Muxima
A religião é a cruz do nosso subdesenvolvimento
A desgraça das nossas vidas do aterrador sofisma













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