segunda-feira, 12 de março de 2012

«CONTRA A PÓLIO EM ANGOLA E EM ÁFRICA.» E para quando a vacinação massiva da nossa corrupção?


Na LAC – Luanda Antena Comercial, 28Fev, 20.40 horas. Mais uma nova seita abre conta na nossa contabilidade religiosa. Trata-se da Igreja Universo do Fogo de Deus. E a seguir surgirão outras seitas?, como por exemplo: Igreja Universo do Vulcão Divino, Igreja Universo do Todos Queimados, Igreja Universo das Chamas Infernais, Igreja Universo dos Canhões Divinos, Igreja Universo da Lava Purificadora de Deus, Igreja Universo da Grande Queimada Universal etc, etc?
Enquanto o nosso Politburo estiver no poder, qualquer construção em qualquer local considerar-se-á construção de risco?
Eis a apresentação pública de mais um financiamento: bom, o financiamento terá custos directos, indirectos, componentes dos custos e as envolventes dos custos. Este financiamento é fundamentalmente... trata-se de mais uma mais-valia para o desenvolvimento económico das pequenas, médias empresas e também do desenvolvimento da nossa agricultura. Mas também, e isto é deveras fundamental, melhorar significativamente a vida das nossas populações. Não sei se os camaradas estão a ver?
Incêndios de causas desconhecidas. Luanda. No bairro Golfe 2, foram registados até agora incêndios em catorze residências.
Vários blocos de prédios nos Congolenses estão em risco de desabamento, segundo informaram jovens estudantes de arquitectura depois de um estudo feito. De salientar que brigadas de trabalhadores chineses exercem actividade na área, escavando por aqui e por ali, e normalmente desprezam as consequências de tudo o que lhes está próximo. Texto baseado no noticiário de hoje, 29Fev das 12.30 horas da LAC- Luanda Antena Comercial.
Quando um corpo de jurados se apodera de poços petrolíferos, espolia terras, Angola é propriedade privada? destrói tudo à sua passagem como uma violenta calamidade, e divide entre si toda a riqueza de uma nação que jurou solenemente defender, que nem uma migalha divide pelos governados, que se deleita no constante observar dos cortejos moribundos abandonados à morte, e que quem reivindicar os seus mais elementares direitos de cidadania é molestado, nomeado arruaceiro, bandido, torturado e de seguida atirado para uma prisão como preso político. Meus senhores e minhas senhoras, estamos no reino do TERROR que urge combater antes que a coisa alastre e se transforme num reino de epidemias de presos políticos. Já não restam caminhos, apenas escolhos neste cemitério da política da perdição.
Segue um comunicado do nosso Politburo:
COMUNICADO DE GUERRA!
Acho que é engano, o melhor é corrigi-lo para COMUNICADO DE PAZ, pois que já não estamos em guerra, apesar de muitos ainda sonharem com ela, pois que lhes proporcionaria bons e espectaculares proventos: As nossas gloriosas forças populares prosseguem no desmantelamento das bolsas rebeldes dos arruaceiros disfarçados de democratas, que mais não querem senão destruir o nosso Politburo e escravizar as massas populares que não cedem, nem nunca cederão aos ataques do imperialismo internacional e do seu braço armado interno: os reivindicadores por melhores condições de vida e o fim dos trinta e dois anos de governação exemplar. As nossas forças populares sempre vigilantes atacaram o inimigo na composição de algumas centenas de manifestantes, desfechando-lhes rudes golpes nomeadamente: foram presos ou aniquilados e encaminhados para as nossas prisões populares/campos de reeducação: mulheres com filhos às costas, braços, cabeças, pernas, todos partidos, enfim, um mar de estropiados. Outros baleados, e ainda outros, os chefes, os mais ousados que teimam nas manifestações, presos em parte incerta para serem encaminhados aos nossos juízes dos tribunais populares revolucionários, onde serão exemplarmente condenados ao degredo do esquecimento pelos nossos eminentes defensores da ordem, e sumariamente julgados sem direito a advogado… sem quaisquer direitos, pelos mais destacados comités de especialidade dos juízes do nosso Juízo Final.
BWALA PRESS
Hotel Katyavala
O Hotel Katyavala, situado nas traseiras da Pomobel, junto ao Largo Zé Pirão em Luanda, e de propriedade do general Led, construído há cerca de dois anos por uma empresa chinesa, quando se abrem as torneiras, delas não sai água, não, sai trampa. Perante a não resolução da trampa, apesar de várias tentativas por parte dos hóspedes brasileiros, que inclusive já deixaram de receber o pequeno-almoço, decidiram abandonar o hotel e “refugiaram-se” às pressas para outro local residencial na Ilha de Luanda.
Entretanto no Miramar
Chegou aos ouvidos deste BP, que no bairro Miramar em Luanda, as residências são exclusivamente das amantes dos nossos bosses da Sonangol. Quer dizer: os apartamentos, moradias, etc, do Miramar estão amantizados, sonangolizados.
03 Março. Partir e serrar
Neste momento oiço serrar ferros a Sul. A NNO, nor-noroeste, ouço partir paredes. A NNE, nor-nordeste, chinês serra ferros. A ENE, és-nordeste, num prédio, em mais um apartamento derrubam-se paredes. No apartamento de baixo, pela sexta vez em meia dúzia de anos, a proprietária parte-lhes as paredes.
02 Março, 08.10 horas. O assédio sexual do mwangolé
Nas traseiras do prédio surge algo insólito. Um jovem mwangolé, para aí entre os vinte e os vinte e cinco anos, decidiu-se pelo assédio sexual de modo invulgar. Colocou-se em pose tipo modelo, nu, em pelota, isso mesmo, tal e qual. Ostensivamente exibindo o matuba (pila) como um anzol na expectativa de pesca de algum peixe fêmea. Mas elas, as damas, as poucas que depararam com o espectáculo, abanaram a cabeça, não acharam piada nenhuma, viraram-lhes as costas e refugiaram-se no interior dos seus lares. O mwangolé, cansado, bazou talvez frustrado pela atenção negativa que as fêmeas lhe proporcionaram. Espero que isto seja um caso isolado, e que não tenhamos brevemente um fashion diário made in Luanda.
28 Fevereiro, cerca das 22.30 horas. Foi sorte
Aqui na bwala, dois motoqueiros perseguiam um automóvel e obrigaram-no a parar. Já se preparavam para assaltar os ocupantes, quando os seguranças desconfiados decidiram aproximarem-se e os motoqueiros puseram-se em fuga. Foi sorte.
25 Fevereiro. Tragédia numa família
Foi há coisa de duas semanas. Depois de conseguirem construir três ou quatro prédios desses de três ou quatro andares, mobilaram-nos, apetrecharam-nos devidamente para os pôr na renda. Claro que se sentiam imensamente felizes, viam o futuro sem grandes problemas com o aluguer dos prédios. Então, decidiram passar o fim-de-semana em Benguela. Lá para os lados da Canjala aconteceu-lhes um acidente espectacular onde todos, pai, mãe e dois filhos perderam a vida. Conforme testemunhas, o acidente foi de tal ordem que até os rostos ficaram colados nos destroços da viatura.
Outra vês nos “sênês”
Luanda, 25 Fevereiro., 21.20 horas, Avª do Brasil, junto ao Largo Manuel-van-Dúnem.
Três assaltantes que se preparavam para saquear a cantina dos senegaleses, mais conhecidos pela designação popular de “sênês”, não o conseguiram porque o segurança de serviço apercebeu-se dos seus movimentos, fez dois disparos para o ar, e os excluídos da sociedade puseram-se em fuga. Rapidamente outros seguranças dirigiram-se para o local em apoio do seu colega. Entretanto, peritos na matéria juram que os delinquentes vão voltar, cobrar do segurança pelo seu atrevimento.
O lixo chinês da contrafacção no lixo de Angola.
Ontem, 24 Fevereiro, comprei na rua uma simples lâmpada incandescente de 100 W. Olhei para o filamento, estava bom, e bazei. Chegado na cubata, coloquei-a no suporte e nada. Então analisei-a, comecei pela embalagem e vi o meu azar. Made in China. Primeiro, é que deveria proibir-se a importação de lâmpadas incandescentes porque arrasam com a nossa energia eléctrica alternativa da EDEL. Segundo: "obrigando" o uso da lâmpada fluorescente, poupar-se-iam muitos milhares ou milhões de watts. Mas como o que interessa é destruir...
Terceiro: tive que lixar o casquilho da lâmpada, pois a soldadura parecia obra de crianças. Quarto: a rosca do casquilho, incrível, tinha restos de solda. Retire-os com uma lima, coloquei a lâmpada no suporte, e, faça-se luz. E fez-se, acendeu.

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