Angola
comprou um porta-aviões
Para
bombardear as manifestações
Do
convés com os seus aviões
2014,
Angola esforça-se para a peleja
Preparou-se,
comprou um porta-aviões
Para
muitas maratonas da cerveja
Maria
Carey veio à festa dos milhões
Caíram-lhe
em cima de bandeja
E
para nós zeros nem uns tostões
A
Odebrecht faz filmes de terror
Do
trabalho escravo, mas que horror
O
porta-aviões veio para morar
Será
o símbolo da nossa liberdade
E
a corrupção da Espanha apoiar
Neste
mundo de cumplicidade
Ainda
prevalece a arte do judiar
Onde
tudo se esfuma na mediocridade
Comprou
um porta-aviões
Por
quantos bilhões?
Angola
comprou um porta-aviões
É
Natal, Angola quer mais contenda
O
milagre dos ovos faz biliões
Compra-se
a Forbes, Deus nos defenda
Na
Angola da pátria das exclusões
Já
tem dono, agora é fazenda
Quando
um líder vende uma nação
É
a prenda de Natal da população
Nas
costas da mãe chora a criança
A
água está como jogar na lotaria
Imponente
o porta-aviões avança
Portugal
saúda-o da sua lavandaria
A
corrupção de Angola é a sua abastança
Da
internacionalização da putaria
É
mais um país africano sem futuro
Que
nasceu de um parto prematuro
Um
porta-aviões e navios de escolta
E
submarinos de vigilância
Do
orçamento anual que se revolta
Da
epidémica beligerância
Nos
outros dias a polícia anda à solta
Aos
sábados e Domingos há mendicância
As
carpideiras choram a sua histeria
Do
hara-kiri político da rataria
Um
porta-aviões é desenvolvimento
Numa
nação de grande progresso
E
neste Natal do abalroamento
À
Tarrafal mais um sucesso
Só
nos resta o feitiço do perecimento
Porque
só ele temos em excesso
Foi
mais um ano de vitórias
Dos
programas das coisas ilusórias
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